Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro, 2014

Eu não uso o Tinder

Veja bem, embora pareça, não quero me colocar em uma casta superior de meninas devido ao fato de não marcar presença neste fabuloso e lascivo aplicativo. Eu poderia facilmente instalá-lo também. Segura minha mão aqui e diz que me entende. O que me incomoda é colocarmos a chande de sucesso de nossas vidas amorosas nas garras de um celular, de uma máquina que nem sempre pode ser amigável. Claro que é preconceito, mas, por enquanto, penso que ele tem me salvado de algumas ciladas - sim, Bino, já ouvi histórias. Não é nada do tipo ''encontrei um maníaco sexual sociopata'', são aquelas bizarrices comuns a quem nunca olhou no teu olho, pegou na tua mão, dividiu teu fone de ouvido, riu tua risada. Aquela bizarrice de quem está ali só pela própria lascívia, robôs que nos tornamos. Robôs, pelo jeito, incapazes de olhar para os lados e fazer o acaso. Ai, o acaso... Escrevendo isso, até parece que eu sou muito romântica. Acho que sou, mas não obviamente romântica, gosto do roma

300

THIS IS SPARTAAAAAAAAAAAAAAAAA AAAAAAAAA AAAAAAAAAAAAAAAA (GERARD BUTLER EM - FILMINHO EM QUE O RODRIGO SANTORO FEZ O XERXES) Chegamos à trecentésima postagem aqui na bloga. O que isso quer dizer? Nada. Por que eu fiz relação com o filminho do Santoro? Porque eu sou idiota. Achei que ficaria tendência. Mas, olha, estava eu aqui pensandinho com meus botões........ tem coisa muito boa aqui. Sem falsa modéstia, tem textos em que eu sou genial pra caralho. Também tem muita porcaria, mas foquemos nas partes em que não provoco vômito geral. Bem que vocês podiam ler........ assim, uma lidinha não custa nada. TEM 300 POSTAGENS, UAI ALGUMA COISA HÁ DE AGRADAR Fica o apelo. Fiquem com o Gerard. Todo Sparta, todo gritãozinho, que meda.

Tira essa colher de açúcar do meu suco de abacaxi com hortelã

É curiosa essa história de não gostar de nada muito doce, afinal, açúcar é preferência nacional, não é mesmo? Mas comigo sempre foi assim. Mamãe conta - e talvez esta danadinha seja a culpada - que, quando preparava meu leitinho do crescimento, economizava na glicose - possivelmente já empenhada em me presentear com um spoiler de vida, quem sabe. Pouco açúcar em meus mamás , em meus suquinhos, em meus chás para curar gripe, em tudo. Logo, eu sofria quando ficava sob os cuidados de alguma titia desavisada, dificilmente tomando alguma coisa preparada por elas que pecasse pelo excesso. A coisa deveria conter algum amargor ou nada feito. Cresci, esse ser humano deveras equilibrado e meigo, mas sigo sem gostar muito de açúcar. Nos dias e nos chás. Assim, não me olhe com essa cara, gosto de doces com convicção, inclusive, como toda ansiosa que se preze, recorro muito a eles em dias de cão , mas em se tratando do meu suquinho sagrado de abacaxi com hortelã: não. Não! Chega de açúcar no meu

Expliquitismo agudo

Eu sou uma explicadora. Demorou até cair a ficha, mas agora que caiu, só vai. Em virtude disto, eu tomo no cu de uma forma abismante todos os dias, mas não posso evitar. De ser uma explicadora e de me desgraçar da cabeça. Eu explico. Eu explico de novo. Eu faço questão de explicar. Eu passo por chata. Aliás, passar por chata é eufemismo e gentileza: a chatice aqui já foi somatizada. Tudo porque eu insisto em explicar. Eu contemporizo como ninguém. Vai ver é porque eu sou jornalista. Blé, grande jornalista. Explicadores sofrem. Sofrem porque explicam. Explicam porque sofrem. E serão assim até o cerrar de suas cortinas devidamente explicadinhas para a plateia. Às vezes, no auge da ingenuidade, me passa a ideia de que eu tinha que deixar as coisas meio no ar, meio bolinha quicando antes de ser raquetada, a fim de, quem sabe, ficar até mais interessante para os que me ouvem. Como se eles fossem ir atrás do que eu deixei pendente quando explicava. Ledo engano. Ninguém se importa. Se foram,

