Não vejo palavra mais cabal que "contradição" para definir vida. Vivo pensando nisso.. nas contradições do mundo, nas contradições das pessoas, nas minhas próprias. Penso que o "caos" a que estamos sujeitos, diariamente, são as variadas expressões da talzinha ganhando forma e gritando na nossa cara. A questão ambiental apavorante é uma delas. Contradição pura, permeada por interesses mesquinhos e por hipocrisia escancarada. Seguimos vivendo até que a ruína iminente nos alcançe na próxima esquina. Vamos chorar para quem? Não perguntem a mim, sou contraditória demais.
Falei aqui em um plano social, mas, tranquilamente, pode-se verter o exemplo àquele da gente com a gente mesmo. Sabem aqueles momentos em que a gente tá sozinho, pensando naquilo que é e naquilo que quer/pode ser? Então, é aí que meu mundinho cai. Momentos desgraçados, em que vejo que nada que eu faça é só meu. Nada é genuíno. Tudo é fruto de múltiplas vivências, ora, incrustadas em abstrações que fogem do meu controle. Do seu. Do nosso. Ainda que seja desestimulante, procuro pensar na contradição-nossa-de-cada-dia como uma parceira de jornada. Anda no nosso encalço sempre, pior é tentar fugir.
Ela me faz sentir mais viva. Me faz sentir uma idiota. Me faz rir feito louca e chorar atordoada. Me faz discutir por bobagens e defender causas perdidas. Me faz sentir orgulho de mim e desprezo por outros. Me faz repensar velhas idéias e explorar outros caminhos. Me faz guardar secretos sentimentos e repetidas histórias na memória. Me faz ser essa salada itinerante que não se entende direito e vive pregando peças em si mesma.
Ouso dizer que é assim com meio mundo. Mas vai saber, né? Não sei se vocês se sentem assim como eu... confusos errantes sem pátria. Por acaso, algum de vocês abomina pizza de queijo, mas não abre mão dele em qualquer outra combinação gastronômica? Prefere mil vezes uma Coca-Cola gelada a um café burocrático e cheio de frescura no inverno? Sente o coração cada vez mais frágil e medroso, ainda que a idade aumente a cada ano? (Só para citar algumas pequenas contradições que vi aferradas em mim, agorinha.)
E as de vocês quais são?
Falei aqui em um plano social, mas, tranquilamente, pode-se verter o exemplo àquele da gente com a gente mesmo. Sabem aqueles momentos em que a gente tá sozinho, pensando naquilo que é e naquilo que quer/pode ser? Então, é aí que meu mundinho cai. Momentos desgraçados, em que vejo que nada que eu faça é só meu. Nada é genuíno. Tudo é fruto de múltiplas vivências, ora, incrustadas em abstrações que fogem do meu controle. Do seu. Do nosso. Ainda que seja desestimulante, procuro pensar na contradição-nossa-de-cada-dia como uma parceira de jornada. Anda no nosso encalço sempre, pior é tentar fugir.
Ela me faz sentir mais viva. Me faz sentir uma idiota. Me faz rir feito louca e chorar atordoada. Me faz discutir por bobagens e defender causas perdidas. Me faz sentir orgulho de mim e desprezo por outros. Me faz repensar velhas idéias e explorar outros caminhos. Me faz guardar secretos sentimentos e repetidas histórias na memória. Me faz ser essa salada itinerante que não se entende direito e vive pregando peças em si mesma.
Ouso dizer que é assim com meio mundo. Mas vai saber, né? Não sei se vocês se sentem assim como eu... confusos errantes sem pátria. Por acaso, algum de vocês abomina pizza de queijo, mas não abre mão dele em qualquer outra combinação gastronômica? Prefere mil vezes uma Coca-Cola gelada a um café burocrático e cheio de frescura no inverno? Sente o coração cada vez mais frágil e medroso, ainda que a idade aumente a cada ano? (Só para citar algumas pequenas contradições que vi aferradas em mim, agorinha.)
E as de vocês quais são?
Comentários