Não poderia deixar passar em branco, né? Estudo para ser uma deles, há três anos, logo, me senti na obrigação de deixar um recadinho pela passagem do "Dia do Jornalista" - mais um desses dias festivos inventados por não-sei-quem para que haja uma profusão de cumprimentos hipócritas e demais manifestações dispensáveis.
Pois bem, sei que ninguém perguntou, mas a sensação que mais me assalta quando penso sobre referida profissão - mesmo com uma considerável bagagem de textos lidos e aulas práticas no currículo - é a de que sei muito pouco a respeito. É como tentar apreender algo que não se pode capturar. Talvez aí resida a graça da coisa, não? Teoriza-se muito, mas a mão na massa está longe de se igualar àquilo que vem bonitinho nos livros e nos xérox. Já parei de me iludir que farei parte de um segmento de trabalho valorizado como deveria ser. Já não acho que o tal jornalismo é lindo e serve a todos sem distinção de credo, cor ou classe social. Só não encontro forças para desistir. A gente se ama e se odeia. E ele parece saber lidar comigo, esse cretino.
Entrei no curso por puro feeling e acabei arrebatada, sem ter olhos para outra graduação. Me encantam o inusitado da atividade e a atenção que se precisa dispensar à vida dessas pessoas comuns, cheias de histórias ricas e verdadeiras. Me atraem o exercício diário da observação e a necessidade de "treinar o olho" para reconhecer uma boa pauta. Me instiga esse leque de possibilidades de atuação que a área oferece. Me entristece a notícia ser quase sempre encarada como produto. Me domina esse mistério de sentir profunda curiosidade por coisas que, na teoria, nem deveriam me interessar. Me norteia essa vontade de sempre - sempre - querer um porquê para tudo. Salada de emoções, sabem? A um passo da loucura.
Não deixo homenagens e elogios aqui, necessariamente, aos jornalistas - agentes do processo - mas, sim, um salve a esse ramo fascinante do conhecimento humano, no seu estado bruto. A arte de informar, propiciar discussões e reflexões acerca dos fenômenos da sociedade e nos fazer querer saber mais e mais. É bem verdade que tal ciência não produz vacinas ou ergue prédios, porém está comprometida sem volta com essa atmosfera do fato... daquilo que muda o globo e o faz girar. Ela e a notória estranhice de seus pupilos - focas ou não.
Pois bem, sei que ninguém perguntou, mas a sensação que mais me assalta quando penso sobre referida profissão - mesmo com uma considerável bagagem de textos lidos e aulas práticas no currículo - é a de que sei muito pouco a respeito. É como tentar apreender algo que não se pode capturar. Talvez aí resida a graça da coisa, não? Teoriza-se muito, mas a mão na massa está longe de se igualar àquilo que vem bonitinho nos livros e nos xérox. Já parei de me iludir que farei parte de um segmento de trabalho valorizado como deveria ser. Já não acho que o tal jornalismo é lindo e serve a todos sem distinção de credo, cor ou classe social. Só não encontro forças para desistir. A gente se ama e se odeia. E ele parece saber lidar comigo, esse cretino.
Entrei no curso por puro feeling e acabei arrebatada, sem ter olhos para outra graduação. Me encantam o inusitado da atividade e a atenção que se precisa dispensar à vida dessas pessoas comuns, cheias de histórias ricas e verdadeiras. Me atraem o exercício diário da observação e a necessidade de "treinar o olho" para reconhecer uma boa pauta. Me instiga esse leque de possibilidades de atuação que a área oferece. Me entristece a notícia ser quase sempre encarada como produto. Me domina esse mistério de sentir profunda curiosidade por coisas que, na teoria, nem deveriam me interessar. Me norteia essa vontade de sempre - sempre - querer um porquê para tudo. Salada de emoções, sabem? A um passo da loucura.
Não deixo homenagens e elogios aqui, necessariamente, aos jornalistas - agentes do processo - mas, sim, um salve a esse ramo fascinante do conhecimento humano, no seu estado bruto. A arte de informar, propiciar discussões e reflexões acerca dos fenômenos da sociedade e nos fazer querer saber mais e mais. É bem verdade que tal ciência não produz vacinas ou ergue prédios, porém está comprometida sem volta com essa atmosfera do fato... daquilo que muda o globo e o faz girar. Ela e a notória estranhice de seus pupilos - focas ou não.
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