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Mea culpa

           E não é que eu voltei àquela confraria de doidos chamada Twitter? Até pensei aqui com meus botões: poxa, aí eu desço o pau em cima das redes e bla bla bla, e agora, volto com uma cara de gato de botas para um dos canais, outrora, humilhados? Credibilidade vai bem, obrigada. Não acho que eu deva satisfação a vocês – sejam quem forem – mas, enfim, vim fazer meu mea-culpa. Mais que tentar sair por cima, vou buscar refletir (mais uma vez)! Sigam-me os filhos pródigos.
           Confesso, senti falta. Das idiotices, de saber das notícias (?), de uns perfis ótimos que eu seguia e etc, pois, querendo ou não, aquela droga alucinógena pautava muitos dos assuntos do meu cotidiano. Isso é um fato para o qual não posso torcer o nariz, por mais pupila do Che que eu queira ser: faço parte desse mundinho intrigante da web e ficar à margem pode ser perigoso - ainda mais, sendo estudante da área já mencionada por aqui em outros posts. Não que estar dentro seja garantia de algum bônus também. Enfim. Mas não pensem, meus caros, que o caminho da volta foi imune a crises de consciência e martírio existencial: tive colapsos medonhos até me dar o direito de regressar. rs (#DramaQueen) // Eu tinha uma palavra a zelar. Uma escolha para sustentar. Ninguém quer ser tachado de volúvel, não é mesmo? Nem a agridoce, que falou mal, mas agora encontra-se lá, super fútil e feliz da vida, falando merda para quem quiser ler.
           Ainda tô meio ressabiada, lógico, no entanto, a moral da história é o exercício de se permitir um olhar diferente, mesmo com todas as convicções e pré-julgamentos. Quem disse que temos que pensar sempre do mesmo jeito? Seremos menos dignos de crédito, se ousarmos mudar de opinião? Imagino que, se os princípios pagarem a conta, o devaneio tá liberado. O fato é que estamos sempre em constante mutação, mesmo que enchamos a boca para reafirmar velhas ideias - e, no fundo, acabaremos por ficar reféns de tudo que seguirmos, por mais libertadores que pareçam os caminhos, no momento. No fim, a angústia é a mesma, não acham? Já mudei muitas visões que eu tinha, ao longo da minha breve e contraditória biografia, e isso só me fez ver o quão patético é tentar repreender aquilo que grita dentro de nós e, muitas vezes, está além da nossa própria compreensão - o tal do pensamento. "(...) os bons meninos de hoje eram os rebeldes da outra estação.." Adoro essa música e, hoje, ela me absolve! Bem no fim, andamos em círculos e nem notamos...  

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