Parece-me que fui incompreendida nesta minha paixão súbita (nem tão súbita assim) pela palavra "agridoce", uma vez que andei recebendo uns comentários bem despropositados a respeito. Ok, vamos aos esclarecimentos. A tal palavra pela qual fui arrebatada fincou raízes em meu pensamento, desde que me caiu às mãos um livrinho de breves biografias de algumas figuras que haviam participado, ativamente, dos 500 anos do Brasil - sim, li isso lá nos idos de 2000. O trecho no qual fiquei vidrada, dada a utilização do termo, era mais ou menos assim: "(...) entre móveis e objetos trazidos da pátria, Isabel, princesa do Brasil, vivia seu agridoce exílio no castelo do marido, na França." Tratava-se do fim melancólico da princesinha boazinha que havia lutado pela causa abolicionista, durante grande parte da vida. Depois de uma rápida consulta ao dicionário - com 11 anos, a ignorância é, notoriamente, galopante - para mim, não restaram dúvidas sobre o que o "agridoce"