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Mostrando postagens de dezembro, 2011

Ten years gone

          Parem esse mundo imediatamente, que eu quero descer já! Fui acometida por uma crise terrível de nostalgia aguda. Putz... ao dar uma passeada por sites e redes por aí, acabei me dando conta de que, dia 29, fez dez anos da morte da cantora Cássia Eller . Não tentem me entender, não sairá nada que preste dessa postagem, mas sabem quando acontece uma coisa meio lispectoriana ? Estava eu, aqui, bem serena e distraída, quando caí na real de que há uma década, eu era uma cria pré-adolescente e...           O que eu tava fazendo que não vi o tempo passar? Nossa, parar um segundo para analisar um período tão grande provoca uma canseira desgraçada, além de um sentimento de saudade inexplicável, umas risadas bobas saltando dos lábios e algumas conclusões meio tortas: sabem como é, nunca se sabe se o caminho percorrido até o presente foi o mais acertado. A gente vai vivendo, vivendo, vai levando, vai se enfiando em umas tramas sem pé nem cabeça, em uns roteiros meio vagabundos que não

"NADA HAVER"

         Já havia feito um post muito didático e fofinho com dicas lindas de Português, baseadas no meu reles conhecimento na área, né? Também já falei que eu sou uma entusiasta da palavra bem escrita e empregada, né? Claro, claro, não sou isenta de erros, tenho meus deslizes, odeio escrever algo errado (dia desses, coloquei acento em "melancia" KKK), mas nunca negligencio minhas ações: ando com um dicionário fascinante a tiracolo. (e morro de amores pela minha gramática do terceirão!) Amo eles, somos grudados! s2 // Faço erratas, enfim, não me lixo para o que escrevo. Onde já se viu uma foca recém saída dos corredores acadêmicos, sem capricho gramatical? Penso que isso seja elementar, meu caro Watson.           É bem verdade que eu apanho lindamente da ênclise, da mesóclise e da próclise e de alguns hífens cretinos, mas podem ter certeza de que o ato de usá-los corretamente já está na minha lista prioritária de coisas a se fazer no novo ano que aponta no horizonte. rs // C

Da série: diálogos agridoces

QUE FASE! - Bem no fim, às vezes a gente foge é pra não ficar refém mesmo. - É... pode ser isso, por mais que eu não assimile muito bem. - É o álibi dos medrosos, percebe? Eu assumo. - Ou dos sensatos, vai saber... - Eu nunca fui sensata, amiga. - Taí uma verdade, hein? É medo, então. - Tá, pode ser sensatez mesmo. Acho que tem um momento em que tu vê que tomou tanto na cara, que se obriga a fugir, ou melhor, ser sensato. Nem que seja uma sensatez velada... - Grata por confundir minha cabeça. Tu me fez ver que tô na mesma sinuca. - Lembra quando eu te disse que amava ele de um jeito meio doente, de um jeito que tava me deixando meio doente..? - Não foi comigo que tu falou isso, meu caro Watson. - Puta merda! Será que eu sonhei, falei isso com alguém ou disse isso in loco pra criatura? - Certeza que o argumento de "Insensato Coração" foi inspirado na tua vida amorosa, cara. (risos) - Certeza que tu tá me tirando, sua louca! Nem olhava essa novelinha de quinta.

Quando der na telha...

Olá, pessoas!           Tirei duas semaninhas sabáticas para fazer o que sei de melhor: procrastinar. Ah, sei lá, acho que depois da centésima, fiquei meio bloqueada - como sempre ocorre em finais de ano, diga-se de passagem. Ando cheia de ideias, mas com certa dificuldade de materializar... acho que nunca comentei por aqui, mas o fato é que basta o último mês do ano dar as caras, para eu marcar presença no time dos introspectivos. E essa introspecção, invariavelmente, acompanha minhas palavras: penso, penso, arquiteto postagens, e, não saio do lugar. É o mal de dezembro me pegando de jeito.            Bom, já que eu ando um zero à esquerda para propor qualquer debate no recinto, sugiro que falemos do já mencionado "mal de dezembro" - que, tenho certeza, tira com a cara de mais gente por aí. O que vem a ser tal coisa? Trata-se da ansiedade típica dos finais, uma espécie de obrigação de ser feliz e esfregar isso na cara de quem quer que seja: a vontade pode até ser de toma

