Duvido muito da sanidade de quem insiste em levar uma vida amarga, uma vida algemada a chateações, uma vida órfã de riso - ato de mostrar os dentes, buscando alimentar, inconscientemente, a alma ferida de misérias cotidianas e pontuais. Riso, riso, riso. Rir é remédio, ainda que não cure todos os males. Eu, se ainda não ficou claro a vocês, estimados leitores, sou da turma que paga por uma bela gargalhada. Não vivo sem. Sou do time dos piadistas incompreendidos anônimos, sou da família dos bobos alegres, daqueles que se entregam pelo sorriso. Sou uma completa idiota, sim, mas, honesta.
Tá difícil para todo mundo, tem uma selva desgraçada depois dos nossos portões. O tempo é inimigo, aniquila nossos suadíssimos momentos de alegria sem dó, passa como vendaval, só nos faz deixar atordoados. Somos obrigados a mostrar cada vez mais às organizações que morremos e vamos até o fim do mundo por nossos chefes - eles que, não raro, mal sabem nosso nome. Precisamos consumir freneticamente, adquirir bens, fazer o dinheiro circular - do contrário não temos valor perante ninguém. Temos que sorrir em fotos, mesmo estando com o coração em frangalhos. Se não gargalharmos um pouco que seja para a vida, de que jeito levar, dadas essas circunstâncias? De que jeito levar?
Amargor alheio não é para ser julgado, como diria meu baiano preferido: "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". Cada um na sua, ninguém nunca sabe o que se passa na cabeça do outro, realmente - eis uma verdade da vida, senhores. Somos mistério até para nós mesmos, não há por que alimentar maquiavelismos, uma vez que estamos todos no mesmo barco à deriva. Todavia, também penso ser a cara amarrada o passo mais certo rumo ao precipício, à derrocada melancólica no mesmo barquinho. Penso que rir das topadas na parede seja a melhor pedida, sempre. Como se fosse uma espécie de técnica de sobrevivência, percebem? Tudo bem que o Frejat cantou que "rir de tudo é desespero", mas, ainda assim, poxa! Encontrar um equilíbrio é tarefa para toda uma vida, pelo jeito.
Eu sou a prova. No momento, me sinto profundamente puta da cara, chateada, decepcionada, com vontade de gritar uma meia hora sem cessar, aqui na janela, o quanto sinto meus neurônios fritando de raiva. Sem falar que sigo faminta, após degustar uma das piores pizzas já feitas na história da humanidade. Entretanto, decidi rir como se estivesse assistindo pela primeira vez ao primeiro episódio da sétima temporada de Friends. Tô aqui, igual a uma pateta, escrevendo essa crônica e imaginando como minha vida caberia num stand up no barzinho da rua de baixo. Pronto, já esqueci. Indolor. (Que mentira deslavada!)
Tá difícil para todo mundo, tem uma selva desgraçada depois dos nossos portões. O tempo é inimigo, aniquila nossos suadíssimos momentos de alegria sem dó, passa como vendaval, só nos faz deixar atordoados. Somos obrigados a mostrar cada vez mais às organizações que morremos e vamos até o fim do mundo por nossos chefes - eles que, não raro, mal sabem nosso nome. Precisamos consumir freneticamente, adquirir bens, fazer o dinheiro circular - do contrário não temos valor perante ninguém. Temos que sorrir em fotos, mesmo estando com o coração em frangalhos. Se não gargalharmos um pouco que seja para a vida, de que jeito levar, dadas essas circunstâncias? De que jeito levar?
Amargor alheio não é para ser julgado, como diria meu baiano preferido: "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é". Cada um na sua, ninguém nunca sabe o que se passa na cabeça do outro, realmente - eis uma verdade da vida, senhores. Somos mistério até para nós mesmos, não há por que alimentar maquiavelismos, uma vez que estamos todos no mesmo barco à deriva. Todavia, também penso ser a cara amarrada o passo mais certo rumo ao precipício, à derrocada melancólica no mesmo barquinho. Penso que rir das topadas na parede seja a melhor pedida, sempre. Como se fosse uma espécie de técnica de sobrevivência, percebem? Tudo bem que o Frejat cantou que "rir de tudo é desespero", mas, ainda assim, poxa! Encontrar um equilíbrio é tarefa para toda uma vida, pelo jeito.
Eu sou a prova. No momento, me sinto profundamente puta da cara, chateada, decepcionada, com vontade de gritar uma meia hora sem cessar, aqui na janela, o quanto sinto meus neurônios fritando de raiva. Sem falar que sigo faminta, após degustar uma das piores pizzas já feitas na história da humanidade. Entretanto, decidi rir como se estivesse assistindo pela primeira vez ao primeiro episódio da sétima temporada de Friends. Tô aqui, igual a uma pateta, escrevendo essa crônica e imaginando como minha vida caberia num stand up no barzinho da rua de baixo. Pronto, já esqueci. Indolor. (Que mentira deslavada!)
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