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Mostrando postagens de abril, 2013

Da série: diálogos agridoces

DEIXE MEU NOME FORA DISSO Redação, aproximadamente 15h30min - uma moça faz uma entrevista via telefone, aquele parto de sempre. - Alô, eu poderia falar com a Fulana ...? É sobre uma reunião da secretaria de vocês aí... - É ela... sobre o que seria? - Então, Dona, eu queria confirmar alguns dados... o horário que... - Foi bom tu ter ligado, Ciclana, o horário mudou... será às seis da tarde. - Uhum, que bom que eu tenho uma bola de crist, ENFIM, me diz uma coisa... como vocês enxergam essa questão aí da mudança na presidência da comissão? Tem a ver com o quadrado da hipoten, digo, com a falta de apoio da situação ? - É complicado eu te dizer assim, sabe... - Hehehe eu sei, é que vocês não quiseram me receb... - Ah... até quando tu escrever aí, nem diz que fui eu que falei. Não precisa colocar nome, ok? (danem-se as teorias, se ela disse que não precisa sair nome, então não precisa, né) - Mas e daí eu uso o nome de quem? Do Teobal, digo, eu preciso usar suas pal

Aquele momento

Aquele momento em que você nota que tem franja, mas quer se livrar dela. Rapa? Aquele momento em que você nota que tem 23 anos, mas ainda morre de medo de tirar sangue. Sai correndo? Aquele momento em que sua amiga conta que aquele lindo - com quem você nunca ia ter nada mesmo - andava desfilando pela Itália. Pedi pra saber alguma coisa? Aquele momento em que você nota que o Tio Jesse, de Três é demais , sempre vai ser o tio mais gostoso da história dos seriados americanos. Aquele momento em que você nota que suas fotos de formatura ficaram tenebrosas e não pode mostrá-las para ninguém. Aquele momento em que você nota que não tem um puto para gastar na sua conta. Aquele momento em que você nota que queria ter o cabelo da Anne Hathaway, em Os Miseráveis , porém não tem sex appeal suficiente para sustentar um corte daqueles. Aquele momento em que você nota que só você gosta dos filmes do Owen Wilson - e que ele deve fazer só comédias mesmo. Aquele momento em que você nota que quer esc

Seu riso & você

A risada internética  escrotizou de vez   mudou ao longo dos anos, não é mesmo? Eu acho uma graça dispensar atenção a como os risos alheios têm se manifestado na rede, uma vez que sou desocupada o bastante para tanto. Do simplório ''hahaha'', que já foi deveras usado - e reafirmado como onomatopeia máxima da comicidade de determinada questão - passamos a usar variantes curiosas, como se o tal não fosse suficiente para expressar o quanto estamos rindo. Bom, falo por mim, não uso, acho econômico demais, exceto quando eu quero ser debochada sem ferir os sentimentos do meu interlocutor  protocolar ou, claro, quando estou falando com o meu chefe. Beijo pro RH! Sou adepta mesmo é dos esdrúxulos, tipo aquele "caindo da escada, bêbado de vodka"  AEHAUEHAIEHAUEH ou aquele ''deixei meu priminho de 3 anos mexer no teclado"  KLSKLJYAKÇOPUAKSDLSDKAÇ, que é pra coisa ganhar uma conotação risível meeeesmo. Tem quem ria com aquele do  "cachorrinho engasgan

10 metas da minha vidinha que só o blog sabe

1- Viajar de moto, com muito vento na cara, escutando Tunnel of love a todo volume.  Smells like victory . 2- Me mudar pra Minas. 3- Tentar trabalhar em um jornal não tão promíscuo. 4- Parar de achar que caras promíscuos são príncipes. 5- Atualizar o  maldito infeliz bastardo inútil  necessário  Lattes. 5- Viver sem rinite. 6- Casar com um barbudinho e ter cabeludinhos . 7- Fazer mestrado em  História ou Literatura Brasileira ou Linguística  nada. 8- Aprender a calar a boca. 9- Aprender a fazer arroz.     10- Parar de dançar igual ao  Chandler Bing .                                                                                                                     XIII, CÊ CONTOU!!11!

