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Mostrando postagens de junho, 2014

Sobre fama e Mr. Escrotildo

Eu sou tão forever-alone que, às vezes, fico imaginando umas respostas aleatórias, caso alguém me entrevistasse aqui neste bloguxo dos horrores. Eu não me orgulho disso, sabe. E, não, eu não quero ser famosa a ponto de ser requisitada para entrevistas. Famosa tipo ''Carol Portaluppi posta selfie enquanto dá uma cagada'' ou "Nicole Bahls mostra a língua para paparazzi enquanto desatola biquini do meio do traseiro''.  (Aqui, até cabe um adendo: diz que, daqui um tempo, vai ter no Aurélio um anexo sobre área semântica em que constarão os vocábulos Nicole Bahls e biquini, com uma foto 3x4 da Nic ilustrando tudinho.) Voltando... só que, hipoteticamente, se meu blog fosse um acontecimento e eu ganhasse notoriedade, creio que eu teria alguma centelhinha de fama. Seria um processo natural da relação criador x criatura. É assim quando algo se destaca na multidão, guardadas as proporções. Os meninos do Restart , por exemplo, contrariando a lógica do ''fa

Sobre Ilha das Flores e Ilha das Flores - depois que a sessão acabou

A ideia deste post surgiu de algo bem interessante. Ontem, eu dei uma lida numa entrevista do cineasta Jorge Furtado e decidi dividi-la no perfil que tenho em uma rede social, uma vez que ele fez algumas considerações sobre jornalismo - e isso, independente de quem vier, sempre me faz dar uma parada. Gosto de ver o que estão falando, etc. Na ocasião, o repórter também nos lembrou da passagem de 25 anos daquele que parece ser um dos maiores feitos do porto-alegrense, o curta ''Ilha das Flores'', lançado em 1989 e até hoje considerado um marco em sua carreira.  Arrisco dizer que não haja ninguém que não tenha assistido a tal documentário, especialmente nos anos de ensino médio, mas, vá lá, quem sabe nem todos conheçam. Desde que o vi, fiquei encantada. Encantada, mas não num sentido ''jogo no time do Jorge Furtado Futebol Clube'', e, sim, ''que baita jeito de contar uma história, com deboche e precisão''. Trata-se de um roteiro quase lúd

Sobre espiar na fechadura e inseticida

Quando eu tinha uns 14, 15 anos ( caraio , isso já tem mais de 10 anos), eu pensava que eu seria uma puta mulher bem resolvida, quando tivesse os meus vinte e poucos. No draminhas, no inseguranças, no confusões, eu seria um dínamo das decisões, ninguém ia me segurar, Brasil. Que mina confiante do caralho! Essa seria eu - e eu estaria na capa da Revista Tpm  da minha vida todo mês. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA Deu. Acho que no fundo era mais um pensamento para me consolar quando eu sofria horrores, por exemplo, por um carinha que não tinha me dado bola. E teve muitos carinhas (ainda que ''carinhas'' esteja no plural, o ''teve'' fica no singular mesmo, porque é no sentido de ''haver'', seu zé ruela). Bom, levando em conta que um destes lábios que eu quis beijar, hoje, desfila num carro rebaixado com vidro fumê, além de possivelmente

Beleza Americana - por que Lester Burnham parece um herói moderno?

Este ano, completam-se 15 anos do lançamento de Beleza Americana e Clube da Luta - dois dos meus filmes prediletos e, coincidentemente, membros da mesma árvore genealógica americana: eu diria que são meio-irmãos. É incrível como os dois conseguem desconstruir o American Way of Life , mostrando cidadãos comuns, protagonistas de diálogos que, ainda que beirem o ridículo, trazem em seu encalço uma dramaticidade que transcende a tela. Duas sátiras da vida que não escolhemos reproduzir, mas que acabamos levando e da qual nos orgulhamos, porque, ops, agora já é tarde. Porém, por ora, vou me ater à soberba de Kevin Spacey interpretando um risível Lester Burnham  - deixemos a insônia psicótica de Edward Norton e sua camisa branca sexy para outro momento (que mané Brad Pitt, gurias!) . Mais que sarcásticos analistas do estilo de vida doente do Tio Sam , eles são crônicas vivas de nós mesmos - e isso é uma coisinha desgraçadamente fascinante. Devo confessar que sou (levemente) obcecada por fi

