Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2012

Fanática por mim

         Ando pensando nessa história de ser ''fã'' de algo. Que coisa estranha, hein? Geralmente, dispensamos devoção cega a pessoas das artes, sejam músicos, atores, diretores, pintores, malabaristas ou palhaços de circo. Whatever , a gente gosta porque gosta. Eles lá na deles, mal desconfiando da nossa singela existência fanática e cheia de amor para dar, e nós, aqui, no limbo do ostracismo, amando, brigando por eles, indo aos shows e gritando histericamente. Gritando histericamente! Por pessoas que nem nos conhecem! Parei e me vi imersa no absurdo da situação. Creio que esteja faltando calor humano na coisa, hein, honestamente...           Tá , eu sou fã de um monte de gente por aí. Sou fã do Freddie e dos outros incríveis do Queen, sou fã do Meu Amor Buarque, sou fã do Heródoto Barbeiro, sou fã do Lamarca, sou fã do Christian Bale e do Steve Martin. Sou fã da Amanda Peet, aquela fofa. Sou fã dos filmes do Almodóvar porque eles me perturbam e me fazem ver que tenta

Festa da vinda

         Por muito tempo (digamos que uns 10 anos, rs), eu detestei fazer aniversário. Pode ser que se sintam solidarizados com a causa, uma vez que também aniversariam todo o ano, né, amados? Pois bem, não sei se já tiveram esse ódio incontrolável pelo dia de vossos nascimentos e pela obrigação de estar em paz consigo mesmo e bla bla tô super resolvida com todos os setores da minha vida, não tô mais velha, tô melhor e bla bla bla. Não sei se curtem aniversariar, não sei se têm calafrios só de pensar... talvez isso role com everyone... talvez eu seja the only one... mas hoje vou lhes contar uma história pra boi dormir . 15 MINUTOS DEPOIS           Demorei??? Tava lá mandando um e-mail pra Marthinha. Sim, a Medeiros, a escritora, aquela criaturinha genial e porto-alegrense... aniversariamos no mesmo dia, e - desde que eu soube - vivo me gabando do feito por aí, porque, né? Ela é uma das minhas favoritas (sei que de vocês também, rs)... e eu mando e-mails emocionados, desejando

Top10 Agridoce

       Agora, toda semana, terá um post especial, falando sobre meu intrigante gosto musical. Tenho um puta ciúme do que eu escuto (?), mas vou dividir com vocês o que anda passeando nos meus fones, enquanto eu ando pela cidade com aquela cara habitual de pateta. Tá , mentira, não vai ter porra de post nenhum, detesto ficar presa a regrinhas de postagem, só me deu uma súbita vontade de vir falar disso - claro, pois nada de mais interessante povoa meus neurônios no momento. Vi que ando escutando com super frequência as canções a seguir. Sintam-se inspirados. Sintam-se musicados , música nunca é demais, né? 1- Matriz - Ramirez (Ah, super fofinha, super Malhação, super-tenho-16-anos- e-sonho-com-um-carinha-meloso-que- me-ponha-no-colo-e-cante-para-mim-e-meu-All-Star-surrado. Tô pouco me fodendo para o fato de que isso é Emo e etecetera, só quero saber se posso voltar pro Sweet Sixteen. ) 2- Quero que vá tudo pro inferno - Roberto Carlos ( Tamo junto , Rei, se bem que na cidade onde eu

Sobre notícias sem-sal e reportagens charmosas

Eu sempre achei as notícias sem-sal. São sucintas, vá lá, têm sua serventia, enchem de novidade a vida dos transeuntes por aí, mas não queiram elas ter o charme das reportagens, dos livros-reportagem. Elas são frias, são pálidas, não escavam, não procuram além do que o fato oferece – ele e seu miserável lead . São ótimas, claro, super servis, informam com maestria, apavoram com crueza ímpar, embebedam de realidade todo o boteco..... ah, mas não queiram elas, no alto da sua previsibilidade, ter todo o arsenal de suas primas-irmãs. Tirem o editor-chefe da chuva, suas recalcadas. No Jornalismo, você aprende que deve ser breve. É tipo fazer um charminho e sair de cena . Conte o que, quem, quando, onde, e, se der, alguma outra coisinha e vaze, seu exibido! Seu leitor/ouvinte/telespectador não tem tempo para conversinhas para boi dormir . Tá, tudo bem, a gente entende. Mas é que... ah, sabe... eu não tava preparada para essa economia. Eu sou leonina, meu bem, sou tudo, tudo – menos brev

