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Mostrando postagens de dezembro, 2013

O que eu desejo tem nome e está aqui

E então? Então que eu vim aqui, humildemente, fazer meus votos a vocês para o tal doismilequatorze , porque, muito embora eu seja avessa a sentimentalismos encomendados, também tenho um coraçãozinho passível de virar manteiga nas viradas. Ok. Nas viradas e em tudo que é situação: o fato é que eu sou uma manteiga derretida ambulante - ainda que disfarce razoavelmente. Quem eu quero enganar? Afe. Bom, eu desejo que no novo ano - ou amanhã, enfim - vocês descubram suas verdades e grudem nelas, apesar de tudo e de todos. E se alimentem da força que habita vossas almas sedentas de felicidade. Porque vocês podem tudo. Um espírito radiante é capaz de promover mudanças - eu acredito, sabe. Desejo que pensem em trabalhar em algo que amem - e não em algo que possa enchê-los de dinheiro. Tá, tá, eu sei que dinheiro é bom, mas não vamos dar tanta moral assim pr'ele, né? Desejo que vocês escutem menos Jorge e Mateus e mais Jorge Ben Jor. Ou mais Jorge Drexler, que também é uma pedida ótima. E

Sem admirar, não rola

Vocês   já devem ter passado pela situação, óbvio. Se perguntarem o que viram em determinada pessoa e por que, hoje em dia, parece improvável terem nutrido algum sentimento por ela. Seria hipocrisia dizer que eu não me arrependo de ter dispensado atenção a certos caras por aí, mas tenho amadurecido quanto a alguns estigmas amorosos conhecidos. Tipo, renegar alguém que já me deixou com borboletinhas no estômago. Não dá, cara, é babaquice. Ok, a borboleta, digo, a pessoa teve sua importância. Fim. Porém, agora vamos esculhambar com o bom-mocismo do parágrafo acima: simplesmente tenho vontade de vomitar quando lembro que já me interessei por uns figuras aí... quer dizer, o vergonhômetro alheio nem existe mais para contar a história, já explodiu há eras. Bem escroto admitir isso, sabemos, mas rolam uns arrependimentos escabrosos, no puedo evitar. Dia desses, estava eu de bobeira neste antro de perdição conhecido como internets , quando   acabei topando com a página de um menino que deve

Eu, o Marinho e o croissant de chocolate

Aí, ontem, numa destas provas de seleção da vida, veio a tiracolo na prova, um texto incrível da Cláudia Laitano. Puta crônica! Tanto gostei do pensamento da Dona Clau, que, após a leitura, fiquei tentada a ovacioná-la. É, aplaudir mesmo, eu e a prova, barulhão e tudo. Mas fiquei na minha , porque né, não preciso de mais motivos para ser tachada de louca. Só fiquei pensando: que baita cronista essa mulher! E aí, enquanto eu viajava nas questões de Português, fiquei a pensar, de soslaio, quase que inconscientemente, nesta ingrata - porém deliciosa, admito - tarefa de ser cronista. Porque o cronista é um atirador de opinião. Ele fica ali, na dele, observando, emprestando um olhar crítico, tentando promover uma reflexão de um jeito engraçadinho e cativante ao seu eleitorado. E, inevitavelmente, muito da sua credibilidade acaba vindo da sua atuação profissional de antes do delicioso e libertador ato de simplesmente escrever, sei lá, uma coluna no suplemento do jornal de sábado. Mas, pera

Sobre trocentos rascunhos que não viram a luz do dia, camaros amarelos, e ilusão como prova de estar no jogo

Não gosto de espaçar as visitas, mas acontece que minha inspiração anda num limbo desgraçadinho. Não gosto disso, e, olha, não é frequente: eu sempre ando com a cabeça fervendo de indagações prontas para virarem textos. Mas tem vezes em que acontece, néam ? No fundinho, mas bem no fundinho, deve ser a tal pressão do final do ano, certo que é. Retrospectivas, planos, contabilizações de acertos e erros - aquela cantilena conhecida que nos persegue, mesmo que não queiramos. Vocês não sabem, mas, geralmente, quando eu sofro de crises que me bloqueiam as palavras e me fazem sumir, é porque eu já estive por aqui e abri uns trocentos rascunhos que não viram a luz do dia. Eu ensaio, busco uma energia figadal - cês sabem, texto bom é aquele feito com as entranhas - mas aí vou me embananando. Em suma: não sai nada, porque eu já me distraí com a brisa, com o meu gato se espreguiçando com as patinhas coreografadas, com a manchete do jornal que, olha, dava uma crônica melhor e... fim. Lá vai o ra

Não troco o meu James Bond por você

A solidão assusta, claro que assusta. Solitude não é o projeto de vida de ninguém na vida, não é mesmo? Mas eu convivo bem com a ideia. Não que eu seja uma pessoa sozinha, longe disso, modéstia à parte, sempre dou um jeito de ter uma boa companhia do lado, de estar cercada de pessoas legais. Todavia, quando acontece, não deixa sequelas. Definitivamente, não sou o tipo de pessoa que perde um filme, por falta da dita ''parceria''. Ainda mais sendo o novo do James Bond.  Jura! Eu gosto de ficar sozinha, acho de grande necessidade. Eu me aprecio, gosto da minha companhia, do que eu descubro enquanto testemunha de mim mesma. É sempre libertador. E é meio curioso confessar isso, porque pressupõe que eu sou uma extraterrestre: quase ninguém que conheço é muito fã de uma solidãozinha. Deve haver, claro, mas, no geral, eu noto relações marcadas (ainda) pela posse, pelo controle, pelas cobranças, pela zaga retrancada - ainda mais em tempos esquizofrênicos de redes sociais (esqu

Sobre barbas

Neste site de amenidades denominado Agridoce , hoje, vamos falar de barbas. Ai ai, a barba. Sim, tem um caralho de coisa bizarra acontecendo no globo e que merece comentários, mas quem decide a relevância das pautas sou euzinha. A editora-chefe, a suprema dama da redação - ao menos aqui. Risos. Surfando no achismo e sem nenhuma pesquisa de campo que embase meus argumentos, eu venho dizer que... amados, cês entenderam errado. Não é para virar Papai Noel. Não é para fazer cosplay de Karl Marx. Não é, definitivamente, para virar profeta bíblico. Tô pisando em ovos aqui, reconheço, porque não entendo bulhufas de barbas, mas... ah, eu sei o que agrada minhas retinas. Pegando carona naquela letra raimundiana que deveras ecoou em vossos radins nos anos 90 , conheço bem o que faz levantar minha saia - ou, vá lá, o que abre meu calção. E, geralmente, fazendo cair alguma lágrima também. Penso ser o segredo da coisa a história de mostrar, escondendo. Quer dizer, sou um homem feito - veja a p