Não vou curtir sua página nojenta

Vou tentar problematizar uma questão bem idiota e mínima. Tão idiota que talvez vocês nunca tenham pensado como um problema a respeito. Bom, é só um chute. Nestes tempos insanos e modernos, em que sinalizamos apreciação com meras mãozinhas com o polegar levantado, gostar ou não gostar de algo é quase a mesma coisa, quer dizer, trata-se de uma moeda que não tem mais dois lados. Curtimos o que detestamos. Curtimos por curtir. Não sei vocês, mas eu acho um problemão. Dia desses, falava com um conhecido sobre páginas que nos mandam, milhares por dia, pedindo uma curtida, uma atençãozinha, uma mão, o que custa, né? Custa, cara. Custa muito. Custa minha paciência - que já não é das mais gandhianas - custa meu senso crítico, custa minhas retinas vendo algo por que não se interessam. Claro, dirá você aí, do alto da sua poltrona: ''mas que ladainha, é só não curtir, pombas!!'' Claro que é simples, mas o simples nem sempre é tão simples quando envolve outrem. E, no momento em qu

SAVE THE DATE

Aqui no blog, eu amo homenagear gente que nem desconfia que eu respiro, vocês já devem ter sacado. Pois hoje é dia de agradecer ao universo pela existência do Chris. Ai, o Chris............. Nós, chrisevanzetes , agradecemos pelos olhos azuis mais cristalinos do planeta. Bonito o cinto, Christopher. Como eu sou uma mãezona, aqui vai uma compilação ótima do nosso geminiano mais amor: Que nunca nos falte o babador. Amém PS1: Chris parece ser uma simpatia. Sabe aquelas pessoas que riem da própria cara? Amo! Dá uma ligada pra mim, gato, bora dar umas risadas. Traz o uniforme. PS2: Choro rindo com ele no minuto 1:21, sem graça pelo fato de o seu Steve, tadinho, não ter nenhum poder ''sobre-humano''. ''He's a really good guy'' - diz ele. Vem ser um good guy aqui em casa, seu lindo espirituoso.

Campanha #ADOTEUMCOLONIZADO

Ai, a Copa, esse raposa... Nem bem chegou e já trouxe a discórdia. Olha, eu tô pouco me lixando para o desempenho da seleção ( porque parei drasticamente de acompanhá-la, desde que tomamos aquele gol do Thierry Henry, pois o Roberto Carlos estava ajeitando sua meia na pequena área ). Não tô falando isso para fazer média e pagar de rebelde, me achando muito transgressora por ''não ligar para futebol''. Tem uns trocentos cérebros com essa ideia original por aí. Só que há tempos não me apetece o verde-amarelismo do futebol, perdeu o encanto para mim. Acho que me enerva o culto cego a uma modalidade específica. Eu gosto mesmo é de olimpíadas - só para citar outro evento esportivo e eu não ficar sem graça no final do parágrafo. Porém, me enerva mais é ver vocês pagando pau pra europeu. Assim....................... QUALÉ????????????? Incrível como os textos são sempre uma cagação de regra deslavada, por mais que a gente tente dar uma disfarçada. Até rimou. Mas, hein,

Não vou querer filhos, obrigada

Às vezes, me pego pensando na questão de ter ou não ter filhos, e quase que em uníssono meus pensamentos sempre chegam à máxima de que é irresponsabilidade demais cogitar isso num mundo como o de hoje. Não sou o tipo de pessoa que fica encantada, louca para ter um, se vê algum bebê - para ser franca, quando mais nova, era bem mais fã - todavia, não deixo de ficar comovida. É sempre muito tocante partilhar, ainda que por alguns segundos, de uma inocência que se mantém à margem de toda maldade, que faz carinhas e boquinhas sem saber por quê. Falo no assunto, pois me percebo na faixa etária em que, geralmente, muitas moças estão casando e engravidando. Estou, segundo os argumentos biológicos, no período ideal para ser genitora, ainda que eu tenha mais afinidade no momento com uma maratona de Pokémon na televisão (insira aqui seu xingamento dizendo que eu não saí da adolescência). E tenho acompanhado muitos exemplos de casais jovens perto de mim, o que me faz ficar ali, abobada, pensand

Sobre ser doce, mau humor e colocação pronominal

Oi, queridos, e essa vida? Chegamos à metade do ano, né, que loucura... Que junho traga tuAAAAH MAS VAI TOMAR BEM NO MEIO DO CU Que seja doAAAH MAS VAI TE FODER Mas, hein, não consigo controlar minha antipatia por pessoas que pagam de fofinhas em rede social. Er... assim, eu curto pessoas educadas e tal, não custa nada dar um bom dia, néam, para os estranhos que leem minhas baboseiras na internet, masssssss... ah, cala a boca e posta um som maneiro então, melhor jeito de dizer bom dia. Sei que é chatice da minha parte (não sei se é perceptível, mas eu sou um cadinho insuportável) e, não, eu não quero fundamentar o texto, é isso aí mesmo. Claro, geral tá pouco se fodendo para o que me irrita, logo, alivia aí, são só umas linhas mal humoradas. O mau humor sempre será um catalisador incrível de textos deliciosos de ler. Ai, como começar a explicar isso? Pega na minha mão aqui e diz que me entende, por favor. Meus melhores textos foram escritos com um ódio supremo cozinhando os mi