Entrevista - Dia do Livro

Então, galera, como vossas senhorias devem lembrar, hoje é Dia Nacional do Livro Infantil!  ÊÊÊÊ! Aqui no blog sempre haverá um cantinho solícito para a literatura e assuntos relacionados. E é por isso que eu trago, hoje, uma entrevista bem bacana que eu fiz com o designer gráfico, ilustrador e escritor de livros infantis Mathias Townsend, para falar um pouco sobre o universo literário infantil e algumas curiosidades da - breve, porém promissora - carreira dele. Chega mais! Garota Agridoce -  Há quanto tempo tu te dedica à ilustração? E aos livros infantis? Mathias Townsend -   Comecei a trabalhar com ilustração profissional desde o tempo da faculdade, ganhava bolsa para ser ilustrador do EAD. Na literatura infantil, comecei em 2009, justamente com o projeto do meu primeiro livro "O Blusão Vermelho e o Mistério da Montanha", que foi lançado em dezembro de 2011. Até então nunca tinha feito nada específico para livros. GA - Esse teu livro fala de um menino

Erasmo, eu não sei o que quero.

Certa vez, lendo uma revista dessas semanais, vi uma frase de um tal Erasmo Carlos, que, à época, nunca tinha visto mais gordo - eu devia contar uns 10, 11 anos, não sei. É vaga a lembrança, não saberia reproduzi-la com fidelidade, só lembro mesmo do que dizia, do sentido. E dizia muito bem dito, aliás. Eu nunca esqueci aquela (maldita) frase. Vejamos... tremendão afirmava   que toda geração - mais cedo ou mais tarde - vai se rebelar contra tudo e todos: família, amigos, escola, professores, governo, Estado..... mas aí, depois de brigar, brigar muito, vai cansar e acabar falando de amor. A-m-o-r. Percebam a inteligência do cara. A gente vive se rebelando, rebelando, rebelando, rebelando.... aí vai cansando, cansando, cansando... pra que brigar? Pronto, tá fazendo poesia, cantando baixinho, vai ficando desarmado. E nem sei por que caralhos me lembrei disso. Acho que tá faltando amor na minha reportagem, vou dar uma ligada praquela fonte esperta,  xácomigo. (não!) ENQUANTO ISSO POR

Feliz dia 7, cambada!

Velho, eu curto ser jornalista. Pra caralho. Caralhíssimo, eu diria. Um puta parabéns pra mim, pra nós! Na semana que passou, eu andei fazendo uma das coisas que eu mais gosto na vida: ler jornal. Há uns bons meses, eu não parava para ler um exemplar de cabo a rabo - nos últimos tempos, me acostumei somente a visitar portais de notícias e... argh não é a mesma coisa. Nada como abrir a editoria de comportamento e ler o vício de linguagem preferido do meu colunista do coração. Nada como ler uma reportagem bem escrita com todos os desdobramentos característicos da natureza do emblemático  lead . Nada como sentir o papel entre as mãos, fazer um debate solitário com a manchete e depois finalizar com a cruzadinha dos campeões. Diliça! Eu nunca escondi que a mídia impressa é minha favorita. Na faculdade ainda, vivia exaltando os repórteres de impresso, a rotina produtiva deles, enfim, puxando descaradamente o assado pr'eles. Os tidos como diabólicos, maquiavélicos, articuladores, po

Quinze anos

Velho, ontem me deram quinze anos. Quin-ze! Estávamos mamãe e eu em uma loja, embebidas naquele típico e maçante programa mulherzinha , quando eis que escutei minha genitora confabular com uma vendedora sobre minha magreza - cêis sabem, eu sou um palito, mas um palito muy apetitoso, diga-se de passagem. - Mas ela é tão miudinha, né? Corpinho... - Sempre foi assim, mas bah, quantos anos tu dá pra minha guria? (gauchismo lindo de ver, uai) - Olha, uns 15... é, por aí... cê tem 15, né? (risos) - Ca-paz! Ela tem 23. É formada já e tudo! (mamãe cabando comigo, como quem diz: "nem dá pra acreditar com essa cara de pateta, né?" - só faltou dizer que a véia  assiste Tom e Jerry ainda, e toma nescauzinho antes de dormir.) A moça caiu para trás. E ganhou minha gratidão eterna, evidentemente. Mulher, depois dos 20, sempre vai  jogar fogos quando for sentenciada com menos idade. Pode ser babaquice - e, de fato, é - mas a gente fica feliz da vida, encara como o suprassum