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Mostrando postagens de julho, 2016

Gradicida, escrivinhadores

O povo acha que a gente começou a escrever ontem, né? Só a título de carteiraço literário desnecessário e escrotão: eu sou graduada no Liceu Clarice Lispector de Epifanias, tá? Também me especializei com louvor no Instituto Machado de Assis de Sarcasmo Aplicado e na Academia Inglesa de Sentimentos Obscuros Byronianos. Catarse aqui não é pouca coisa, percebam. É inegável que eu tenho influências. Muitas, incontáveis. Qualquer coisa me inspira. Adoro autores que conseguem extrair boniteza das misérias humanas... convenhamos, que misérias ambulantes nós, entregues às mais provincianas das sensações, aos mais privadíssimos traumas. Morro de peninha e de amores - aquela relação doentia de sempre. Gosto de ler me doendo, me remoendo, me gastando, me perdendo, me achando, mea culpa . É destrutivo, mas sempre me faz renascer. Eu sempre renasço, guarde aí. Ou quase isso. Então hoje, dia nacional do escritor, é dia também de me dar um afaguinho que seja, um abraço mais demorado. De mim para mi

Beijos à vontade, almas em pedaços

Quem ele queria no comecinho? Mas bem no comecinho? Hum, não era eu... era a minha amiga. Hum, era a cunhada da prima da melhor amiga de sei lá eu quem, acontece. A gente nunca sabe que tipo de carência está preenchendo, que tipo de vivência está querendo abraçar, que pessoa está idealizando. Quem é você? O que quer de mim afinal? Já devo ter escrito isso nestes anos de labuta incansável - previsível que sou - porque segue me atormentando: essa conexão de amores e quase-amores é uma selva de esparadrapos ambulantes. Sim, prazer, os esparadrapos ambulantes somos nós, sendo usados para curar sabe-se lá quais dores. De repente até rola, que sei eu das ideias que vocês cultivam sobre amor e resiliência emocional, não é mesmo? Mas por outro lado... hum, que ideia bem problemática. Nada como um amor novo para esquecer um velho - eles dizem. Jura mesmo? Pessoas tapando buracos que elas sequer fizeram? Ok, então. Beijos à vontade, olhos fechados para não ver o caos, almas em pedaços, toques

Só Pra Contrariar feat. MC Tinder

Estou conversando com umas cinco pessoas Mas meu superlike  vai ser pra sempre teu O que as circunstâncias tecnológicas fazem A alma perdoa Tanta enganação Quase me enlouqueceu Vou mandar um emoji de amor Vou mandar um coração E dizer o que eu sinto Com certo nojinho Pensando em você Vou bloquear, o que for E com toda emoção A verdade é que eu minto Que esse celular tá cheio de contatinho Não sei te esquecer E depois não rolou Ilusão que eu criei Bateria foi embora E a gente só pede Pra algo menos tedioso aparecer Já não sei quem me elogiou Que será que eu falei Dá pra ver nessa hora Que o amor-próprio só se mede Depois de o porre ceder Fica dentro do meu histórico Sempre uma vontade Só pensando nas tuas fotinhos Eu me encanto de verdade E quando eu instalo o Tinder de novo É teu nome que eu chamo Posso até dar match com alguém Mas é você que eu  amo   quero muito dar uns pegas                                                 Quem foi trouxa de