1461 dias de jornalista. Que coisa, por que essa sensação de que passa tão rápido? Não que eu queira voltar às salas outrora frequentadas - Deus me livre! -, mas eu toquei a pensar no que isso representa na minha vida. Foi inevitável, os corações são meio apegados a datas, vocês sabem. Eu não sou o tipo de jornalista que quis isso desde criança, foi mais como se as vivências tivessem me direcionado o caminho. Quando vi, tava lá, um breu só. Hoje me interesso por coisas diferentes e tenho vontade de me reinventar, talvez até tivesse feito outro curso. Sim, pois a cabeça muda - e, sim, começar faculdade com 17, 18 anos... que insano, pessoas, que insano. Porém, pela essência da coisa eu sou caidinha . E quando chamo minha profissão de madrasta, não é por ser uma raivosinha sem causa; é por ter em mente que criticidade é o único analgésico possível. O jornalismo é lindo, mas é um nojo também. Eu o amo, mas não posso passar a mão em sua cabecinha sempre. Eu sei bem a quem ele serve. Dói,