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Sobre atmosfera seriada insuportável e as séries que eu amo

Tô numa crise profunda de irritação com séries gringas e assemelhados há tempos. Não por serem gringas, em aboluto, até porque eu sou fascinada por Friends. Mas pelo fato de o pessoal não trocar o disco, saca? Abro os portais de notícia, lá está a informação de que não sei quem de Game of Thrones matou não sei quem, e agora o trono (???) de sei lá qual reinado está em aberto. Confira o look de não sei quem que ganhou não sei qual prêmio no tal Emmy. Ou confira a música de abertura do... AFF MEU CARALHO. Ou, em uma rede social, alguém está em processo de congelamento cerebral porque não superou o final de algum episódio... tipo? Sério? É pra tanto? Vão se catar, sabe? Que gente mais chata. Só uma dica: vocês não podem implicar com quem acompanha religiosamente os dilemas do Aguinaldo Silva ou do Maneco - por mais previsíveis que possam ser (e são!). Vossas senhorias estão iguais, ainda que suas séries pareçam super descoladas. Mais chata sou eu, sabemos, mas me deixem desabafar sobre o quanto tal indústria tem pautado nossas vivências. Pronto, desabafei.

5 MINUTOS DEPOIS

O fato de eu ter declarado amor eterno por Friends já me deixou com aproximadamente zero credibilidade para o resto do texto, não questiono. Logo, mudei o viés e vim dividir três séries que super adoro - duas delas já findadas - até para, quem sabe, vocês darem um tempo nos zumbis, nos vampirinhos, nos reinadinhos, nos duendes, nas fadinhas, a tentiada é livre.
Devo confessar que, para eu me prestar a sentar o traseiro concentrada em frente a algum programa, ele deve me fazer rir consideravelmente - isso, em se tratando de séries, claro.
Bom, o que dizer de Friends? Friends é vida. É um clichê idiota, é um draminha-classe-média-sofre, é nauseante para quem detesta, massssssssss, poxa, é hilário.

Sério, leitor, vai sem medo. Eu não sei viver sem doses semanais dessa gente. Não tem como não se identificar com o fracasso social do Chandler, por exemplo. Chandler é um estilo de vida.




Ou com a ingenuidade cavalar do Ross. Um Ross bem intencionado vive em todos nós, especialmente no que tange ao amor.



Para mim, quanto mais defeitos visíveis o personagem tiver, mais perfeito ele será. Tipo George Costanza, de Seinfeld, que adoro também. Fala sério, Costanza é professor naquilo que seguidamente meio mundo tenta esconder de si mesmo. Vida longa aos losers de alma, pois, não raro, eles sabem identificar uma bela piada.



Falando em losers, como não amar The Middle? O enredo é sobre uma família desajustada de uma cidade fictícia em Indiana - lugar que, segundo a matriarca Frankie Heck, ninguém faz muita questão de conhecer, porque simplesmente não tem nada para oferecer. Seu marido, Mike, é gerente de uma pedreira e um pai que faz questão de ser realista em tudo - fato que rende umas das melhores tiradas. Fecham o time, seus filhos esquisitos Axl, Sue e Brick - este, um pequeno gênio incompreendido que sussurra para si mesmo. Enfim, eles são hilários e desconstroem o modelo americano feliz de uma forma única. Charlie McDermott (Axl) e seus cachinhos desfilando de cuequinhas samba-canção em todo santo episódio, porém, não são preponderantes para o acompanhamento sistemático da série, sabe........... longe disso...........


  


Entra na minha casa, entra na minha vida, Charlinho...



Agradeço pela atenção dispensada a este texto contraditório. Obrigada, de nada.






 

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