A voz estaria completando setentinha nesta semana, mais precisamente dia 5 último. Aí eu, que até já debutei na idolatria, entrei numa espiral de Freddie Mercury e até agora não saí. Cataaaaaaaaarse!
Mas quem era o moço, afinal? Segundo biógrafos oficiais - eu -, ele era essa coisa curiosa, dançante, criativa, introspectiva, teatral, demônia, genial, demasiado humana, magnífica, adepta de all stars e regatinhas, cretina, purpurinada, dentuça, gatólatra, estranhamente tímida e engraçadinha dando entrevistas, um amor difícil de esquecer, por supuesto. Foi muito louco, tocava Bohemian Rhapsody numa rádio qualquer, e me lembro de algo ter mudado dentro de mim. CARACA, O QUE É ISSO? Em 2001, nós, projetinhos de adolescentes, falávamos caraca. Era caraca pra tudo, mano. Imagina um pingo de gente metido a glam rocker falando ''caraca''. Era ridículo.
Bom, como boa filha de pais avessos a enlatados, nem um LP da vida consegui nas estantes de casa. Atordoada e sem internet ainda, o jeito foi fazer uma varredura. Foi aí que descobri ser uma digna investigadora - talvez ali tenha nascido o ímpeto da apuração que viria a consumir todas as artérias de meu ser nos anos seguintes. E me transformar nessa stalker graduada com honras na faculdade Que Tempos Loucos São Esses Institute.
Em 1985, um pouco antes do fabuloso A Kind of Magic - último trabalho com turnê do Queen -, o Mercury enveredou numa satisfatória carreira solo com o lançamento de Mr. Bad Guy - uma pequena preciosidade com onze canções escritas pelo próprio. Em um universo paralelo por aí, eu faço duetos eletrizantes com ele nisso aqui:
Sim, nós gritamos como se não houvesse amanhã também. E depois enchemos a cara.
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