E aí, seres pensantes, e essa vida?
No último post, tivemos uma aulinha básica sobre o verbo ''haver''. Sei que é manezice da minha parte cagar regrinhas de Português, mas acontece que eu sou mané. Todo mané se importa. Se eu não fosse mané, vocês acham que eu teria uma úlcera a cada erro lido, e me prestaria a vir escrever esses mimimis com veemência e sofreguidão? Magina, inocente. É por isso que eu gosto até mesmo de me intitular mané - como na descrição sobre mim (favor direcionar suas retinas ao lado).
Ah... e também porque eu gosto das coisas bem escritas. Todavia, quando recrimino pessoas que escrevem errado, faço referência àquelas que têm/tiveram condições de estudarem, que puderam ter acesso a bons livros e bibliotecas, e, mesmo assim, negligenciaram-se. Aquelas que aprendem trocentas línguas para impressionar sei lá quem, mas não sabem sequer pontuar uma frase. É a essas que a metralhadora cheia de mágoas se volta. Jamais teria a falta de tato de condenar uma pessoa humilde por desconhecer os meandros discursivos do seu próprio idioma - e é uma pena que os humildes sejam maioria.
Eu, felizmente, sempre tive facilidade na área. Sempre. No terceiro ano - sofrendo horrores por não saber o que fazer da vida - tive a pachorra de pegar exame em todas as Exatas, em Biologia (genética, por que tão arredia?), mas em Português exibi as minhas melhores médias do Ensino Médio. Simplesmente não estudei, brinquei com a sorte - e olha que ela costuma falhar. Eis-me aqui então: um ás da crase, que tem pesadelos até hoje com hipotenusas e catetos. Cada um com suas prioridades, meu povo.
É muito curioso quando me lembro das professoras dizendo que eu me saía bem nas provas interpretativas, tipo, elas diziam que eu viajava na maionese, mas alcançava níveis incríveis de entendimento. E eu ria, porque só me restava isso.
- Bruna, mas tu viajaste nesta resposta, não?
- Mas não tá certo?
- Até tá, mas era tão mais simples, não entendi aonde teu pensamento foi...
A inocência dela, achando que eu sabia em que raio de lugar meu pensamento foi se enfiar......
Não é impunemente que, hoje em dia, eu tenha repertório para manter o bloguinho sempre muito bem alimentado com abobrinhas - sem trocadilho alimentício, por favor. Desde que eu me conheço por gente, eu vivo no mundo da lua. Parece charminho, mas, não raro, a coisa vira um problema, porque o fato é que eu tenho certa resistência a mergulhar na vida real. Vai uma hipotenusa aí, Bru?
AFF
Auxiliou no post:
Por que nós? - Marcelo Gênioci
No último post, tivemos uma aulinha básica sobre o verbo ''haver''. Sei que é manezice da minha parte cagar regrinhas de Português, mas acontece que eu sou mané. Todo mané se importa. Se eu não fosse mané, vocês acham que eu teria uma úlcera a cada erro lido, e me prestaria a vir escrever esses mimimis com veemência e sofreguidão? Magina, inocente. É por isso que eu gosto até mesmo de me intitular mané - como na descrição sobre mim (favor direcionar suas retinas ao lado).
Ah... e também porque eu gosto das coisas bem escritas. Todavia, quando recrimino pessoas que escrevem errado, faço referência àquelas que têm/tiveram condições de estudarem, que puderam ter acesso a bons livros e bibliotecas, e, mesmo assim, negligenciaram-se. Aquelas que aprendem trocentas línguas para impressionar sei lá quem, mas não sabem sequer pontuar uma frase. É a essas que a metralhadora cheia de mágoas se volta. Jamais teria a falta de tato de condenar uma pessoa humilde por desconhecer os meandros discursivos do seu próprio idioma - e é uma pena que os humildes sejam maioria.
Eu, felizmente, sempre tive facilidade na área. Sempre. No terceiro ano - sofrendo horrores por não saber o que fazer da vida - tive a pachorra de pegar exame em todas as Exatas, em Biologia (genética, por que tão arredia?), mas em Português exibi as minhas melhores médias do Ensino Médio. Simplesmente não estudei, brinquei com a sorte - e olha que ela costuma falhar. Eis-me aqui então: um ás da crase, que tem pesadelos até hoje com hipotenusas e catetos. Cada um com suas prioridades, meu povo.
É muito curioso quando me lembro das professoras dizendo que eu me saía bem nas provas interpretativas, tipo, elas diziam que eu viajava na maionese, mas alcançava níveis incríveis de entendimento. E eu ria, porque só me restava isso.
- Bruna, mas tu viajaste nesta resposta, não?
- Mas não tá certo?
- Até tá, mas era tão mais simples, não entendi aonde teu pensamento foi...
A inocência dela, achando que eu sabia em que raio de lugar meu pensamento foi se enfiar......
Não é impunemente que, hoje em dia, eu tenha repertório para manter o bloguinho sempre muito bem alimentado com abobrinhas - sem trocadilho alimentício, por favor. Desde que eu me conheço por gente, eu vivo no mundo da lua. Parece charminho, mas, não raro, a coisa vira um problema, porque o fato é que eu tenho certa resistência a mergulhar na vida real. Vai uma hipotenusa aí, Bru?
AFF
Auxiliou no post:
Por que nós? - Marcelo Gênioci
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