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Sobre enjoos, enjoeiras, a enjoada-mor

Eu enjoo de tudo. Eu enjoo de músicas - tirando, claro, os eleitos da vida inteira. Eu enjoo de comidas. Eu, seguidamente, enjoo da cara das pessoas - tirando, claro, os eleitos da vida inteira. Eu enjoo de circunstâncias. Eu enjoo do meu trajeto de todo dia na rua. Eu enjoo de tudo, man! Mamãe sempre esteve certa, quando afirmou que..... err......

- Bruna, tu é muito enjoada! (2001)

- Cruzes, minha filha, como tu é enjoada! (2008)

- Eu não sei, tu tá sempre enjoada de tudo! (2013)

Eu sou enjoada. Meu Deus santíssimo, como eu sou enjoada! Vocês também são assim? Eu acho que essa síndrome é meio geral, mas sempre rolam aqueles dias em que você se considera o anticristo, todo desajustado, todo inédito na enjoeira de enjoar de tudo. E aí deprime um cadim, né, ninguém gosta de se sentir uma exceção que enoja meio mundo. Enjoa meio mundo.
E fica grave, pois dedicar uma postagem à coisa é sinal de que a enjoeira vai demorar pra passar. Ou talvez não, né, já que eu também enjoo de pensar sempre a mesma coisa. Ultimamente, tenho estado enjoada das mesmas malditas ideias fixas, de me prender a fatos que me fizeram mal, de não me adaptar a uma nova fase em minha vida. Eu enjoei até da haste dos meus óculos de grau. Enjoei dos meus livros, enjoei das citações que eu sempre adorei, enjoei de Portuguesa, e agora não sei que sabor pedir.
Ando enjoada, por sempre ser tão previsível. E escrever sempre do mesmo jeito aqui.  


Att:

Enjoada-mor






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