Sobre homofobia e os corações gelados

''Ai, porque agora tudo é homofobia...'' KIRIDINHA, QUEM SABE DÁ UM TEMPO NAS MARY KAY E VAI LER UNS LIVRINHOS, HEIN? QUE TAL? QUEM SABE PARA DE COMPARTILHAR PORCARIA DO TESTOSTERONA, HEIN, FERA? Desculpa aí, amigs, mas sim, praticamente todo um arsenal de piadas escrotinhas e insinuações que ouvimos desde a tenra infância são de cunho homofóbico. São cruéis, são nojentas, são mesquinhas, desde sempre. Devem ser criminalizadas com urgência. Pra ontem, meu país. É terrível que pessoas sejam humilhadas e, em muitos casos, assassinadas ainda em virtude de sua orientação sexual (lembra? não é opção sexual, é orientação sexual : ninguém escolhe acordar um dia com a boca cheia de formiga, ninguém opta deliberadamente pelo sofrimento, ponha sua massa encefálica para trabalhar, queridx!). O caso do adolescente morto em Goiás há uns dias, e que ganhou destaque na mídia, é mais um triste exemplo de mártir dessa intolerância travestida de fé e moral, incitada por Malafaias,

Frases Chorão

Ele me trocou por outra. Uma outra que curte  Frases Chorão  no Facebook. Não sei o que é pior: ter sido trocada por uma mina que curte Frases Chorão no Facebook ou ter me interessado por um cara que é capaz de gostar de alguém que curte Frases Chorão no Facebook. O fato é que isso me levou à questão do erro antes do erro. Ele não parecia ser o cara que curte garotas que curtem Frases Chorão ... parecia? Quer dizer, ele não me deu pista nenhuma. Vivemos dias e mais dias, sem que eu suspeitasse dessa mácula horrorosa no currículo dele. Do cara que, hoje, pega a mina que curte Frases Chorão no Facebook, enquanto eu saboreio um James Taylor azedo no repeat infinito. Se existisse, eu curtiria a página Frases James Taylor no Facebook, só de vingança. Também faria um perfil falso, bem psicopata, e deixaria no mural dele em letras garrafais que não só não deixei de escutar ''Handy Man'', como também curti uma página, no caso Frases James Taylor  no Facebook. Ufa. Aquel

Sobre a ceifadora e os lúcidos

E aí, proletários? Lendo muitos best-sellers sobre personagens com câncer que resolvem se pegar? Vocês curtem sofrer, hein? Bom, cada um na sua. Mas que vocês já foram mais exigentes, isso foram. Perdi um tio maravilhoso, há uns dias, vítima do mesmo mal explorado à exaustão nestes livrinhos muquiranas para entreter adolescentes mijonas. Que me perdoem as mijonas, digo, adolescentes, mas é, sabe. É um consumo muito óbvio, muito pronto. Enfim, foi aí que veio o pânico: eu preciso escrever sobre a ceifadora e tentar afastar essa nuvem de fumaça que parece estar rondando os meus. Nunca escrevi sobre ela - ao menos não com envelope endereçado, bonitinho e coisa - e a verdade é que nem sei se quero lhe dar uma sobrevida no presente blog, tô confusa, eis a questão. Queria tanto escrever que tô confusa e que essa confusão pudesse me absolver, mas sei lá. Tô me sentindo sei lá, acuada, pensativa, com medo de me encarar no espelho. É dela, da ceifadora, a incumbência de nos torturar, sorra