As artes não resolvem nada, mas são um baita consolo. Eu acho. Tô sempre à procura de uma música que traduza meus lapsos bipolares, uma citação de livro que acalme minha errância sem fim, uma cena de filme que faça o riso jorrar apenas para mim e sem cúmplices. Trata-se de uma busca meio arraigada, já que a vida real anda cada vez mais sem graça. Ainda que não traga grandes mudanças, sacia um pouco da vontade de sarar alguns machucados existenciais que - não sejam tolinhos - permanecem tatuados na alma, na pele, na vivência toda.
Em relação aos livros, um quê hiperativo tem roubado minha atenção. Tô às voltas com uns exemplares burocráticos e técnicos - devido à produção do enrolation acadêmico clássico dos que desejam findar a graduação (Sim, TCC! Um Suflair para quem desvendou meu eufemismo malcriado) - mas louca da vida para ler outras coisas mais bestas e menos casadas com o ideal de difundir teorias sociais e humanas. Não que sejam ruins, mas, sabem? Não é o momento. Erramos de caminho. Talvez eu esteja atrás de algo que nunca foi escrito. Ou ande procurando nas bibliotecas erradas...
Bendita hora em que dei uma chance à saga de Jean Valjean e sua trupe francesa, assim, sem esperar quase nada. Sei lá, a vibe era boa, nosso encontro foi providencial, achei tudo encantador e me apaixonei pela história - fato este que nos leva a uma percepção mais profunda: só daremos valor ao que lermos, se estivermos receptivos a tal. No caso do romance do Victor Hugo, houve química. Só isso. Não criei grandes expectativas, contudo, até hoje sinto saudades daquela sensação de supresa grata e vento fresco tocando o rosto e colocando tudo no seu devido lugar. Tempo bom. Leitura enternecedora.
Acontece seguidamente. Vem um pensamento solto, que não tem nada a ver com nada, e sou flagrada por mim mesma num jogo de palavras que pergunta quem poderia explicar tantas teorias infundadas. Carpinejar mostra-se solícito. Gabito foi uma recente e extasiante descoberta. Tentei reler Kundera, mas não tô com saco para triângulo amoroso - ainda mais, passado no insosso Leste Europeu. Enfim, desejo ler algo que me defina nem que seja por um minuto. Quero me agarrar às páginas eleitas, para depois, eufórica, comentar com alguém que era exatamente aquilo que meus olhos precisavam testemunhar. Pode até ser preguiça de continuar erguendo a voz para quem não quer escutar, mas preciso mesmo é de uma gentileza literária que fale por mim e me faça sorrir, serena, diante desses dias que parecem ser todos iguais.
Em relação aos livros, um quê hiperativo tem roubado minha atenção. Tô às voltas com uns exemplares burocráticos e técnicos - devido à produção do enrolation acadêmico clássico dos que desejam findar a graduação (Sim, TCC! Um Suflair para quem desvendou meu eufemismo malcriado) - mas louca da vida para ler outras coisas mais bestas e menos casadas com o ideal de difundir teorias sociais e humanas. Não que sejam ruins, mas, sabem? Não é o momento. Erramos de caminho. Talvez eu esteja atrás de algo que nunca foi escrito. Ou ande procurando nas bibliotecas erradas...
Bendita hora em que dei uma chance à saga de Jean Valjean e sua trupe francesa, assim, sem esperar quase nada. Sei lá, a vibe era boa, nosso encontro foi providencial, achei tudo encantador e me apaixonei pela história - fato este que nos leva a uma percepção mais profunda: só daremos valor ao que lermos, se estivermos receptivos a tal. No caso do romance do Victor Hugo, houve química. Só isso. Não criei grandes expectativas, contudo, até hoje sinto saudades daquela sensação de supresa grata e vento fresco tocando o rosto e colocando tudo no seu devido lugar. Tempo bom. Leitura enternecedora.
Acontece seguidamente. Vem um pensamento solto, que não tem nada a ver com nada, e sou flagrada por mim mesma num jogo de palavras que pergunta quem poderia explicar tantas teorias infundadas. Carpinejar mostra-se solícito. Gabito foi uma recente e extasiante descoberta. Tentei reler Kundera, mas não tô com saco para triângulo amoroso - ainda mais, passado no insosso Leste Europeu. Enfim, desejo ler algo que me defina nem que seja por um minuto. Quero me agarrar às páginas eleitas, para depois, eufórica, comentar com alguém que era exatamente aquilo que meus olhos precisavam testemunhar. Pode até ser preguiça de continuar erguendo a voz para quem não quer escutar, mas preciso mesmo é de uma gentileza literária que fale por mim e me faça sorrir, serena, diante desses dias que parecem ser todos iguais.
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