Se
você é um louco descontrolado por música como yo,
vai ter a mesma ideia a respeito: se queremos escutar a música, tem que ser
já, tem que ser agora, tem que ser sem demora, não podemos ficar um segundo sem ouvir o ritmo que toca todas as válvulas do coração e faz o sangue
enlouquecer dentro das veias. Tem que ser pra hoje! Tem que ser já, caramba! Num guentamos esperar nem mais um
segundo, né mermo? Incrível que nem sempre querer é poder nesses
casos, a droga da cançãozinha vai baixar (termos dos anos 2000, quem diria,
não?) quando quiser - se quiser.
Acontece seguidamente comigo, não sei com vocês. Dia desses, eu queria porque queria escutar “Human”, dos Pretenders. É, I play a good game but not as good as you... I can be a little cold, but you can be so cruel... Tava louca da vida para cantar a plenos pulmões junto com a minha miguxa Chrissie Hynde, acordar quarteirões inteiros com meu sofrível, porém bem intencionado, inglês, mas adivinhem??? A porcaria do download não quis finalizar, algumas solicitações sequer saíram do chão. E outras foram até a metade, ficaram nos seus 25, 30, 45%, mas, no fim, só me iludiram. Cozinharam minha boa vontade, minha paciência e meu bom-mocismo - ironicamente, tal qual alguns garotinhos com quem cruzei por aí nessas ruas nada discretas da vida.
Pode parecer idiotice compará-los com canções, mas penso que eles têm lá suas afinidades. Alguns são hits do momento, mas não têm nada a oferecer além de fama; alguns têm refrões previsíveis e manjados; alguns hipnotizam na primeira "escutada"; alguns sempre vão render uma história para ser contada; alguns vão enojar para todo sempre; alguns têm arranjos refinados que ninguém entende assim tão fácil; alguns são clássicos: todo mundo ama e não se discute; alguns são "escutados" à exaustão, que chega uma hora em que se tornam dispensáveis - na verdade, nunca fizeram falta - e por aí vaí. Mas o que eu queria mesmo dizer é que, às vezes, queremos tanto determinada música - ou, vá lá, garotinho da mamãe - que esquecemos de olhar para os outros singles disponíveis no mercado. Bela porcaria, não? Ninguém mandou ser teimosa, rockstar.
No fundo, essa comparaçãozinha vulgar foi mais mesmo para divagar sobre isso que parece ser um dos grandes males da humanidade: querer cada vez mais o que insiste em dar passos largos rumo à escapada melancólica e triunfal de nossas mãos cansadas. Talvez seja para escutarmos outra coisa, pararmos de ser tão perseguidores e obcecados (as). Talvez haja uma recompensa guardada atrás de tanta vontade de "escutar". Ou talvez seja hora de dar uma conferida para ver se, finalmente, Human está em meus domínios. Ô musiquinha chata de conseguir essa, hein?
Acontece seguidamente comigo, não sei com vocês. Dia desses, eu queria porque queria escutar “Human”, dos Pretenders. É, I play a good game but not as good as you... I can be a little cold, but you can be so cruel... Tava louca da vida para cantar a plenos pulmões junto com a minha miguxa Chrissie Hynde, acordar quarteirões inteiros com meu sofrível, porém bem intencionado, inglês, mas adivinhem??? A porcaria do download não quis finalizar, algumas solicitações sequer saíram do chão. E outras foram até a metade, ficaram nos seus 25, 30, 45%, mas, no fim, só me iludiram. Cozinharam minha boa vontade, minha paciência e meu bom-mocismo - ironicamente, tal qual alguns garotinhos com quem cruzei por aí nessas ruas nada discretas da vida.
Pode parecer idiotice compará-los com canções, mas penso que eles têm lá suas afinidades. Alguns são hits do momento, mas não têm nada a oferecer além de fama; alguns têm refrões previsíveis e manjados; alguns hipnotizam na primeira "escutada"; alguns sempre vão render uma história para ser contada; alguns vão enojar para todo sempre; alguns têm arranjos refinados que ninguém entende assim tão fácil; alguns são clássicos: todo mundo ama e não se discute; alguns são "escutados" à exaustão, que chega uma hora em que se tornam dispensáveis - na verdade, nunca fizeram falta - e por aí vaí. Mas o que eu queria mesmo dizer é que, às vezes, queremos tanto determinada música - ou, vá lá, garotinho da mamãe - que esquecemos de olhar para os outros singles disponíveis no mercado. Bela porcaria, não? Ninguém mandou ser teimosa, rockstar.
No fundo, essa comparaçãozinha vulgar foi mais mesmo para divagar sobre isso que parece ser um dos grandes males da humanidade: querer cada vez mais o que insiste em dar passos largos rumo à escapada melancólica e triunfal de nossas mãos cansadas. Talvez seja para escutarmos outra coisa, pararmos de ser tão perseguidores e obcecados (as). Talvez haja uma recompensa guardada atrás de tanta vontade de "escutar". Ou talvez seja hora de dar uma conferida para ver se, finalmente, Human está em meus domínios. Ô musiquinha chata de conseguir essa, hein?
Comentários
E os garotinhos, ah, os garotos... #suspiros