Achou que eu não ia falar dos 60 anos de Vertigo? Achou errado, otário! Vertigo - ou "Um corpo que cai'' em português, pois o brasileiro é uma raça fabulosa - foi lançado em julho de 1958 e é considerado um dos melhores filmes de todos os tempos, sempre figurando nas listas dessa gente muito entendida de cinema que ganha a vida tecendo comentários sobre a sétima arte. O último rol, de 2012, atesta o que vim dizer com esta resenha meia-boca ou esse simpático choque de cultura: o tiozinho que tem umas tonturinhas protagoniza um filme show! Já diria nosso raivoso motorista da Towner azul-bebê - ou não, Renan é indecifrável.
Devo confessar que falar de Vertigo me causa certa melancolia: jamais ficarei novamente com o coração na boca ao visualizar o final da trama, que me deixou completamente perturbada e me fez questionar tudo que assistira até ali. Hã? Cuma? Quê? Volta ali, pera, como foi? Foram algumas das frases proferidas por esta simpática leiga ao encerrar a empreitada. Sabe a doce nostalgia de ter vivido algo bom que nunca se repetirá? Por aí. Fora aquela ansiedade que me aterrorizou desde a abertura, uma espiral dos infernos combinada a uma trilha sinistra, quer dizer, você sabe que algo muito grave vai acontecer, só não sabe quando.
A história, dirigida por Alfred Hitchcock, nos conta sobre Scottie Ferguson, um detetive de polícia aposentado que sofre de vertigens e acrofobia, muito pelo fato de ter presenciado a morte precoce de um colega após uma perseguição eletrizante sobre telhados da Califórnia. Ferguson (James Stewart), agora um homem atormentado por seus traumas passados, é contatado por um antigo conhecido, Gavin Elster, a fim de que investigue a esposa deste, Madeleine (Kim Novak), que vem apresentando um comportamento deveras estranho - tipo visitar frequentemente a sepultura de sua bisavó - que ela desconhece ser sua bisavó - e ficar muda até os 45 minutos do filme mais ou menos. Estafado com aquela cara sonsa de Mady? Calma, você será recompensado, a interpretação de Kim está muito convincente.
Para ilustrar os delírios do investigador, nosso diretor voyeur trouxe uma novidade que hoje pode soar idiota, mas à época causou frisson: o efeito de câmera dolly zoom ou ''efeito vertigo'', como passou a ser chamado. Vale ressaltar também a agonia de James Stewart, que, ao estudar a esposa de seu amigo, acaba criando uma afeição além da esperada. Sem falar em seus trejeitos apavoradíssimos, ora me fazendo ficar com medo, ora me fazendo rir igual a uma doida. (Posso falar? Adoro James Stewart. Se você adora também, não perca Janela Indiscreta, também do mestre do suspense.) Claro, Rogerinho do Ingá diria que não é um Transformers ou um Velozes e Furiosos, mas cremos que vale a pena dar uma olhada.
Para ilustrar os delírios do investigador, nosso diretor voyeur trouxe uma novidade que hoje pode soar idiota, mas à época causou frisson: o efeito de câmera dolly zoom ou ''efeito vertigo'', como passou a ser chamado. Vale ressaltar também a agonia de James Stewart, que, ao estudar a esposa de seu amigo, acaba criando uma afeição além da esperada. Sem falar em seus trejeitos apavoradíssimos, ora me fazendo ficar com medo, ora me fazendo rir igual a uma doida. (Posso falar? Adoro James Stewart. Se você adora também, não perca Janela Indiscreta, também do mestre do suspense.) Claro, Rogerinho do Ingá diria que não é um Transformers ou um Velozes e Furiosos, mas cremos que vale a pena dar uma olhada.
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