Juro que, ao falar em política brasileira atualmente, me vem
à mente esta simbólica carinha:
S o m e n t e ela.
Sério - seríssimo -, eu queria opinar simplesmente em toda e qualquer conversa política com essa
carinha. E sair soberana. Eu diria que os emojis nos dão alento para viver. Porque não
está fácil viver. Se está fácil pra você, faça um canal no youtube e dê umas
dicas pra nós, reles mortais que estamos nos arrastando neste jogo diário de
suportar o peso da existência. Argh, o peso da existência. Porque existir pesa.
Dá trabalho, cansa, martiriza, produz dúvidas. Não aguento mais ler sobre
política. Não aguento mais ser um ser político. Aristóteles, seu magnânimo
filho da puta, como eu te odeio.
Eu só sei duvidar. Eu não aguento mais duvidar. Quem sabe, por isso, eu
seja uma gênia. Mas não é assim que me sinto. Me sinto apática e
completamente perdida. Não sei o que esperar dos próximos acontecimentos. Que a
corrupção é uma desgraça crônica da nossa pátria, já sabemos. Jânio Quadros
está até hoje varrendo tudo.......... varre, Jânio, varre. Então, o que fazer? Pra
quem correr?
¯\_(ツ)_/¯¯\_(ツ)_/¯
Minhas convicções
políticas tendem a seguir o viés canhoto, é inegável. Não dá para esperar muito
de uma jornalista que quer achar um sentido para viver na antropologia. A
esquerda me fode a vida, mas eu sigo meio encantada, vocês sabem, sou
previsível. No entanto, não morro de amores pelo Luiz Inácio e rio da cara de
quem chama o governo petista de comuna.
Cá entre nós, até eu dividindo meus Bis sou mais comunista que o PT. Não existe
comunismo em país onde banco tem recorde de lucro.
Eu queria ir pra rua. Ir pra rua é fantástico. Eu tô só por depor um
presidente e sentir que sou um híbrido de cara-pintada e Heloísa de Anos Rebeldes (1992)*. Mas como ir pra rua com
gente que chama beneficiário de Bolsa Família de vagabundo que não quer
trabalhar? Como ir pra rua com viúvas de Médicis e Figueiredos? Choram
Marias e Clarices....
Desculpe, mas não dá. Dedico este texto à primeira dúvida que roeu os
frios neurônios do meu cérebro. Sim, porque aparentemente eu deixei de
acreditar e congelei. Gigante uma ova.
*A propósito, deem um jeito de assistir a Anos Rebeldes. É demais!
Status: mais lacônica que Helô
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