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Mostrando postagens de fevereiro, 2017

Selton e eu

Descubro coisas curiosas em salas de espera. O último achado foi que a minha alma gêmea é o... Selton Mello? Pois é, meus caros, quem diria que a mulher invisível dele sou eu?  God works in mysterious ways...   Morrendo de tédio galopante, comecei a folhear uma daquelas revistas sofríveis e me deparei com as seguintes palavras do moço: Aos 33 anos, você disse que não se imaginava casado, com filhos correndo pelo quintal. Mudou de ideia?  Não. Continuo igualzinho. Mas a cho filho uma coisa legal. Homem tem uma vantagem. Posso ser pai aos 50. De repente, ter um filho sem estar casado, penso em coisas assim. Ter um filho com uma amiga, com uma mulher que admiro, que já namorei ou alguém que saquei que pode ser uma boa mãe e que também não está a fim de casar. Ou não ter filho também. Viver sozinho, por que não? Saca a profundidade do boy... Por que não? As pessoas lidam muito mal com a solidão, não conseguem ficar sozinhas. Eu fui ganhando experiência nisso e já tinha

Da série: diálogos catárticos

GERAÇÕES - Olha quanto bonequinho... amo esse aqui, ó, o Capitão América, sabia que ele é meu marido? Ele é bem gost... digo, adoro esse negócio que ele usa, esse escudo para qualquer cois... eer, qual teu favorito? - Hum... o Bat... acho que o Homem de Ferro! Ah, e também esse, ó... - Quem é esse?  - É o Vegeta. - Hã? Não sei quem é.   - É do Dragon Ball, é um desen... - Ewww, odeio desenho japonês... é japonês, né? - Por que tu não gosta? - É.. é que a prima é chata com desenho. A prima é chata com um monte de coisa, mas isso não vem ao caso agora.  - E aquele ali que tá passando na televisão tu gosta, prima? - Olha, er... não é do meu tempo. Quando se começa a usar expressões como ''não é do meu tempo'', é porque fodeu muito. - Eu gosto do Pica-Pau, Tom e Jerry, Fantástico mundo de Bobby, DÊNIS, O PIMENTINHA!!! Meu Deeeeeeus, o Dênis, lembra, mãe? Eu assistia na Eliana!!! Silêncio. - Mas, vem cá, e do Super Homem tu não falou... é o

Annie Hall - um curioso purgatório

Nunca dei a mínima para Woody Allen e quando vieram à tona aquelas acusações de abuso sexual contra sua persona, aí é que piorou: minha indiferença virou um singelo nojinho. Só que eu adoro Diane Keaton, sabe? Andei dando uma lida em sua biografia e decidi que tinha que ver o filme responsável pelo único Oscar de melhor atriz que repousa em sua estante. Foi aí que, uns dias atrás e com vários anos de atraso, habemus Annie Hall (1977), dirigido pelo dito-cujo.  Chato. Chatíssimo. Insurportável. Me arrastei horas em algo que, tirando os créditos, dura somente 86 minutos, fato que me deixou intrigada, porque muitos dos diálogos são interessantíssimos - vá lá, algumas tiradas do judeu de caráter duvidoso têm seu valor. Não vou me ater a especificações técnicas que domino pouco ou quase nada, mas é como se o filme não tivesse ritmo. A sensação que me deu é que estava espiando da janela esquetes de um casal tedioso e improvável - improvável porque os dois não têm química alguma. Esquetes