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Sobre meus últimos aniversários

Aniversário realmente é uma coisinha indigesta. Sério, pensa um pouco mais profundamente aí. Depois que parei com as anarquias com os brinquedos e com os amiguinhos que vinham religiosamente provar os brigadeiros de mamãe, só catarses. Só draminhas. Ok, sempre válido perceber que, uhul, vivemos mais um ano, 365 dias de respiração - ainda que muitas vezes no piloto automático - mas o gosto agridoce é inevitável pra nós, profundos cronistas e pensadores da vida que levamos. O que não acontece com os imbecis, claro. Imbecis amam aniversariar.
Em 2008, passei trabalhando. E era algo de que eu gosto tanto, que nem me importei de caminhar alguns quilômetros atrás da minha pauta. Que puta dia gostoso aquele!
Em 2009, passei atulhada de roupas que comprei e que não usei nem metade, obviamente. Porque quando a gente compra demais, não usa é nada.
Em 2010, passei dando uns beijos ótimos em um projetinho de príncipe. Foi bem interessante.
Em 2011, passei chorando. E incrivelmente puta da cara por todo o frio que resolveu fazer naquele dia. Do veranico de meados de agosto, vim, e por ele espero todos os anos. Amém.
Em 2012, passei especialmente bêbada, em uma das noites mais loucas da minha vida. E com uma amiga que espero levar pro resto dela.
Em 2013, passei anestesiada. Metaforicamente, felizmente, mas não menos anestesiada. A anestesia é minha e eu uso como quiser.


E hoje... bem, ano que vem eu conto. Se eu respirar até lá, claro.  







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