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Mostrando postagens de outubro, 2013

Expressões que eu não aguento mais usar, mas sigo usando, afinal, eu não sei parar

“Querendo ou não!” Querendo ou não, eu não sei parar, porque lá se vão alguns anos repetindo à exaustão que, querendo ou não, eu não tenho nada mais relevante a dizer, então, querendo ou não, você vai ter que engolir essa opinião sem definição. O "querendo ou não" é meu encerra-discussão. O "querendo ou não'' é o meu atenuador preferido: com ele, você   tira o seu da reta , e seu interlocutor nem percebe. Querendo ou não, é o que temos para o momento.     “JESUS MARIA JOSÉ” Aqui, vai um exemplar católico, porém bem inofensivo. Usado em momentos de extremo arrebatamento, como quando eu vejo um gato fofo, e não sei lidar com aquele momento em que minhas retinas são invadidas por centenas de arco-íris de sorvete de flocos, ficando, assim, congeladas naquele lapso do mais puro amor, e tudo que sai é isso. Em letras garrafais mesmo, que é para a coisa ganhar o sentido desejado. “Que loucura, Jorge!” Nem sei de onde/quem catei isso, tampouco quem s

A caçadora de capitais

Sempre a mesma cantilena. É só isso que eu ouço (tá, não é só isso que eu ouço, mas precisamos de um tom enfático aqui, ok) quase como um mantra sussurrado inconscientemente para dentro de nossos cérebros resignados. Não, não acho que as pessoas - sempre elas, as pessoas - estejam/sejam vazias. Ninguém é vazio, quer dizer, bradar que   ''fulano é vazio, cicrana é vazia''  pressupõe uma totalidade, dá a entender que não há nada no fulano e na cicrana - e isso não tem lá muito sentido. Digamos, então, que elas estejam cheias de algo que não nos interessa. Ou já nos interessou, mas agora não tem mais apelo, acontece. Tô só chutando mesmo que todos parecem estar estafados de tanta ''vaziez'', mas por que esse sentimento, se teoricamente ninguém é tão vazio assim? Boa pergunta, eu é que não vou responder. Er, pensando bem, eu tenho uma sugestão. Não me culpem, tudo isso é fruto de uma incursão perigosa e infantil aos diários de um tal Bourdieu - ele que no

Sobre meta batida e paz de verdade

O departamento de estatística aplicada da Agridoce Enterprise  declara que a meta de postagens do presente ano foi alcançada. A tentativa era a de passar o número do ano passado, sabe, bem óbvio, e então conseguimos. Aqui, fala-se de quantidade, não de qualidade, é bom que se explique. Vejamos... nessa imersão de relembrar postagens... nossa.... tem umas aqui que, francamente, tengo ganas de me estapear por ter escrito. Não é fácil se autoanalisar. Em mais de 200 postagens (cof cof), alguma coisinha eu ia detestar depois de algum tempo, lógico, mas aí eu paro e percebo que, poxa, aquilo ali também sou eu. Não posso fugir do que eu senti no momento em que transmutava demônios em palavras. Não posso apagar nada, por mais que eu ria copiosamente do que eu já fui. Ao menos, eu me divirto. Ao menos, eu dou uma chorada eventual. ''Mas consegui, pelo menos, escrever uma canção...'' (Cê Pê Ême Vinte e Dois)  Consegui, ao menos, escrever uns textos. A galera leu, cu

Para minha cria predileta

Eu tenho um amor da vida e o nome dele é Leonardo. É o meu caçula, o meu bebê, o meu melhor amigo, a minha metade, o meu melhor e o meu pior.  Eu sou apaixonada pelo meu irmão, trata-se de um platonismo alimentado diariamente. Eu amo a risada gostosa dele, eu amo seu talento tímido pro piadismo , eu definitivamente sou mais feliz quando rio com ele. E disso nós dois entendemos: quando estivermos muito sérios, desconfie. Mamãe diz que fui eu que o batizei, porque eu era uma entusiasta da já encerrada dupla, brejeira e graciosa, Leandro & Leonardo . Então, quando ela perguntava como eu queria que meu caçulinha fosse nominado, eu devia soltar algo como um Linardo ou Nunado , porque o fato é que quando a criaturinha chegou, lá nos idos de agosto de 1992, o nome já estava certo. E aí fomos apresentados. O danado quase nasceu no meu aniversário de 3 aninhos, percebam como é uma ligação curiosa e indissolúvel. Naquele ano, eu não tive festinha nem parabéns em volta de uma mesa decorad

Solos de guitarra não vão me conquistar

''Solos de guitarra não vão me conquistar...'' HÃN??? PAULA TOLLER, AMADA, CÊ TÁ LOUCA?????? SOLOS DE GUITARRA VÃO, SIM, ME CONQUISTAR, INCLUSIVE JÁ ESTOU CASANDO NUM CHALEZINHO NAS MONTANHAS ANDINAS Porque é aquela coisa: um menino com uma guitarra faz estragos violentos. Uma guitarra ou algo que o valha, não interessa muito quantas cordas o tal instrumento tenha pra mim - que, sim, tenho um coraçãozinho ridiculamente  groupie batendo dentro do peito. Ria da minha patetice, estranho, é de graça. Música é um departamento perigoso, eu não sei lidar. Mas, hein, eu queria mesmo era dizer oi. Então, oi. Ainda não havia dado as caras nesse outubro maroto. E vim fazer isso com essa pagação deslavada, uma vez que o registro de um flagrante de um certo semblante compenetrado dedilhando coisinhas gostosas de ouvir precisava ganhar forma. Tá aí. Quando abri as estatísticas aqui, e vi que as visitas estavam gentilmente escasseando, senti uma dorzinha na alma. Eu tinha