Frila – corruptela de freelancer em Jornalismo - é a
denominação de um trabalho que tem data marcada para acabar. É um serviço
temporário prestado a alguma empresa de comunicação – que pode ou não
continuar. Que pode ou não ganhar ares de emprego fixo, se é que me entendem.
No frila, é proibido dizer ‘’eu te amo’’, mesmo que em silêncio. É proibido
‘’se apegar”. É proibido entregar o coração assim tão fácil - bobo é quem não
entende, e entrega. E nega que entregou.
O frila é uma noite de amor, uma noite de loucura, nada dura, nada merece jura. Os contatos nervosos com as fontes são iguais aos beijos falsos. Cada beijo é uma tortura. Beijos e telefonemas são cadafalsos na sala escura.
Tá, dirão alguns puritanos que o amor sempre dura. Ok. Batizemos o frila de paixão, então. Aquela em que os dias passam meio no piloto automático - o encantamento é tão gratuito e recíproco, que você nem se dá conta que está vivendo – até parece um filme passado em preto e branco. Cores são dispensáveis para tanta novidade. Uma paixão e um frila. Uma paixão e um frila, quentes, por gentileza:
Moça de coragem.
Uma paixão e um frila, uma paixão e um frila. Muito parecidos esses dois, fazendo os que entram de cabeça em seus domínios, não saberem como sair. O triste é ter tido os dois, mas não saber, do fundo do coração, como deixarem ir.
O frila tem um quê de amor de verão, de praia, de
incandescência – aquele que parece escorrer pelos dedos, e deixa só um
saudosismo aniquilando a alma, os pensamentos e os sábados – que agora estão
misteriosamente livres e melancólicos. Por que nosso frila não subiu a serra?
Frilas são amores de verão, concluo.
O frila é uma noite de amor, uma noite de loucura, nada dura, nada merece jura. Os contatos nervosos com as fontes são iguais aos beijos falsos. Cada beijo é uma tortura. Beijos e telefonemas são cadafalsos na sala escura.
Tá, dirão alguns puritanos que o amor sempre dura. Ok. Batizemos o frila de paixão, então. Aquela em que os dias passam meio no piloto automático - o encantamento é tão gratuito e recíproco, que você nem se dá conta que está vivendo – até parece um filme passado em preto e branco. Cores são dispensáveis para tanta novidade. Uma paixão e um frila. Uma paixão e um frila, quentes, por gentileza:
- A paixonite
só vai durar 6 horas, vai querer?
- E eu lá tenho cara de quem dispensa uma ressaca?
Embrulha essa garrafa pra presente, que eu vou levar e tomar sozinha.
Moça de coragem.
Uma paixão e um frila, uma paixão e um frila. Muito parecidos esses dois, fazendo os que entram de cabeça em seus domínios, não saberem como sair. O triste é ter tido os dois, mas não saber, do fundo do coração, como deixarem ir.
“Mas
o que eu queria mesmo é ver como andam teus dias, teus sonhos e ver se teu
italiano melhorou. Ciao!’’
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