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Mostrando postagens de julho, 2013

Há um ano

Joey está comigo há um ano, desde que o resgatei do submundo da orfandade. Joey, há um ano, me faz ver que eu sempre amei gatos e que eles são criaturinhas fascinantes e doces, ao contrário do que a oposição diz. Joey, há um ano, é meu saquinho terapêutico de banha: não há tristeza que resista a essas dobrinhas peludinhas. Experimente abraçar isso, e sua vida nunca mais será a mesma. A minha não é há um ano. Ah, abaixo eu trago uma parte (de três) de um documentário bem bacana - e curtinho, nem cansa! - que eu catei no youtube, há uns meses - desde que iniciei os trabalhos na maternidade felina - falando sobre gatinhos e suas curiosidades, além de depoimentos de gatólatras assumidos, tipo o Ruy Castro, por exemplo. (Devo reconhecer que eu já assisti a esses vídeos algumas várias vezes, e em praticamente todas acaba escorrendo alguma lágrima. Mas também, as criaturas colocam Clair de Lune na trilha, pô!)  Felinem-se!

Sobre sensações do mal, um best-seller imaginário e Jake Gyllenhaal

O assunto era tão bacana, tão de ficar horas divagando - a m o - que resolvi voltar com a mesma temática - repetitiva e chata que sou, obrigada. Humildemente - e talvez erraticamente, perdão por isso - eu acabo entrando no campo da psicologia, e, no maior achismo que me é peculiar, insisto em dizer que a sensação é o que nos fere. Tempos atrás, eu levei um fora tão mas tão ridículo, que eu quis tomar um cianuretinho assim de leve, sabe? Todavia, contudo, entretanto, lembrei que eu iria a uma pizzaria fabulosa à noite, como morrer com dor na consciência por ter relegado um rodízio de pizza pago por papai??????? Eu nunca poderia ir pro inferno com essa culpa. Não dava, então tratei de aceitar a sina de ser uma rejeitada. E eu me senti realmente a mais rejeitada das criaturas - coisa que não me sentiria, se o tal anticlímax tivesse sido há uns... digamos... 6 meses. Na referida fase - sim, a vida é feita de fases, tcharam - eu estaria nem aí. Beleza, não me quis, tem quem queira, e aí, l

À mercê de lesmas, DIGO, sentimentos

Ser é fácil de engolir, porque não deixa cicatriz nenhuma. O drama é o sentir-se. E no momento em que você sente, cê tá ferrado, mano . Ser ''algo'' é diferente de sentir-se ''algo''. Por exemplo, você pode se olhar no espelho e ver a tragédia de ser uma baranga consumada, e, mesmo assim, seguir feliz da vida. Mas sentir-se uma baranga é que é a verdadeira tortura. E quando esse sentimento feroz de baranguice aguda chega, não há cristo que dê jeito, minha filha - nem se você fizer uma escova e der uma renovada nos trapos que costuma usar. Lutar contra sentimentos é de uma inutilidade sem precedentes, estamos à mercê deles, pouco imunes, quase marionetes. Argh, humanos. Quando a minha ex-chefe me chamou para uma reunião super profissional numa sala de reuniões super profissional e intimidadora, e me disse que eu era dispersa e devagar , muito embora meu texto fosse espetacular, brilhante e digno de um Jabuti (ok, bem menos), eu caguei pr'o que ela

Tentando ser Noel

Eu acho a dita balada (só para fazer charminho usando um neologismo moderninho) uma das coisas mais depreciativas do universo. Mas é aquela coisa, é um mal necessário, ela precisa existir. Ela, a instituição balada. Eu sigo indo, claro, é um direito proletário. De que vale a labuta semanal, sem isso? A sexta da lascívia, dos hormônios pululando em meio às luzes, é a sobremesa depois de comer salada de chuchu na segunda, na terça... Enquanto eu viver, vou deixar uma graninha nos caixas dos barzinhos e das festas da vida. Eu vou, porque gosto de pensar que sou tipo uma prima próxima do Noel , sedenta por aquela boemia necessária e destrutiva em que ele também se aninhava – uma poesia que não é perceptível sem alguns goles depressores de álcool talvez. Não sei. Talvez eu canse dessas noites infrutíferas em que se coloca toda a esperança de felicidade num sapato vermelho de guerra, num vestido bonito, numa sedução que não se vê de dia, porque é falsa. Certamente vou cansar. E certamente

Sobre náuseas e saudadinhas

Já tá me dando náusea geral romantizando as tais passeatas-da-mudança com frases apocalípticas chatas tiradas do hino nacional. E o mais contraditório é que eu sigo a favor dos protestos, das greves, da expressão livre de opiniões e etc. Só que não é por aí que as coisas vão se resolver, vocês sabem. O máximo que vão conseguir é entupir as redações de pauta - e olha que eles (os meus coleguinhas de profissão) já devem estar estafados dos cartazinhos vazios, da ladainha do ''polícia é corrupta, não me deixa protestar em paz''. Sejam mais criativos, sim? Claro, foi tocante, foi um furor bonito de assistir. Emociona ver tanta gente unida em prol de... de que mesmo? Ah, sim, uns são a favor da moralização da vida pública. Ok. Uns querem mais hospitais, mas onde mesmo que eles querem? Sei lá, só sabe que querem. Ok. Vi até cartaz dizendo para a nossa presidente  se assumir , uma vez que ela é um sapatão enrustido. Ok, é uma causa também. Beleza. Mas essa agonia de ir para