Cem

         Cem postagens, é isso? Cheguei à centésima ladainha agridoce? Hum, e agora? Continuo? Para que lado vou? Fico parada à margem dos meus questionamentos ou sigo nadando em círculos só pelo prazer do exercício? Cem textos, cem tentativas, cem gritos, cem anos de solidão trancafiada nesse porão do Blogspot . Cem caminhos, cem atalhos, cem emoções, cem trechos azedos para cem parágrafos doces. Menina cem vergonha.          A centésima vem com gosto de resignação, mas ainda comporta rebeldia pueril e uma pitada de esperança - que é para a receita não desandar de vez. A centésima traz na mala um monte de vivências fadadas a ser o que são, cem grandes sobressaltos: tudo que esteve aqui, assim foi por uma razão. E estamos ótimos. Peraí, tá errado, estamos péssimos: também há por essas bandas cem mentirinhas contadas para entretê-los. A graça é a abstração, não? Conversinha cem fundamento.          A centésima vem com ares de grande coisa, parecendo flagrar meus titubeios e ordenan

Detalhes

Sim, mulheres gostam de detalhes. Não nos perguntem por que, rapazes, apenas é assim. Detalhes são do sexo feminino, não se iludam com o artigo. Detalhes grudam na massa cinzenta e não há quem dê jeito nisso: uma vez processados pelo cérebro, está feita a droga. Detalhe guardado é açúcar escorrendo do livro de romance na hora de ler. Devanear torna-se tarefa fácil. Ela nunca disse, mas lembra até hoje da sua carinha ciumenta quando comentou que o primo lindo dela passaria as férias na cidade. Ela lembra da camiseta branca que você usou naquela festa e o fez parecer o cara mais irritantemente gostoso da face da terra. Ela lembra daquela noite terrível de inverno, em que você sorriu do jeito mais enigmático que os olhos dela poderiam testemunhar. Ela lembra de todas as suas gírias - de quem passa mais tempo na rua do que em casa, sob os cuidados da vovó. Ela lembra da sua mania antiga de olhar fixamente para alguma coisa no horizonte como se quisesse abraçar o mundo. Detalhes são ad

Eu e o estresse em Arial 12

          Quem lê meu blog, deve ter uma leve noção de que eu faço tempestade em copo d'água. Não é muita coisa, mas a tendência à tragicomédia existe e arrebata algumas postagens instintivamente, em uma frase que outra. Sabem aquela coisa meio shakespeariana , meio "Os sofrimentos do Jovem Werther" ? Pois é, adoro um teatro, um drama, uma cena meio  Televisa... rs // Tergiversadores, como eu, sabem bem como é.            Enfim, o vendaval da vez atendeu pelo nome de monografia, e eu honrei o script de forma irretocável, literalmente. Teve muita rajada de vento, raios, trovoadas, além da clássica penumonia por não estar devidamente agasalhada e ter pegado chuva na volta para casa. Lindo de ver! Cheguei a sonhar com o tal trabalhinho acadêmico, somatizei horrores essa droga, e não me perguntem o porquê, apenas foi assim. Claro, qualquer um que já esteja a léguas dessa fase, trilhando os caminhos dos mestrados e das dissertações da vida, dirá que minha conversinha é pra b

Verborragia

          Fiquei parada, mas não disse nada, não podia dar o braço a torcer, sei lá se fiz certo, talvez eu tenha deixado escapar uma puta chance de morder essa felicidade insuspeita com todos os dentes, o que me lembra que amanhã tenho consulta no dentista, nossa, eu morro de medo daqueles aparelhinhos que fazem um barulho meio como o da motosserra do Jason , talvez eu tenha me livrado de uma cilada, vai saber, falando nisso, por que diabos tiraram o seriado do Bino do ar? Era legalzinho.           Tá tudo meio estranho, ando inspirada pelas coisas mais toscas e abismantes, pelas conversas mais casuais e improváveis, pelos momentos mais bobos e coadjuvantes. Preciso materializar essa inspiração que anda me tirando o sono, não acredito que vou arrumar uma insônia pra me atazanar justo agora no final do ano, caraca, esses finais de ano me deprimem um pouco, é muito consumismo pra quase nada de espírito reflexivo, pensando bem, não vou mais refletir porcaria nenhuma, vou ligar, mandar m