Sobre a ferida que é o Natal, Norbert falando bulhufas e recalquite aguda - tudo com molho de Kraftwerk
WHATAHELL, IRMÃOZINHO!!!!
Vi, hoje, a primeira vitrine do perímetro que frequento com motivos natalinos e fui fuzilada por um misto de náusea com esperança - esperança tipo aquela que a gente tem quando assiste a um terror pateta, esperando que o mocinho corra pro lado certo, mas que nada, ele nunca corre. Aí fiquei, ali, contemplando aquele Papai Noel bonachão enquanto meu guarda-chuva insistia em ser um lixo e molhar a manga da minha jaqueta cinza. Nhéé, Natal... todo ano essa porcaria agora...
O Natal é como aquela ferida no céu da boca que sararia se a gente pudesse parar de passar a língua nela. Mas a gente não pode.
É a ambiência da coisa que me dá nos nervos, essa coisa muito bizarra e intrínseca de que algo muito louco está acabando e outro algo muito louco está começando, e parece que eu sou a única aqui de pijama de ursinho, escutando Kraftwerk e tentanto decifrar Norbert Elias. Sim, só tentando porque os escritos deste moçoilo estão em aramaico. Falando nisso, coisa mais assustadora a estética dos meninos Kraftwerk, não? Brancos tal qual uma parede, usando as mesmas camisas e gravatinhas, como aliens yuppies vindos da Quinta Avenida... minha nossa, eu teria uma síncope se os visse ao vivo. Sabe, sempre tem alguém sendo mais amado que nós, essa é a sensação. Sempre tem alguém mais feliz. Sempre tem alguém mais gostoso, mais delicioso aos olhos alheios - os olhos, essas crianças pedindo doce sem parar. O gramado do outro é sempre mais verdinho. Mas ué, eu moro em apartamento.
Dia desses, falava com uma amiga sobre recalque:
- AIN, MIGA, MAS ASSIM, SERÁ QUE RECALQUE É ALGO SUBJETIVO?
- EU NÃO SEI... ÀS VEZES, PARECE QUE ISSO É SÓ ALGO QUE.....
Tipo, todo mundo acha que está sendo invejado, né? É uma injeção de ânimo maravilhosa, mas, sabe, bem menos. Ninguém lembra da nossa reles existência, cara, eis a verdade. Mas e o recalque, que tanto andou em voga por conta do Valeskão e dos funks cariocas, será que existe? Acho péssimo alimentar esse tipo de sentimento, mas né, humanos e babacas que somos, pode acontecer. É da vida, estamos à mercê de variadas sensações, não se pode controlar isso que fica à margem esperando uma brecha que seja para entrar. Tempos atrás, excluí um carinha da outra rede porque ele e vossa namorada passeavam na minha timeline com suas línguas sincronizadas e apaixonadíssimas (pareciam - e parecer é tudo, néam?). Eu ficava tentando digerir todo aquele amor deles e aquela minha dor de cotovelo desgraçadíssima, mas não dava, ia me subindo um ódio, uma gastura... eu ali agonizando de recalquite aguda... não teve jeito: excluí o príncipe do cavalo branco que eu não cavalgOPA QUE QUE É ISSO. Eu sou uma comédia de erros ótima.
Mas ainda bem que tem Natal e eu tô entendendo tudo que o Norbert escreveu. THE LÍ CIA
Taquipariu, que medo dessa gente.
Vi, hoje, a primeira vitrine do perímetro que frequento com motivos natalinos e fui fuzilada por um misto de náusea com esperança - esperança tipo aquela que a gente tem quando assiste a um terror pateta, esperando que o mocinho corra pro lado certo, mas que nada, ele nunca corre. Aí fiquei, ali, contemplando aquele Papai Noel bonachão enquanto meu guarda-chuva insistia em ser um lixo e molhar a manga da minha jaqueta cinza. Nhéé, Natal... todo ano essa porcaria agora...
O Natal é como aquela ferida no céu da boca que sararia se a gente pudesse parar de passar a língua nela. Mas a gente não pode.
É a ambiência da coisa que me dá nos nervos, essa coisa muito bizarra e intrínseca de que algo muito louco está acabando e outro algo muito louco está começando, e parece que eu sou a única aqui de pijama de ursinho, escutando Kraftwerk e tentanto decifrar Norbert Elias. Sim, só tentando porque os escritos deste moçoilo estão em aramaico. Falando nisso, coisa mais assustadora a estética dos meninos Kraftwerk, não? Brancos tal qual uma parede, usando as mesmas camisas e gravatinhas, como aliens yuppies vindos da Quinta Avenida... minha nossa, eu teria uma síncope se os visse ao vivo. Sabe, sempre tem alguém sendo mais amado que nós, essa é a sensação. Sempre tem alguém mais feliz. Sempre tem alguém mais gostoso, mais delicioso aos olhos alheios - os olhos, essas crianças pedindo doce sem parar. O gramado do outro é sempre mais verdinho. Mas ué, eu moro em apartamento.
Dia desses, falava com uma amiga sobre recalque:
- AIN, MIGA, MAS ASSIM, SERÁ QUE RECALQUE É ALGO SUBJETIVO?
- EU NÃO SEI... ÀS VEZES, PARECE QUE ISSO É SÓ ALGO QUE.....
Tipo, todo mundo acha que está sendo invejado, né? É uma injeção de ânimo maravilhosa, mas, sabe, bem menos. Ninguém lembra da nossa reles existência, cara, eis a verdade. Mas e o recalque, que tanto andou em voga por conta do Valeskão e dos funks cariocas, será que existe? Acho péssimo alimentar esse tipo de sentimento, mas né, humanos e babacas que somos, pode acontecer. É da vida, estamos à mercê de variadas sensações, não se pode controlar isso que fica à margem esperando uma brecha que seja para entrar. Tempos atrás, excluí um carinha da outra rede porque ele e vossa namorada passeavam na minha timeline com suas línguas sincronizadas e apaixonadíssimas (pareciam - e parecer é tudo, néam?). Eu ficava tentando digerir todo aquele amor deles e aquela minha dor de cotovelo desgraçadíssima, mas não dava, ia me subindo um ódio, uma gastura... eu ali agonizando de recalquite aguda... não teve jeito: excluí o príncipe do cavalo branco que eu não cavalgOPA QUE QUE É ISSO. Eu sou uma comédia de erros ótima.
Mas ainda bem que tem Natal e eu tô entendendo tudo que o Norbert escreveu. THE LÍ CIA
Taquipariu, que medo dessa gente.
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