É muito curioso como construções de gênero pautam nossas vivências. Hoje, tô política, então não vou dizer que é escroto e doente: apenas vou levantar as sobrancelhas candidamente: ''curioso''. Não raro, muitos colegas da minha área se dedicam a estudar tal temática. Que delícia o Jornalismo andar de mãozinhas dadas com as Ciências Sociais, néam? Me beija, jornalindo. Claro, para cada cérebro curioso nas redações, tem uma meia dúzia reproduzindo estereótipos na mídia hegemônica, na baladinha de sexta com o pessoal da ''firma'', na fila do pão. Tem, velho, tem jornalista cuja cabeça é um ovo. O coraçãozinho dói aqui, mas tem - na federal e na particular, leia-se.
Mas outra hora, minha metralhadora cheia de mágoas continua queimando os coleguxos-repete-senso-comum, não vim falar sobre eles. Vim comentar algumas coisas com as quais nunca me identifiquei e pelas quais eu deveria me interessar, afinal, eu nasci uma mocinha. Sei lá, meu, nunca curti flores. Nunca tive palpitação ao ganhar buquês de rosas vermelhas - sério, tal qual receber uma conta pelo correio. Claro, me apareça um moreno garboso (serião mesmo que eu escrevi GARBOSO?) com uma rosa entre os dentes, me convidando pra um tango, pra ver se a coisa não muda de figura... só uma suposição, claro, até porque eu nunca dancei um tango. Ainda.
Já comentei aqui no blog que ser mãe não é um sonho na minha vida. Quem sabe, a vontade nasça num futuro próximo - terei o maior prazer em abraçá-la -, mas ainda não vi graça em bebês. Só em bebês tipo o Garfield, claro, mas isso vocês já sabem.
Er... vejamos, não acho graça em ficar falando horas e horas sobre roupas, sapatos, maquiagem e o Instagram da Kim Kardashian. Pra ser mais franca ainda: eu fujo de gente assim igual ao Tinhoso, da cruz - o que não quer dizer, claro, que eu não sinta calafrios e borboletas no estômago quando veja uma liquidação de calças jeans. Cada coisa é uma coisa, né, povo. Tenho pânicos estranhos ao entrar em salões de beleza. Tenho pânicos estranhos ao escutar conversas características de tal recinto. No campo amoroso (campo amoroso?? é de comer isso?), indo mais adiante no rol de comportamentos que se convencionou chamar de ''femininos'', realmente tenho problemas em dar a entender que sou difícil, que sou recatada - o que não quer dizer, evidentemente, que esteja escrito na minha testa: SIRVA-SE. Gosto de trocar uma ideia sem joguinhos, ou seja, se eu estiver a fim do papo e do cara, falar e falar e falar mais um pouco, sabendo que isso em nada diminuirá o respeito que mereço. Parece simples, né? Bom se fosse. Detesto também caras que querem pagar de cavalheiros. Ou que acham que precisam me proteger. Ou que acham que têm que abrir porta de carro pra mim. Ou que acham que têm que zoar orientação sexual de outros caras pra afirmar constantemente a sua. Vamos combinar, que achismo bem errado esse de alguns queridos por aí.
Poderia ficar citando muitas manifestações mais de como construções de gênero são irritantes pra mim - e pra vocês também, tenho certeza -, mas aí eu estaria escrevendo um livro. De repente, numa dessas andanças, até sai, hein? Mas, primeiro, vou botar minhas barbies pra dormir - elas, que fizeram um moicano.
Chupa, Mattel!
Mas outra hora, minha metralhadora cheia de mágoas continua queimando os coleguxos-repete-senso-comum, não vim falar sobre eles. Vim comentar algumas coisas com as quais nunca me identifiquei e pelas quais eu deveria me interessar, afinal, eu nasci uma mocinha. Sei lá, meu, nunca curti flores. Nunca tive palpitação ao ganhar buquês de rosas vermelhas - sério, tal qual receber uma conta pelo correio. Claro, me apareça um moreno garboso (serião mesmo que eu escrevi GARBOSO?) com uma rosa entre os dentes, me convidando pra um tango, pra ver se a coisa não muda de figura... só uma suposição, claro, até porque eu nunca dancei um tango. Ainda.
Já comentei aqui no blog que ser mãe não é um sonho na minha vida. Quem sabe, a vontade nasça num futuro próximo - terei o maior prazer em abraçá-la -, mas ainda não vi graça em bebês. Só em bebês tipo o Garfield, claro, mas isso vocês já sabem.
Er... vejamos, não acho graça em ficar falando horas e horas sobre roupas, sapatos, maquiagem e o Instagram da Kim Kardashian. Pra ser mais franca ainda: eu fujo de gente assim igual ao Tinhoso, da cruz - o que não quer dizer, claro, que eu não sinta calafrios e borboletas no estômago quando veja uma liquidação de calças jeans. Cada coisa é uma coisa, né, povo. Tenho pânicos estranhos ao entrar em salões de beleza. Tenho pânicos estranhos ao escutar conversas características de tal recinto. No campo amoroso (campo amoroso?? é de comer isso?), indo mais adiante no rol de comportamentos que se convencionou chamar de ''femininos'', realmente tenho problemas em dar a entender que sou difícil, que sou recatada - o que não quer dizer, evidentemente, que esteja escrito na minha testa: SIRVA-SE. Gosto de trocar uma ideia sem joguinhos, ou seja, se eu estiver a fim do papo e do cara, falar e falar e falar mais um pouco, sabendo que isso em nada diminuirá o respeito que mereço. Parece simples, né? Bom se fosse. Detesto também caras que querem pagar de cavalheiros. Ou que acham que precisam me proteger. Ou que acham que têm que abrir porta de carro pra mim. Ou que acham que têm que zoar orientação sexual de outros caras pra afirmar constantemente a sua. Vamos combinar, que achismo bem errado esse de alguns queridos por aí.
Poderia ficar citando muitas manifestações mais de como construções de gênero são irritantes pra mim - e pra vocês também, tenho certeza -, mas aí eu estaria escrevendo um livro. De repente, numa dessas andanças, até sai, hein? Mas, primeiro, vou botar minhas barbies pra dormir - elas, que fizeram um moicano.
Chupa, Mattel!
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