Já ouviram falar do avião que caiu, há exatos 39 anos, no meio da gélida cadeia de montanhas andinas, em um episódio que transcendeu o campo da fatalidade e virou, praticamente, uma lenda? Eu já. E conto a vocês que essa história mexe comigo de uma maneira que nem sei explicar. Me lembro de ter visto, muito novinha, algo na TV a respeito, e depois, mais velha, seguir o faro natural de quem se recusa a ficar só com as manchetes e as metades. Enfim, tratei de investigar e matar minha curiosidade pela raiz.
Fiquei vidrada. A saga do tal time de rugby uruguaio, na tentativa de vencer a cordilheira e voltar à vida foi algo com que, honestamente, me solidarizei, principalmente, quando percebi o quão improvável era escapar daquele inferno gelado. Li, há três anos, a narração comprometida de Fernando Parrado - um dos sobreviventes da tragédia e figura fundamental no processo de resgate - sobre o episódio em questão, em um livro arrebatador e cru. A obra, intitulada "Milagre nos Andes", antes de qualquer coisa trata-se de uma homenagem muito digna aos envolvidos, que se viram obrigados a conviver com a morte rondando soberana e com os cadáveres dos colegas sobre a neve, durante 72 dias. Todos incomunicáveis, a esmo, sem comida e feridos de resignação mortal - uma vez que as buscas pelos destroços da fuselagem foram encerradas, cerca de uma semana após o ocorrido. Penso que seria fácil enlouquecer, não acham?
O fato é que, ignorando a loucura que se mostrava iminente e caminhava a passos largos, Parrado desbravou os Andes e rascunhou a própria sorte, contando, é claro, com a ajuda agregadora de Roberto Canessa - também sobrevivente e estudante de medicina, na época. Sempre que me recordo dessa mítica novela no meio do nada, é impossível não ficar maravilhada, apesar de todo o drama. Se o Nando foi lá e fez, quem sou eu para desistir?
Fiquei vidrada. A saga do tal time de rugby uruguaio, na tentativa de vencer a cordilheira e voltar à vida foi algo com que, honestamente, me solidarizei, principalmente, quando percebi o quão improvável era escapar daquele inferno gelado. Li, há três anos, a narração comprometida de Fernando Parrado - um dos sobreviventes da tragédia e figura fundamental no processo de resgate - sobre o episódio em questão, em um livro arrebatador e cru. A obra, intitulada "Milagre nos Andes", antes de qualquer coisa trata-se de uma homenagem muito digna aos envolvidos, que se viram obrigados a conviver com a morte rondando soberana e com os cadáveres dos colegas sobre a neve, durante 72 dias. Todos incomunicáveis, a esmo, sem comida e feridos de resignação mortal - uma vez que as buscas pelos destroços da fuselagem foram encerradas, cerca de uma semana após o ocorrido. Penso que seria fácil enlouquecer, não acham?
O fato é que, ignorando a loucura que se mostrava iminente e caminhava a passos largos, Parrado desbravou os Andes e rascunhou a própria sorte, contando, é claro, com a ajuda agregadora de Roberto Canessa - também sobrevivente e estudante de medicina, na época. Sempre que me recordo dessa mítica novela no meio do nada, é impossível não ficar maravilhada, apesar de todo o drama. Se o Nando foi lá e fez, quem sou eu para desistir?
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