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Mostrando postagens de agosto, 2015

Deixem rolar - só que no mudo

Sabe aquele filme ruim? Mas ruim mesmo, de sentir vergonha alheia pelos atores que se meteram numa história tão ridícula? Pois é, fui acometida pelo sentimento repetidas vezes enquanto assistia à última água com açúcar em que o menino Evans se meteu, o tal  Playing it cool - "Deixa Rolar" em português. Assim, não é que a comédia romântica tenha que nos virar a cabeça - somos grandinhos, sabemos o que esperar -, mas com o mínimo de borboletas no estômago é de praxe que sejamos brindados, poxa, está escrito no menu da obra (e nossa fome, mesmo que disfarcemos, não é pouca). O fato é que sigo faminta. E com uma certa raivinha, sabe, aquela gana de dar uns sopapos na cara do diretor. Bom, o Chris dá vida a um escritor que não acredita no amor, porém é recrutado para dar forma a um roteiro romântico que virará filme em seguida. É tipo uma metalinguagem de Chris Evans, percebam. Só que o ceticismo dele dura até conhecer a personagem da Michelle Monaghan (jura!!!) e cair de amores

Apenas mais uma de sono

Eu gosto tanto de dormir Que até prefiro omitir Deixo assim, ficar No meu olhar reprimido Como uma ideia que existe na pálpebra E não tem a menor chance de acontecer Eu acho tão desgraçado isso De o sono ser tão feroz, baby A madrugada é mesmo tão fugaz É uma ideia que existe na cabeça E à tarde nunca terá a mínima oportunidade de acontecer Pode até parecer fraqueza Pois que seja fraqueza então A alegria que me dá roncar Isso vai sem eu dizer Se amanhã não for nada disso Caberá só a mim esquecer A mijada do chefe que eu ganho, o ônibus que eu perco Ninguém precisa saber Bruna Maurícia Pragana dos Santos

Não posso mais ser um prodígio da psicanálise com 9 anos

Quando eu era criança - não que eu não siga -, e brigava com meu irmão por algum motivo que até hoje não sei explicar, meu pai vinha com a cantilena. Corrijo: meu pai, minha mãe ou qualquer adulto que estivesse por perto: ''mas nem bem estavam brincando e já estão de peleia"?  Clássico, né? Ou algo do tipo, isto é, se estavam brincando, conversando e rindo, estava expressamente proibido terminarem o show com algum tapão na cara - não que tenha havido, enfim, vocês me entenderam. E não que as coisas precisem terminar com choro e focinheiras, realmente não precisam. Mas isso acontece. Acontece, é da vida. A gente - eu, vocês e todos nós - segue sem se entender no fundo, mas bem no fundinho. Mais nova, eu me culpava. Achava que a intervenção adulta era sempre muito lógica e providencial. Até pensava com meus botões: ''criança é idiota mesmo, adulto não faz isso'' . E deixava-os saborearem aquele trunfo de quem acha que sabe muito sobre a vida. Ai... ai....