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Mostrando postagens de julho, 2015

Sobre John Lennon e uma estrada para lugar nenhum

Tenho quase 26 anos, e não sei o que quero da vida. Sim, eu tenho um diploma. Tenho saúde, pelo que dizem os últimos exames. No entanto, tenho sono. Um sono louco e arrebatador. Sono das pessoas. Dos últimos hits do rádio. Das comidas do Instagram. Das frases feitas com um questionável espírito motivacional. Nossa, essas me fazem bocejar. E salivar de ódio. Mas, veja bem, meu bem, eu tenho amor no coração. Eu sou amor da cabeça aos pés. E umas pílulas para ativar serotonina. Se você sabe o que quer da vida, esse texto não é para você. A propósito: pegue sua medalha de maior ser humano na saída. De nada, foi um agrado do meu eu John Lennon a você. Os boletins do John diziam, na época, que ele era irrecuperável. John era um adolescente bizarro e sem nenhuma perspectiva. Porra, queria ser ele. E ter composto Strawberry Fields Forever . John não sabia para onde ia, mas entrou para a história. Quem sabe eu também consiga. Pensando sobre isso, me vem à cabeça aquela ideia de que deve haver

O casal que não disse obrigado

Eu sou um tipinho atormentado. Artístico incompreendido. Azedo crônico. Faço piadinhas imbecis e comentários inapropriados. Sou medalha de ouro em deixar as pessoas mudas espumando de ódio em virtude de alguma frase atravessada. Aquela coisa das papas na língua, sabe... é, realmente não tenho. Como diria a Modinha para Gabriela : eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim. Ponto. Mas, indo na contramão disso tudo que escrevi, devo confessar que realmente não me considero uma pessoa mal educada, uma pessoa difícil de conviver em sociedade. Eu sou um doce, meus amigos, por mais contaditório que possa parecer. Eu prezo muito por gentileza no momento em que ponho os pés para fora de casa. Nossa, eu não abro mão! Ninguém tem culpa das misérias que enfrentamos, penso eu. Tá, alguém, às vezes, tem, ok. Mas o caixa do mercado, o atendente da loja, a moça que faz a higienização urbana... poxa, eles não têm nada a ver, nunca serei deliberadamente estúpida com quem

Sobre o dia piadista do falo

Dia do homem, que lindeza. Só parem! Tá feio, tá escroto, tá bizarro. É pouco politizado e inteligente. Vocês podem mais que isso, galera. Eu começo esse texto cheia de reservas, porque, né, ''ai grande coisa comemorar o dia do homem, é só um agradinho pra estes lindos que nos rodeiam, deixa de ser encrenqueira, Bruna'' - sei que é um pensamento recorrente. Ou se não o clássico da geração falsinha e raivosa da internet  ''mais amor, por favor'' -  como se para espalhar amor, fosse preciso emburrecer e consumir idiotice do senso comum. Amor uma ova, vamos pensar sobre as coisas? Eu tenho dois homens maravilhosos na minha vida, além de inúmeros amigos, é bom que se diga. Meu irmão e meu pai são dois alentos para mim, não vivo sem, amo de paixão. Só que existe uma diferença oceânica entre dizer isso e sair propagando em alto e bom som que homem merece um dia para ele também, oras, afinal, a mulher tem o dela em março. É uma bobeira retomar isso, mas, since

Marisa Monte, miga, volta aqui

Quem me lê há tempos (ninguém), sabe que sou fã da Marisa Monte. Musa suprema, amo, adoro, suas letras são bálsamo para meus ouvidinhos. Óquei . Íntima que me considero, já corrompi uma de suas letras neste espaço zombeteiro. Porque eu posso. Eu e Marisa é amizade daquelas de só se olhar e entender. Beleza. Aí, aconteceu que, esta noite, eu sonhei com a miga previamente citada. Branca que é uma parede. Os cabelos milimetricamente cacheados e sutilmente presos. Arredia, como ouvi dizer e o inconsciente popular aprendeu a vê-la. A mãe do Mano Wladimir estava, vejam só, no mesmo ponto de ônibus em que Bruninha contava seus níqueis. E cheia de sacolas, gente como a gente. - Fulana, olha ali, eu não creio, é a Marisa............. - Que, Bruna? Cuma ? - Ali, fulana... olha ali, porra, é a Marisa Monte!!!!!! MARISA, COMASSIM, CÊ TÁ FUGINDO, MARISA, EU NÃO MORDO, SÓ QUERO TROCAR UMA IDEIAAAAAAAAAAAA VOLTA AQUI, MARISAAAAAAAAAAAAAAAAA Fugiu. Evaporou por entre as catracas imaginárias

Amadeus e eu

Eu vivo no mundo da lua. Ok, todo mundo vive, eu não sou uma exceção, mas como o blog é meu, vamos ser enfáticos no meu umbigo aqui. Eu tô sempre viajando na história, vejam vocês. Viajando por culturas diferentes da minha, por países que não o meu, por músicas e ritmos que só conheço de curiosa mesmo - já que sou uma musicista frustrada. Peguemos a música clássica, por exemplo. Hoje, acordei com uma vontade doente de escutar uma sinfonia específica de Amadeus e seu cabelo ridículo (a propósito, a estética capilar do século XVIII sempre será uma incógnita para esta plebeia que vos fala), Amadeus este, aliás, cuja biografia contada no ótimo filme homônimo, de 1984, me deixou fora da casinha - assisti dia desses, e, olha...   'Ai, Bruna, para de pagar de cult aí, tu nem ouve isso.'' Antes fosse comichão pseudocult, menino, antes fosse. Eu sou tarada por sinfonias, de verdadinha mesmo, e desde muito nova. Me olha bem nos olhos aqui e diz que consegue ficar indiferente a um p