(Sim, isso é um amontoado de palavras puxa-saco! Condenadas a elogiar o Chico nesse pequeno texto, que nem vou chamar de crônica. Leiam os que se sentirem inclinados.)
Chico é uma exclamação. É um verbo. Mesmo aqueles que torcem o nariz para a cultura brasileira, para o samba de raiz, para pessoas que podem ser chamadas de artistas - com propriedade -, confessem que se sentem assombrados com a inteligência do homem. Chico, além de música boa, é literatura, teatro, opinião, conhecimento. Por favor, a criatura é fascinante! E extremamente sensata. Sempre que assisto a alguma entrevista sua, penso nunca ter visto declarações tão bem feitas por um artista. Um deleite.
Certamente, não se trata de uma unanimidade - ainda que deva estar perto. Mas, em se tratando da instituição Buarque, quem se importa? Ele já é elo irrefutável da história recente nacional. E que história, hein? Nem vou entrar na parte de repúdio ao autoritarismo dos generais malvadinhos e das canções engajadas. Deixemos quieto, seria humilhante. E não estou aqui para alardear sobre suas convicções políticas. O fato é que esse pedaço importante de sua própria vida/carreira ajudou a definir os contornos dessa minha incontida admiração.
Penso que essa versatilidade em excursionar pelas mais variadas expressões artísticas é que faz com que eu lhe dedique toda essa ladainha elogiosa. Capacidade de escrever letras tão deliciosas, tão sutis, tão suas, tão corajosas, tão coerentes. Topete de escrever peças e livros. Porém, sinto um vazio. Não é só isso. O cara é dono de uma discrição ímpar, de uma simpatia marota, de um talento fastigioso. É também dono de opiniões serenas e genuínas. Impossível não se sentir, no mínimo, instigado diante de sua carioquice. Impossível fugir de um carinho gratuito que brota sem resistência.
Eu adverti no começo, sou suspeitíssima para falar do moço. Em meio a pessoas que valorizam outras pessoas sem muito a acrescentar, sempre me senti meio alienígena, por gostar tanto dele e da sua galera, sabem? Bom, cada um na sua. Fico por aqui, pensando no porquê de ser tão discípula da obra buarqueana. Peraí, uma epifania: deve ser culpa deste par de olhos...
Chico é uma exclamação. É um verbo. Mesmo aqueles que torcem o nariz para a cultura brasileira, para o samba de raiz, para pessoas que podem ser chamadas de artistas - com propriedade -, confessem que se sentem assombrados com a inteligência do homem. Chico, além de música boa, é literatura, teatro, opinião, conhecimento. Por favor, a criatura é fascinante! E extremamente sensata. Sempre que assisto a alguma entrevista sua, penso nunca ter visto declarações tão bem feitas por um artista. Um deleite.
Certamente, não se trata de uma unanimidade - ainda que deva estar perto. Mas, em se tratando da instituição Buarque, quem se importa? Ele já é elo irrefutável da história recente nacional. E que história, hein? Nem vou entrar na parte de repúdio ao autoritarismo dos generais malvadinhos e das canções engajadas. Deixemos quieto, seria humilhante. E não estou aqui para alardear sobre suas convicções políticas. O fato é que esse pedaço importante de sua própria vida/carreira ajudou a definir os contornos dessa minha incontida admiração.
Penso que essa versatilidade em excursionar pelas mais variadas expressões artísticas é que faz com que eu lhe dedique toda essa ladainha elogiosa. Capacidade de escrever letras tão deliciosas, tão sutis, tão suas, tão corajosas, tão coerentes. Topete de escrever peças e livros. Porém, sinto um vazio. Não é só isso. O cara é dono de uma discrição ímpar, de uma simpatia marota, de um talento fastigioso. É também dono de opiniões serenas e genuínas. Impossível não se sentir, no mínimo, instigado diante de sua carioquice. Impossível fugir de um carinho gratuito que brota sem resistência.
Eu adverti no começo, sou suspeitíssima para falar do moço. Em meio a pessoas que valorizam outras pessoas sem muito a acrescentar, sempre me senti meio alienígena, por gostar tanto dele e da sua galera, sabem? Bom, cada um na sua. Fico por aqui, pensando no porquê de ser tão discípula da obra buarqueana. Peraí, uma epifania: deve ser culpa deste par de olhos...
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