Eu, que costumo ser uma flor de diplomacia, não nego que o "foda-se" é libertador. Gritar sem pudor um "foda-se" com todos os seus fonemas tremulando na língua e sua carga existencialista lambuzando a boca é, de fato, impagável. Mas não se enganem: ele conhece todos os nossos titubeios, todas as nossas inseguranças, todas as nossas dores. Malandro velho, vê de longe quando é banalizado, seu faro é aguçadíssimo. Eu, por exemplo, cada vez mais tenho certeza de que sua essência percorre caminhos mais sutis e pouco audíveis a ouvidos nus.
Vão dizer? Geralmente, recorremos ao ato de pouco nos fodermos para algo, quando estamos p. da vida com alguma coisa, com alguém, com alguma circunstância, ou whatever. Meio sem saída, ao olhar para os lados, gritamos para quem quiser escutar que, vejam vocês, estamos querendo que o motivo de nossa cara de poucos amigos se lasque, se foda, se estrepe. E que ninguém ouse perguntar o porquê de tanta rebeldia, porque, né? Estamos bravíssimos e muito decididos em mandar o mundo à puta que pariu. Somos muito do mal. Que meda.
Exaltamos o "foda-se" em letras garrafais nas internetchy da vida, muito ferozes e maquiavélicos - se bobear, saímos até com um chapéu anunciando que, olhem só, estamos desejando que tudo a nossa volta foda-se bem fodido. Mas é exatamente aí que eu entro com minha teoria furada, meus caros. Penso que, quanto mais berramos - verbalmente e por escrito - mais estamos nos "importando", mais estamos deixando que aquilo - sejá lá o que for - nos roube a atenção e algumas horinhas de sono. Se estivéssemos, de fato, honrando a dignidade do "foda-se", não nos daríamos ao trabalho nem mesmo de comentar, de falar a respeito. Simplesmente, deixaríamos a vida correr, sem sobressaltos, sem grandes mistérios. Já ouviram falar em indiferença? Pois é, creio que seja bem por aí.
No fundinho, sabemos que a vontade de sair dizendo em alto e bom som que "fodam-se tudo e todos" é diretamente proporcional ao nível de envolvimento com a coisa, com a situação. E deveríamos saber também que o ato de realmente deixar de se importar com deteminada "coisa" vem de dentro, vem espontaneamente, vem livre e desimpedido, e, nunca pressionado por fatores externos. As verdadeiras cápsulas de Phoda-C não são encontradas em quaisquer farmácia e horário, e não passeiam impunemente pela cabeceira de qualquer desavisado por aí. Todavia, quando aparecem - sempre aparecem - milagrosas que são, provocam mudanças drásticas. Quem tomou, corrobora.
Vão dizer? Geralmente, recorremos ao ato de pouco nos fodermos para algo, quando estamos p. da vida com alguma coisa, com alguém, com alguma circunstância, ou whatever. Meio sem saída, ao olhar para os lados, gritamos para quem quiser escutar que, vejam vocês, estamos querendo que o motivo de nossa cara de poucos amigos se lasque, se foda, se estrepe. E que ninguém ouse perguntar o porquê de tanta rebeldia, porque, né? Estamos bravíssimos e muito decididos em mandar o mundo à puta que pariu. Somos muito do mal. Que meda.
Exaltamos o "foda-se" em letras garrafais nas internetchy da vida, muito ferozes e maquiavélicos - se bobear, saímos até com um chapéu anunciando que, olhem só, estamos desejando que tudo a nossa volta foda-se bem fodido. Mas é exatamente aí que eu entro com minha teoria furada, meus caros. Penso que, quanto mais berramos - verbalmente e por escrito - mais estamos nos "importando", mais estamos deixando que aquilo - sejá lá o que for - nos roube a atenção e algumas horinhas de sono. Se estivéssemos, de fato, honrando a dignidade do "foda-se", não nos daríamos ao trabalho nem mesmo de comentar, de falar a respeito. Simplesmente, deixaríamos a vida correr, sem sobressaltos, sem grandes mistérios. Já ouviram falar em indiferença? Pois é, creio que seja bem por aí.
No fundinho, sabemos que a vontade de sair dizendo em alto e bom som que "fodam-se tudo e todos" é diretamente proporcional ao nível de envolvimento com a coisa, com a situação. E deveríamos saber também que o ato de realmente deixar de se importar com deteminada "coisa" vem de dentro, vem espontaneamente, vem livre e desimpedido, e, nunca pressionado por fatores externos. As verdadeiras cápsulas de Phoda-C não são encontradas em quaisquer farmácia e horário, e não passeiam impunemente pela cabeceira de qualquer desavisado por aí. Todavia, quando aparecem - sempre aparecem - milagrosas que são, provocam mudanças drásticas. Quem tomou, corrobora.
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