Nesta minha tortuosa busca por autoconhecimento (que promoção de sapato o quêêê, eu só quero me conheceeeeeeeer), eu venho descobrindo que eu falo demais. Mas, pera lá, não vou me espezinhar - não mais. Perdoa a lua em áries e não desiste de mim - ou desiste, sei lá, isso já não é problema meu mais. Tirando o ridículo bem intencionado que paira sobre essas tentativas de interpretação astrológica, talvez arianos bem arianíssimos realmente me entendam... dói, né? Dói sentir o coração sempre a 200km/h, como que num racha assassino e previsível, não é mesmo? É DOI-Codi, parceiro. Não trabalhamos com mornidão aqui, eu sei, vamos nos abraçar e lamentar essa delícia horrorosa.
Eu falo mesmo. Eu falo demais. Pra caralho. Erro mais por conta disso? Certamente. Eu não conto mais carneirinhos - eu conto vacilinhos. Eiii, mas tu é gostoso, hein? Vai se fo o ooo der, tá me deixando louca!!!
- Amiga, vocês ficaram só duas vezes, tu disse isso mesmo?
- Claro, é gostoso mesmo, vou fazer o quê? Eu reporto fatos e agi segundo o desejo que me habitava kkkk isso é Freud, sabia? Aff
Deixa eu falar, porra. Deixa eu falar. Danem-se as suposições, dane-se o que vai pensar de mim. Só sendo muito ingênuo para achar que vai me conhecer por um mero elogio, por uma mera gentilezinha safada. Eu elogio, sei lá, até um chão quando vejo que ele está brilhoso e encerado. Palavras na minha boca são o que são, vendaval para quem sabe apreciar. Posso até errar, mas rio muito disso também, porque as pessoas felizes fazem isso realmente, elas riem de si mesmas com prazer. Querem se matar de vez em quando, como não?, mas riem muito - até doer a barriga -, deixam os dentes à mostra, não economizam na piada. São transparentes. A Tati Bernardi, que de tão genialmente lúcida chega a ser louquinha, já escreveu sobre isso uma vez e me identifiquei bem na época quando li. Na sua crônica, ela ''lamentava'' não ser uma mulher misteriosa, uma mulher que vai se revelando aos poucos, que faz joguinhos, que não despeja seus sonhos e seus demônios na primeira olhada no olho... em outras palavras, elegante e contida. Oras se a gente nasceu para ser elegante e contida, Tatiane? Minha querida, a gente sente a vida na garganta pronta para ser tragada como um ácido, uma sorte, uma dor, uma loucura abençoada.
Eu falo demais... mas, olha, de falação em falação, tem vezes em que eu acabo sendo magistral. Vocês sabem, a prática leva à perfeição. Falar não é sinal de fraqueza. Só quem fala entende de verdade, não se perde em possibilidades, em quases, lamentando a palavra derramada - ou melhor, não derramada, quando tudo que queria era transbordar (como vejo por aí nas capas do site ao lado). Falem, falem sem medo. São só pessoas como você.
Que assoalhão da porra!!!
Que assoalhão da porra!!!
Comentários