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Mostrando postagens de maio, 2016

Vadia

Ei, menina, deixa eu contar um segredo: você não é especial. Não aos olhos de um mundo de supremacia masculina em todos os âmbitos da sociedade. É válido sempre colocar a máxima em cima da mesa: não se trata de um jogo em que você compete com as outras mulheres para ver qual merece mais ser feliz. Ser feliz por andar na linha, ser feliz por beber pouco numa festa e ser discreta diante dos amigos daquele bostinha que tanto quer impressionar. Ser feliz por ficar sexta à noite em casa e tirar fotos dizendo que é pra casar , afinal, isso vai lhe garantir um príncipe montado num pangaré e fazer da sua vida um conto de fadas morno e sem sal. Ser feliz por julgar aquelas periguetes que saem de barriga de fora e vestidos minúsculos. As periguetes e você estão todas no mesmíssimo barco. Para todos os efeitos, você será uma vadia, puta, vagabunda em algum momento da vida. Vadia porque deu. Vadia porque não deu. Vadia porque deu muito. Vadia porque deu de menos. Vadia porque é direta. Vadia po

Christine me mata

Preciso falar sobre Christine . Não, pera , não é a Fernandes, errei. É essa aqui, ó: Sim, essa , porque tal carro é uma menina muito temperamental. Não tá entendendo nada, né? Eu menos. Sempre fui chegada numa coisinha trash dos anos 80, quer dizer, aquilo ali é meu território. É, amigo... polainas, cabelo ridículo, cor neon, dancinhas pop, ombreiras, dramaticidade, Blitz, exagero, Cyndi Lauper... desta cafonice vim e dela renasço. Mas me cagar de medo dessa coisa ridícula do John Carpenter depõe muito contra minha pessoa. Sim, porque eu me cago. Não literalmente, caro leitor doente, mas que fico agoniada, fico. Já procurei nos vãos mais obscuros da minha alma por que raios ela, Chris, me assusta tanto. Vai ver, eu fui morta por um Plymouth Fury 1958 vermelho e branco em outra vida, após uma perseguição básica madrugada adentro. Bem meu papel. Pra quem não sabe, a patacoada oitentista é fruto do livro de mesmo nome do escritor Stephen King, o reizinho literário do

Clube da Luta

Desde que comecei com minhas abobrinhas, venho negligenciando Fight Club , então vamos lá. Que senhor nó na cabeça. É bem verdade que, 15 anos após seu lançamento, a sinopse sobre dois marmanjos que resolvem trocar uns socos a troco de nada parece ser a preferida de 11 entre 10 adolescentes revoltados com a existência e o preço do lanche do colégio. Porém não sejamos levianos: tem profundidade das boas no filme de David Fincher. Tem profundidade demais - demais - naquela carinha linda e cheia de hematomas do Jack . Na história, nosso narrador - que até então não tem nome -, interpretado pelo ótimo Edward Norton, é um analista de seguros extremamente consumista e de saco cheio. Sua gana de adquirir o último catálogo da Macy's é diretamente proporcional ao seu niilismo diante da vida e do seu lugar no mundo. Com um pequeno detalhe: ele sofre de insônia galopante. Por conta deste problema, o jovem vai acabar conhecendo umas figuras bem curiosas, como uma tal Marla Singer (Helena B

Dia de gordinha tensa

HMMMMM GORDICES~~ GORDINHAS TENSAS~~ SENDO GORDAS~~ SENDO GORDOS~~ DIA DE GORDICE~~ HOJE É DIA DE SER GORDO~~ Porra!!!! Que merda, sabe? Tem pouca gente dentro do padrão legendando foto feia, mal tirada e previsível com as citações acima. Pode muito mais. Manda mais, miga, sua loka!!!!!!! DIA DE GORDINHA TENSA COM MINHAS MELHORES E MUITO BRIGADEIRO AWNNNNNNN SUAS LINDAS AMOOOOO #TOP #MINHASMELHORES #CATS Veja bem, eu sempre fui magra. Sempre fui magra, mas somente há uns três anos reconheci meu privilégio magro .   Não fiquei imune aos sofrimentos e reprovações sobre o meu corpo quando adolescente - isso é praticamente um bônus de ser mulher -, TODAVIA achar que minhas encanações foram e são iguais às de meninas gordas é no mínimo má-fé. Burrice. Alienação. Eu e mais uma penca de gurias sempre reconhecemos nossos corpos na televisão. Na capa da Boa Forma , nas passarelas de moda, nesses flyers idiotas de empresinhas mequetrefes de suplementação alimentar. Nós sempre fomos p