Sou e não nego

Brasileiro só aceita título se for de campeão. E eu sou brasileiro. (Ayrton Senna) Mas o meu coração é brasileiro... (Natiruts) (...) pouco executado pelas rádios brasileiras, Tom Jobim só encontrava o reconhecimento e os prêmios no Exterior. Dizia que o único país onde o atacavam era o Brasil. Uma vez lhe perguntaram por que sempre retornava. - Volto para me aporrinhar. Para responder a esse tipo de pergunta. Para ser um dos 5% de brasileiros que pagam imposto de renda. Para perder o apetite ou morrer de indigestão. Volto porque nunca saí daqui – retrucou.        De repente, eu tava ali, com a face sendo inundada por lágrimas, e o fato é que nem queria me conter. Poxa, finais olímpicas em que o Brasilzão é protagonista me fascinam um bocado. Me extasiam profundamente, pois, ali, na quadra, há um engrandecimento de uma pátria constantemente espezinhada. Maltratada. Seguidamente, pelos seus próprios filhos, aliás. Ali, no braço, na superação do atleta, por vezes desconhecido

Relato piegas

         Vou contar um segredo procêis : eu sou piegas pacaraleo . Uma chorona, vivo fazendo draminha à la Paulina Martins em A Ususrpadora . Super acredito em princípios, valores, amo um idealismo furado. Enfim, uma otária completa. Goethe e seu jovem Werther, por exemplo, me fazem entrar em profunda catarse.            Em se tratando do amor, por exemplo. Ahhh... o amor! Essa pulguinha atrás da orelha insistente. Sou tão piegas, que, por mim, nunca, jamais, em hipótese alguma, haveria desencontros. Tipo aqueles sobre os quais, meu Poetinha escreveu... nanana , não haveria sofrimento, nada de dores-de-cotovelo e vontade de chorar baldes.  Na maternidade, nasceríamos com um itinerário amoroso e estaríamos fadados a viver algo verdadeiro: não passaríamos a vida inteira dando topadas na parede, insistindo em relações, ou, vá lá, platonismos que só nos machucam. Lindo de ver, almas gêmeas seriam uma realidade. Bateu o olho, foi correspondido, amou de verdade, ficou a vida inteira. Si

Prazer, balada

Copos cheios Corações vazios Luz colorida Por que viemos? Prazer plástico Veneno indolor Pulsa a vida Mas não somos o que temos Dor que sorri Paixão que corrói Não parece ter saída Isso que vivemos Medo calado Pista sedutora Corpos quentes Mas que ainda têm fome Vento gelado Nexo sem sentido Amnésias recorrentes Afinal, qual é teu nome?

Curiosidades agridoces

Como há um público muito seleto que clama por entrevistas aqui neste espaço, aqui vai uma EXCLUSIVA, feita pela produção do "Garota Agridoce" com a mina agridoce, Bruna Daniele Castro, diretamente do Castelo de Caras.  Um luxo só. Confira! Qual a sua lembrança de infância mais remota? Eu fingindo que tava dormindo pra não ir ao jardim de infância de manhã, nos idos de 95. Me achava muito esperta. Aí, como meus pais eram coniventes com meu soninho rebelde, eu ia no horário da tarde e as freirinhas sempre me repreendiam. Lembro até hoje “Bruninha, tu não estás no teu horário..’’ (risos) Maior ídolo na adolescência? Sei lá... acho que o Freddie Mercury, pela intensidade e magnetismo. E teve aqueles gurizinhos de boy bands , claro, peguei a fase áurea do KLB, logo... Onde você passou as suas férias inesquecíveis? Bah, quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, ia pra uma fazenda de uns conhecidos da minha vó materna. Só hoje vejo o quanto aquele tempo era fabuloso. O ver

Sobre falta de inspiração, minha cara de sonsa e etc.

          Fiquei quase um mês sem vir aqui. Sei lá, precisava de férias. Tá, é mentira, minha inspiração anda num limbo desgraçado. Pela primeira vez, não sei sobre o que escrever, abro vários rascunhos, e não termino nenhum. Vou até a janela, coloco os hermanos para tocar - a fim de ver se minha veia parnasiana inútil e decorativa brota - e nada. Como uma barra de chocolate inteira, rezo para que o cacau não se converta em erupções cutâneas, imagino um post polêmico sobre como nós, minas, somos escravas da ditadura da beleza, mas quem diz que eu ando com paciência para sentar a bunda na cadeira e escrever minhas abobrinhas de sempre? Eu sei que vocês andam com saudade da chata, vulgo eu. De mim e minhas metáforas sem sentido. Eu sei, podem parar com o muxoxo, sei que a-do-ram vir aqui e me odiar... ou rir dos meus assuntos nada convencionais... tudo bem, já entendi que sou um mal necessário em vossas tardes de trabalho tediosas. Por isso, eu volto. Revolto.             Dia desses