O povo acha que a gente começou a escrever ontem, né? Só a título de carteiraço literário desnecessário e escrotão: eu sou graduada no Liceu Clarice Lispector de Epifanias, tá? Também me especializei com louvor no Instituto Machado de Assis de Sarcasmo Aplicado e na Academia Inglesa de Sentimentos Obscuros Byronianos. Catarse aqui não é pouca coisa, percebam.
É inegável que eu tenho influências. Muitas, incontáveis. Qualquer coisa me inspira. Adoro autores que conseguem extrair boniteza das misérias humanas... convenhamos, que misérias ambulantes nós, entregues às mais provincianas das sensações, aos mais privadíssimos traumas. Morro de peninha e de amores - aquela relação doentia de sempre.
Gosto de ler me doendo, me remoendo, me gastando, me perdendo, me achando, mea culpa. É destrutivo, mas sempre me faz renascer. Eu sempre renasço, guarde aí. Ou quase isso. Então hoje, dia nacional do escritor, é dia também de me dar um afaguinho que seja, um abraço mais demorado. De mim para mim, porque - apesar dos ridículos que são muitos e também incontáveis - eu escrevo. Escrevo muito. Escrevo até quando não escrevo: não raro estou escrevendo em sonho e sempre levanto rindo horrores - autossuficiente em piadas que nasci. Se tem algo que eu nunca vou mendigar nessa vida, é piada. Saravá!
É dia também de agradecer à Clarice, à Cecília Meireles, à Lygia Fagundes Telles, à Rachel de Queiroz, ao Saramago, ao Drummondzão véio de guerra, ao Victor Hugo, ao Quintana, às frias carnes do cadáver de Brás Cubas, digo, Machado de Assis, ao Caio Fernando, ao Vini, poetinha, diplomata e compositor de sambinhas, ao Gabo, ao Castrinho Alves, awnnn, quantos recreios em tua companhia, hein, maravilhoso? Ao Leminski, ao Rubem Fonseca, que até hoje me dá calafrios, ao Shakespeare, ao Fausto, ou melhor, ao Goethe - nunca sei quem é quem -, ao George Orwell e seu grande irmão, àquela debochada fabulosa da Natalia Klein, grata surpresa cronística dos anos recentes, ao Bernard Shaw, ao Nelson Rodrigues, pervertido e genial, ao Galeano, ao Antonio Prata, ao meu marido Daniel Galera (kkkk ai, Bru, se mata), ao Luis Fernando Veríssimo, ao Guimarães Rosa - uma rosa para você, Guima, cê é demais -, à Claudinha Tajes, que me faz doer a barriga de tanto rir (e o coração de tanto chorar baixinho), ao Hemingway e esses sinos rebeldes que dobram, ao Benedetti, ao Neruda, ao Kundera, àquele russo, aquele das noites brancas, sabe? Você sabe... só amor. Às lindas da infância e que ainda acalentam meu todo criança: Tatiana Belinky, Lygia Bojunga Nunes, Sylvia Orthof, Ana Maria Machado e Ruth Rocha. Quanta coisa guardada nesse meu cérebro imaginativo... aos tantos e tantas que ainda vou ler e aos tantos e tantas que nunca lerei mas que guardo com amor no coração e no pensamento por terem, ao menos, me atiçado as ideias. Obrigada. Sigam escrevendo por mim. Por nós. Fosse o lendário Chico Bento que estivesse atrás desse teclado, ele diria: ''gradicido, escrivinhadores''.
É inegável que eu tenho influências. Muitas, incontáveis. Qualquer coisa me inspira. Adoro autores que conseguem extrair boniteza das misérias humanas... convenhamos, que misérias ambulantes nós, entregues às mais provincianas das sensações, aos mais privadíssimos traumas. Morro de peninha e de amores - aquela relação doentia de sempre.
Gosto de ler me doendo, me remoendo, me gastando, me perdendo, me achando, mea culpa. É destrutivo, mas sempre me faz renascer. Eu sempre renasço, guarde aí. Ou quase isso. Então hoje, dia nacional do escritor, é dia também de me dar um afaguinho que seja, um abraço mais demorado. De mim para mim, porque - apesar dos ridículos que são muitos e também incontáveis - eu escrevo. Escrevo muito. Escrevo até quando não escrevo: não raro estou escrevendo em sonho e sempre levanto rindo horrores - autossuficiente em piadas que nasci. Se tem algo que eu nunca vou mendigar nessa vida, é piada. Saravá!
É dia também de agradecer à Clarice, à Cecília Meireles, à Lygia Fagundes Telles, à Rachel de Queiroz, ao Saramago, ao Drummondzão véio de guerra, ao Victor Hugo, ao Quintana, às frias carnes do cadáver de Brás Cubas, digo, Machado de Assis, ao Caio Fernando, ao Vini, poetinha, diplomata e compositor de sambinhas, ao Gabo, ao Castrinho Alves, awnnn, quantos recreios em tua companhia, hein, maravilhoso? Ao Leminski, ao Rubem Fonseca, que até hoje me dá calafrios, ao Shakespeare, ao Fausto, ou melhor, ao Goethe - nunca sei quem é quem -, ao George Orwell e seu grande irmão, àquela debochada fabulosa da Natalia Klein, grata surpresa cronística dos anos recentes, ao Bernard Shaw, ao Nelson Rodrigues, pervertido e genial, ao Galeano, ao Antonio Prata, ao meu marido Daniel Galera (kkkk ai, Bru, se mata), ao Luis Fernando Veríssimo, ao Guimarães Rosa - uma rosa para você, Guima, cê é demais -, à Claudinha Tajes, que me faz doer a barriga de tanto rir (e o coração de tanto chorar baixinho), ao Hemingway e esses sinos rebeldes que dobram, ao Benedetti, ao Neruda, ao Kundera, àquele russo, aquele das noites brancas, sabe? Você sabe... só amor. Às lindas da infância e que ainda acalentam meu todo criança: Tatiana Belinky, Lygia Bojunga Nunes, Sylvia Orthof, Ana Maria Machado e Ruth Rocha. Quanta coisa guardada nesse meu cérebro imaginativo... aos tantos e tantas que ainda vou ler e aos tantos e tantas que nunca lerei mas que guardo com amor no coração e no pensamento por terem, ao menos, me atiçado as ideias. Obrigada. Sigam escrevendo por mim. Por nós. Fosse o lendário Chico Bento que estivesse atrás desse teclado, ele diria: ''gradicido, escrivinhadores''.
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