Ando meio ressabiada pra vir postar aqui. Pela primeira vez - em quase 4 anos completos escrevendo -, tenho sentido que é uma exposição desnecessária. Que é tipo dar murros em pontas de facas. Que eu exponho muito minha vida - e olha que, em tempos de redes bestializantes, me acho até bem discretinha, se comparar meu uso com o de celebridades próximas a mim. Mas, enfim, ando confusa. Só que tal confusão não freia o acúmulo dessa espécie de bolo alimentar opinativo na minha garganta. Logo, vivo um dileminha. Café-pequeno, lógico, mas não menos irritante. Acho que são as dúvidas banais diárias que vão matando nossa sanidade lentamente. Elas devem, inclusive, pautar o terrorismo entre si, ardilosas que são:
- E aí, nem? Hoje, a gente podia dar uma ressuscitada na história do blog, né, não?
- Já é, demorô! Mas primeiro, deixa eu me concentrar aqui, que ela não sabe se puxa assunto ou não... véi, tô rindo litros.
Quem sabe eu esteja vivendo outro tempo, cuja falta de identificação não me permita saborear o momento. Quem sabe eu esteja fazendo rimas sem querer na frase acima. E até que ficou bem jeitoso.
Quem sabe seja hora de começar um concretismo singelo aqui, afinal, eu acho um charme.
Quem sabe eu deva cair na real, afinal eu não sou Ferreira Gullar. Lembrar quem a gente é sempre é uma faca na jugular.
Hoje, numa conversa informal com duas amigas, algo me escapou. Elas notaram meu abatimento e eu confessei ainda estar chateada devido à morte recente do meu bichaninho. Aí, uma delas arrematou:
- Primeira vez que tu sofre por amor, né, amiga?
E eu ri, porque acho mais digno sofrer por um felino-amor que por uma dor de cotovelo. E (também!!!) porque me dei conta de que é raríssimo eu chorar as pitangas às minhas amigas em se tratando de relacionamentos. Em contrapartida, sou uma mãezona: escuto, aconselho, tramo vingancinhas, invento apelidos escrotos, enfim... dou aquela cobertura básica no plano de recuperar músculo cardíaco choroso. Penso me sair bem como call center lover. Já as minhas dores... ah, jura, não curto encher os outros com isso. Até porque, se eu desabafo tudo, logo, não tem texto depois. Pra mim, é mais negócio transmutar o ódio em bytes.
Até tentei replicar:
- Mas vocês lembram do fulano aquela vez?
- Ah, mas não foi tanto assim... de ficar com a voz embargada e tudo.
Elas não sabem nada. Ou sabem mais que eu.
- E aí, nem? Hoje, a gente podia dar uma ressuscitada na história do blog, né, não?
- Já é, demorô! Mas primeiro, deixa eu me concentrar aqui, que ela não sabe se puxa assunto ou não... véi, tô rindo litros.
Quem sabe eu esteja vivendo outro tempo, cuja falta de identificação não me permita saborear o momento. Quem sabe eu esteja fazendo rimas sem querer na frase acima. E até que ficou bem jeitoso.
Quem sabe seja hora de começar um concretismo singelo aqui, afinal, eu acho um charme.
Quem sabe eu deva cair na real, afinal eu não sou Ferreira Gullar. Lembrar quem a gente é sempre é uma faca na jugular.
Hoje, numa conversa informal com duas amigas, algo me escapou. Elas notaram meu abatimento e eu confessei ainda estar chateada devido à morte recente do meu bichaninho. Aí, uma delas arrematou:
- Primeira vez que tu sofre por amor, né, amiga?
E eu ri, porque acho mais digno sofrer por um felino-amor que por uma dor de cotovelo. E (também!!!) porque me dei conta de que é raríssimo eu chorar as pitangas às minhas amigas em se tratando de relacionamentos. Em contrapartida, sou uma mãezona: escuto, aconselho, tramo vingancinhas, invento apelidos escrotos, enfim... dou aquela cobertura básica no plano de recuperar músculo cardíaco choroso. Penso me sair bem como call center lover. Já as minhas dores... ah, jura, não curto encher os outros com isso. Até porque, se eu desabafo tudo, logo, não tem texto depois. Pra mim, é mais negócio transmutar o ódio em bytes.
Até tentei replicar:
- Mas vocês lembram do fulano aquela vez?
- Ah, mas não foi tanto assim... de ficar com a voz embargada e tudo.
Elas não sabem nada. Ou sabem mais que eu.
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