Um dos grandes ônus de ser cronista, na minha humildíssima opinião, é se colocar, muitas vezes, como um cagador de regra em potencial. É incômoda a sensação, detesto. Mas ajo como uma, não nego. Existe um acordo sutil entre criadores de textos opinativos e leitores destes mesmos artigos baseado na cumplicidade e identificação de ideias. Se me permitem: um fã-clube. Olha, longe de mim achar que eu tenho fãs, de ver-da-di-nha, eu tenho noção do ridículo, mas inevitavelmente crio uma relação com inúmeros estranhos que comungam das minhas impressões. Relações de admiração talvez. Repulsa idem. Por menor que seja meu perímetro de atuação, ainda assim haverá - sempre haverá - alguém me lendo. É a lógica da exposição. Uma vez exposta, haverá um dedo indicador, nem que seja para rir da minha cara e dizer quão patética eu fui.
Eu gosto de ser cronista (a propósito, não gosto de me intitular assim, whatever) desde sempre. E penso ter facilidade para a coisa, inclusive já tive muitos feedbacks bons - bobinha essa Bruna, os feedbacks, até mesmo os falsos, sempre são bons, do contrário as pessoas não diriam. Enfim, o pessoal se identifica, eu fico felizinha e abro um sorrisão, e vamos tocando. Mas, no fundo, eu sigo pensando: que sei eu de definitivo sobre isso? Que maçada! Acho que a coisa é mais existencialista para mim, por não escrever em um canal hegemônico e etc, afinal, alguém imagina um Antônio Prata, uma Cláudia Laitano da vida com mimimi depois de receber seu contracheque generoso? Ok, eu não sei bulhufas do salário do Prata nem da Cláudia, mas vocês me entenderam. Eu sou um nada. Se eu ainda fosse um nada em um canal midiático tido como incontestável e de irrefutável abrangência, não perderia tanto o sono. Mas sendo mais um nada no rol de nadas do Blogspot, o drama é inevitável. Mais ainda porque eu levo isso a sério. Eu sinto uma paixão desgraçada por escrever. É bem verdade que eu também quis ser estilista, investigadora da polícia e psicóloga, mas, desde meus 12, 13 anos, eu sabia intuitivamente o caminho ingrato por onde a vida me levaria. Vida, sua raposinha.
Sei, claro, que há pessoas bem resolvidas que assimilam candidamente que o texto opinativo é - mais que uma verdade absoluta - um chamamento à reflexão, à divagação, à conversa de bar regada a um chopinho, porém não me escapa a ideia de que o outro lado da moeda também se impõe. A cagadora de regra em potencial sempre é feroz, o nosso id adora nos torturar com requintes de crueldade, vocês sabem. Felizmente, nascemos fadados à falta de originalidade também devido ao superego, esse bom moço.
Em suma, essa crônica - ou projeto de - é mais para acalmar os ânimos, dar uma segurada na onda, dar uma freada na ambiência aparentemente irrefreável que os cronistas carregam consigo. Eu não sei nada, cara. E caso saiba, possivelmente vou ser mal interpretada, isso é a nossa - ou só minha, vai saber - missão na terra. Falar o que não quis dizer e se meter em confusões provenientes de carência galopante. Coisas do ego, esse fanfarrão. Essa tríade ainda nos mata de desgosto, hein? Ou de prazer. Só sei que eu vou pro bar, que vai tocar Cartola.
Não me diga isso.
Eu gosto de ser cronista (a propósito, não gosto de me intitular assim, whatever) desde sempre. E penso ter facilidade para a coisa, inclusive já tive muitos feedbacks bons - bobinha essa Bruna, os feedbacks, até mesmo os falsos, sempre são bons, do contrário as pessoas não diriam. Enfim, o pessoal se identifica, eu fico felizinha e abro um sorrisão, e vamos tocando. Mas, no fundo, eu sigo pensando: que sei eu de definitivo sobre isso? Que maçada! Acho que a coisa é mais existencialista para mim, por não escrever em um canal hegemônico e etc, afinal, alguém imagina um Antônio Prata, uma Cláudia Laitano da vida com mimimi depois de receber seu contracheque generoso? Ok, eu não sei bulhufas do salário do Prata nem da Cláudia, mas vocês me entenderam. Eu sou um nada. Se eu ainda fosse um nada em um canal midiático tido como incontestável e de irrefutável abrangência, não perderia tanto o sono. Mas sendo mais um nada no rol de nadas do Blogspot, o drama é inevitável. Mais ainda porque eu levo isso a sério. Eu sinto uma paixão desgraçada por escrever. É bem verdade que eu também quis ser estilista, investigadora da polícia e psicóloga, mas, desde meus 12, 13 anos, eu sabia intuitivamente o caminho ingrato por onde a vida me levaria. Vida, sua raposinha.
Sei, claro, que há pessoas bem resolvidas que assimilam candidamente que o texto opinativo é - mais que uma verdade absoluta - um chamamento à reflexão, à divagação, à conversa de bar regada a um chopinho, porém não me escapa a ideia de que o outro lado da moeda também se impõe. A cagadora de regra em potencial sempre é feroz, o nosso id adora nos torturar com requintes de crueldade, vocês sabem. Felizmente, nascemos fadados à falta de originalidade também devido ao superego, esse bom moço.
Em suma, essa crônica - ou projeto de - é mais para acalmar os ânimos, dar uma segurada na onda, dar uma freada na ambiência aparentemente irrefreável que os cronistas carregam consigo. Eu não sei nada, cara. E caso saiba, possivelmente vou ser mal interpretada, isso é a nossa - ou só minha, vai saber - missão na terra. Falar o que não quis dizer e se meter em confusões provenientes de carência galopante. Coisas do ego, esse fanfarrão. Essa tríade ainda nos mata de desgosto, hein? Ou de prazer. Só sei que eu vou pro bar, que vai tocar Cartola.
Não me diga isso.
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