Eu vivo no mundo da lua. Ok, todo mundo vive, eu não sou uma exceção, mas como o blog é meu, vamos ser enfáticos no meu umbigo aqui. Eu tô sempre viajando na história, vejam vocês. Viajando por culturas diferentes da minha, por países que não o meu, por músicas e ritmos que só conheço de curiosa mesmo - já que sou uma musicista frustrada. Peguemos a música clássica, por exemplo. Hoje, acordei com uma vontade doente de escutar uma sinfonia específica de Amadeus e seu cabelo ridículo (a propósito, a estética capilar do século XVIII sempre será uma incógnita para esta plebeia que vos fala), Amadeus este, aliás, cuja biografia contada no ótimo filme homônimo, de 1984, me deixou fora da casinha - assisti dia desses, e, olha... 'Ai, Bruna, para de pagar de cult aí, tu nem ouve isso.''
Antes fosse comichão pseudocult, menino, antes fosse. Eu sou tarada por sinfonias, de verdadinha mesmo, e desde muito nova. Me olha bem nos olhos aqui e diz que consegue ficar indiferente a um pianinho do Chopin ou àquela coisa bonita que toca no balé O Lago dos Cisnes. Consegue????????????? KD TEU CORAÇÃO????????????
Sou uma leiga completa nisso, ainda que já tenha buscado entender suas escolas e os contextos históricos em que estes insanos produziram suas relíquias (felizmente, inclusive, tenho uma amiga que estuda a área e me manda achados maravilhosos!). Mas, sabe, em meio a minha tentativa de deliberação intelectual forçada, deixo só uma singela observação: eu ouço porque me toca sei lá que raios dentro do cérebro, dentro da alma. Eu ouço porque me tira do prumo. Eu ouço porque aguça minha criatividade, duvidosa criatividade. Ouço porque dói.
Eis aqui, absurda de tão linda:
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