Olá, pessoas!
Tirei duas semaninhas sabáticas para fazer o que sei de melhor: procrastinar. Ah, sei lá, acho que depois da centésima, fiquei meio bloqueada - como sempre ocorre em finais de ano, diga-se de passagem. Ando cheia de ideias, mas com certa dificuldade de materializar... acho que nunca comentei por aqui, mas o fato é que basta o último mês do ano dar as caras, para eu marcar presença no time dos introspectivos. E essa introspecção, invariavelmente, acompanha minhas palavras: penso, penso, arquiteto postagens, e, não saio do lugar. É o mal de dezembro me pegando de jeito.
Bom, já que eu ando um zero à esquerda para propor qualquer debate no recinto, sugiro que falemos do já mencionado "mal de dezembro" - que, tenho certeza, tira com a cara de mais gente por aí. O que vem a ser tal coisa? Trata-se da ansiedade típica dos finais, uma espécie de obrigação de ser feliz e esfregar isso na cara de quem quer que seja: a vontade pode até ser de tomar estricnina, mas para todos os efeitos, a alegria deve imperar na vitrine. Até parece que só a gente vai ficar fora desse banquete farto de comemorações, né? O negócio é se jogar na vodka e guardar os mimimis no armário, já que na primeira sexta-feira chuvosa de janeiro, eles retornarão triunfantes e lépidos mesmo.
É bem provável que vocês, amados agridoces, pensem que eu esteja numa deprê desgraçada com esse papinho barato da trupe dos ansiosos e bla bla bla, mas devo alertá-los de que não é nada disso. Tô numa nice, numa legal, mas o que me ocorre é que eu teimo em observar as coisas, percebem? Tenho um faro muito aguçado para captar falsos sorrisos, alegrias capitalistas vazias que só se sustentam no dia da compra, declarações medíocres de "Feliz Natal" por e-mail, acompanhadas das últimas promoções de não-sei-qual-loja, entre outras manifestações doentias desse câncer chamado "sociedade". Sinto que há uma afobação meio geral em querer demonstrar "felicidade" quando na real, ninguém está tão feliz assim.
Honestamente, anseio por mais verdade. Menos trânsito. Menos caos e gente intransigente. Menos formalidades e améns para as convenções. Mais risos até doer a barriga. Mais brincar com cachorro. Mais desejos reais de bons começos para todos. Menos esnobismo e protocolo. Mais brilho no olho e altruísmo. Menos fotos previsíveis. Mais momentos sublimes sem testemunhas. Mais pessoas pensando por si próprias. Mais originalidade. Menos catar trecho de livro famoso na internet sem nunca ter entrado numa biblioteca. Menos preconceitos. Mais música boa e difusão de conhecimento. Eu quero mais ser feliz quando der na telha, e não porque "hoje é um novo dia de um novo tempo que começou".
Tirei duas semaninhas sabáticas para fazer o que sei de melhor: procrastinar. Ah, sei lá, acho que depois da centésima, fiquei meio bloqueada - como sempre ocorre em finais de ano, diga-se de passagem. Ando cheia de ideias, mas com certa dificuldade de materializar... acho que nunca comentei por aqui, mas o fato é que basta o último mês do ano dar as caras, para eu marcar presença no time dos introspectivos. E essa introspecção, invariavelmente, acompanha minhas palavras: penso, penso, arquiteto postagens, e, não saio do lugar. É o mal de dezembro me pegando de jeito.
Bom, já que eu ando um zero à esquerda para propor qualquer debate no recinto, sugiro que falemos do já mencionado "mal de dezembro" - que, tenho certeza, tira com a cara de mais gente por aí. O que vem a ser tal coisa? Trata-se da ansiedade típica dos finais, uma espécie de obrigação de ser feliz e esfregar isso na cara de quem quer que seja: a vontade pode até ser de tomar estricnina, mas para todos os efeitos, a alegria deve imperar na vitrine. Até parece que só a gente vai ficar fora desse banquete farto de comemorações, né? O negócio é se jogar na vodka e guardar os mimimis no armário, já que na primeira sexta-feira chuvosa de janeiro, eles retornarão triunfantes e lépidos mesmo.
É bem provável que vocês, amados agridoces, pensem que eu esteja numa deprê desgraçada com esse papinho barato da trupe dos ansiosos e bla bla bla, mas devo alertá-los de que não é nada disso. Tô numa nice, numa legal, mas o que me ocorre é que eu teimo em observar as coisas, percebem? Tenho um faro muito aguçado para captar falsos sorrisos, alegrias capitalistas vazias que só se sustentam no dia da compra, declarações medíocres de "Feliz Natal" por e-mail, acompanhadas das últimas promoções de não-sei-qual-loja, entre outras manifestações doentias desse câncer chamado "sociedade". Sinto que há uma afobação meio geral em querer demonstrar "felicidade" quando na real, ninguém está tão feliz assim.
Honestamente, anseio por mais verdade. Menos trânsito. Menos caos e gente intransigente. Menos formalidades e améns para as convenções. Mais risos até doer a barriga. Mais brincar com cachorro. Mais desejos reais de bons começos para todos. Menos esnobismo e protocolo. Mais brilho no olho e altruísmo. Menos fotos previsíveis. Mais momentos sublimes sem testemunhas. Mais pessoas pensando por si próprias. Mais originalidade. Menos catar trecho de livro famoso na internet sem nunca ter entrado numa biblioteca. Menos preconceitos. Mais música boa e difusão de conhecimento. Eu quero mais ser feliz quando der na telha, e não porque "hoje é um novo dia de um novo tempo que começou".
Comentários
e essa hipocrisia de final de ano também me enche o saco... demais...
Tem gente que passa o ano inteiro fazendo M..., mal fala com o cara e chega nessa época vêm cheios de sorrisos desejando "Feliz Natal", "Felicidades", "Feliz Ano Novo" e todos essas porcarias sem o menor teor de verdade...
na moral que só não mando uns para aquele lugar, porque minha educação me faz segurar um pouco a onda... hehehe
enfim...
Abraço ae mocita! ;)