Aquele momento em que você nota que tem franja, mas quer se livrar dela. Rapa? Aquele momento em que você nota que tem 23 anos, mas ainda morre de medo de tirar sangue. Sai correndo? Aquele momento em que sua amiga conta que aquele lindo - com quem você nunca ia ter nada mesmo - andava desfilando pela Itália. Pedi pra saber alguma coisa? Aquele momento em que você nota que o Tio Jesse, de Três é demais, sempre vai ser o tio mais gostoso da história dos seriados americanos. Aquele momento em que você nota que suas fotos de formatura ficaram tenebrosas e não pode mostrá-las para ninguém. Aquele momento em que você nota que não tem um puto para gastar na sua conta. Aquele momento em que você nota que queria ter o cabelo da Anne Hathaway, em Os Miseráveis, porém não tem sex appeal suficiente para sustentar um corte daqueles. Aquele momento em que você nota que só você gosta dos filmes do Owen Wilson - e que ele deve fazer só comédias mesmo. Aquele momento em que você nota que quer escrever roteiros, em vez de notícias. Aquele momento em que você nota que quer fazer filmes, em vez de panquecas. Aquele momento em que você nota que nunca vai gostar de batata doce. Aquele momento em que você nota que não aparece mais ninguém praticamente na sua timeline do Facebook, pois bloqueou geral. Quem mandou ser antissocial? Aquele momento em que você nota que "Everyday is like sunday" é bem melhor na versão do Pretenders que na do Morrissey. Vezes mil. Aquele momento em que você nota que não dá pra ler Agatha Christie com qualquer espírito. Aquele momento em que você nota que a glória dos seus 15 anos foi saber cantar "Faroeste Caboclo" inteira. Que fase, hein? Aquele momento em que você nota que mandou beijo pro carinha do delivery. Aquele momento em que você nota que tem gente que ainda não sabe que só se coloca acento no verbo ''ter'', se dá ideia de posse, e nunca, >>>nunca<<<, caso passe o sentido de ''haver''. Aquele momento em que você nota que é chata com essas coisas. Aquele momento em que você começa a considerar a ideia de ser um poço de chatice com qualquer coisa. Aquele momento em que você nota que anda escrevendo coisas muito pessoais - e isso é um saco. Aquele momento em que você nota que tem comido toneladas de pães de queijo - e isso é ruim pra sua barriga. Aquele momento em que você lembra que pouco se fode pra isso, mas não ia curtir uns bacons salientes ali e tal. Aquele momento em que você nota que tem pessoas que leem, de fato, seu blog - e você não sabe se ri ou chora. Aquele momento em que você nota que ainda detesta alguns ex-colegas. Aquele momento em que você nota que esse texto ficou chato pacaraleo, mas já escreveu demais pra voltar atrás. E aí, vai acabar deixando, ué.
Hoje, nós da empresa, completamos 5 anos de blog. Vamos dar o play para entrar no clima: #POLÊMICA: sempre preferi o parabéns da Angélica em vez de o da Xuxa. O que não quer dizer que eu ame a Angélica, claro, por mim ela pode ir pra casa do caralho. ENFIM, VAMOS CELEBRAR! 5 ANOS DE MERDA ININTERRUPTA AQUI! UHUL, HEIN? Era 22 de dezembro de 2010, estava euzinha encerrando mais um semestre da faculdade de Jornalismo, meio desgraçada da cabeça (sempre, né), entediadíssima no Orkut, quando finalmente tomei coragem e decidi dar a cara a tapa. Trouxe todas as minhas tralhas para o Blogspot e a esperança de mudar alguma coisa. Infindáveis crônicas começaram a ganhar o mundo e a me deixar mais desgraçada da cabeça ainda: sei lá, escrever é uma forma de ficar nua, de se deixar analisar, de ser sincero até a última gota, e isso nem sempre é bom negócio. Mas, enfim, felizmente tenho sobrevivido sem grandes traumas - mas não sem grandes catarses, por isso esse n
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