Quando eu tinha uns 13, 14 anos e começava a entrar naquela fase insuportável da aborrescência, sempre depois de alguma briga com o meu pai, eu fazia questão de ficar horas enumerando todos os defeitos que eu julgava que ele tinha e que eu faria o possível para desviar na vida. Hoje em dia, mais velha, eu paro e penso: bom, se eram defeitos, eu imitei todos. Eu fiquei igualzinha. Eu sou a cara do meu pai. Eu tenho os mesmos olhos e o mesmo idealismo. Eu sou teimosa. Eu sou meio canceriana também, quem estou enganando? Eu sou uma baita fã de um reininho surpresa. Não tenho palavras pra explicar a importância dele na minha vida, tudo que eu sou hoje, eu devo a ele, até porque não levo muita fé na minha habilidade para viver e ser adulta: meu pai me ensinou e me ensina até hoje a ser gente. E eu fico maravilhada com a serenidade dele diante da existência - eu, que infelizmente nasci levemente desequilibrada, como ele afirmou uma vez. Eu fico maravilhada com a capacidade que ele tem de acalmar meu coração. De me dar lições de moral que se repetem à exaustão: tenho pra mim que ele decora as coisas no espelho do banheiro, não tem outra explicação pra tamanha eloquência.
Por mais que minha falta de idade e o excesso de vivência dele entrem em colapso muitas vezes, por mais que não nos identifiquemos em algumas posições políticas, em alguns gêneros musicais, por mais que eu faça algumas cagadinhas eventuais, por mais que ele tenha ciúme do meu amor pelos felinos (tem que eu sei!!!), por mais que existam essas diferençazinhas bobas que, às vezes, nos façam perder a paciência, é tudo muito camuflado de amor. É só amor. Agradeço por ter tido a sorte de ter nascido filha de um cara tão gente boa, por ter um pai tão presente, tão amigo, tão maravilhoso, tão super-herói, ainda que seja de carne e osso. E sangre. Agradeço por ele me encher de vida diariamente com sua sabedoria e proteção. Agradeço com toda a gratidão que me habita. Espero poder desfrutar disso muitos anos mais. Eu te amo infinitamente, meu pai!
- Quem é o meu amor? Quem é o meu amor?
Por mais que minha falta de idade e o excesso de vivência dele entrem em colapso muitas vezes, por mais que não nos identifiquemos em algumas posições políticas, em alguns gêneros musicais, por mais que eu faça algumas cagadinhas eventuais, por mais que ele tenha ciúme do meu amor pelos felinos (tem que eu sei!!!), por mais que existam essas diferençazinhas bobas que, às vezes, nos façam perder a paciência, é tudo muito camuflado de amor. É só amor. Agradeço por ter tido a sorte de ter nascido filha de um cara tão gente boa, por ter um pai tão presente, tão amigo, tão maravilhoso, tão super-herói, ainda que seja de carne e osso. E sangre. Agradeço por ele me encher de vida diariamente com sua sabedoria e proteção. Agradeço com toda a gratidão que me habita. Espero poder desfrutar disso muitos anos mais. Eu te amo infinitamente, meu pai!
- Quem é o meu amor? Quem é o meu amor?
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