Acho musicais um saco, sabem? Não
tenho paciência para as performances, embora até ache as coreografias
simpáticas e etc. Talvez seja pelo fato de uma vontade desgraçada de sair sapateando
visitar meu corpo em frente à televisão. E aí a sessão de filme vai para o dito
beleléu, enfim. Todavia, assisto a ''Chicago'', de boca e coração abertos. Toda vez
que termino de assistir à saga de Roxie Hart e Velma Kelly na glamurosa e
ensanguentada princesinha de Illinois, nos anos 20, sinto lapsos de sonho
marejando as retinas, enquanto danço um número de Charleston em um cabaré francês, londrino ou sei lá, trajando uma cinta-liga
vermelha e peninhas inocentes na cabeça. Ali, saio saltitando, sendo abraçada
pelo letreiro luminoso que leva meu nome... eu que, até pouco tempo, me encontrava,
apática, no sofá da sala. Não é o máximo? Eu já tinha avisado: aqui tem
imaginação para alimentar toda uma vida. Amem-na ou deixem-na! - já diria nosso presidentinho Médicizinho. Pois bem, pros…