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Queria Talking Heads, mas só consegui gauchinho pernóstico

Uma noite dessas, eu fiquei meio louca despirocada, querendo ir a uma festa especial Talking Heads. Minha nossa, preciso ir pra algum lugar que toque Talking Heads a noite inteira. Puta merda, onde, Osíris? Deve haver algum lugar nesse mundo, nessa cidade, nesse perímetro. Eu necessito fazer as dancinhas dos anos 80 desesperadamente. Até minha camiseta das cabeças dançantes eu encomendei, porcaria. Por um mundo onde eu possa ser new wave sem culpa, sem restrição, sem medo.

AJUDA LUCIANO
AS CABEÇAS VERMELHAS DANÇANTES NÃO PODEM ESPERAR

Mas terão. Terminei numa Quartaneja, desejando não ter nascido. Porque a neja, ela te faz sentir assim. E porque cada um tem o que merece. Eu, certamente, estava em dívida com o cosmos. Mas, sabe, bem modéstia à parte, eu sei criar personagens ótimos para atravessar umas horas de tortura social longe da minha bolha. Até que me saio bem, pois, havendo cascata sem fim de cevada, a gente se amortece de si mesmo e entra no joguinho. Só que dessa vez não foi assim. E, sabe, eu não consigo levar nenhum papinho de night a sério, escutando música que eu detesto. Pena pros desavisados. Vamos queimar um aqui e agora. 

TIPO, A CRIATURA VEM ME TROVAR DE BOMBACHA

Digerindo.................................................

E de alpargata. E de boina. E eu realmente não entendi onde foi que ele achou que eu era o tipo dele. Vai ver, eu era o tipo dele só por ter um par de peitos, não? Eu devia ter ido com aquela camiseta do Pantera que eu nunca comprei, porque nunca gostei deles, mas que, ao menos, me livraria dessas ciladas.   
Mas que estereótipo é esse do gauchinho que vai caçar nas baladas? Será que ele está indo combater tropas imperiais depois da festinha? Fuja, querido, fuja.  

Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra? 

NÃO, NÃO SIRVAM
QUE TÁ BEM CAFONA
E RIDÍCULO


Longe do meu portão com essa tradição falida. Obrigada, de nada.








  

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