Se eu tivesse um feedback pontual e certeiro do que eu escrevo, ele me alertaria de que fui extremamente arrogante no último post. (Essa mania de fazer análise do discurso nos textos é uma desgraça na vida, hein). Eu alego de forma descarada que as pessoas não leem sobre a história de seu país - isso sem nem ter feito uma pesquisa que fosse a respeito. Eu também afirmo - ainda que sutilmente - que quem teve lá seus quinze minutos de fama no colegial, não pode ter sido um leitor voraz na época. Eu, a invisível dos corredores estudantis, afirmo isso num revanchismo declarado, ainda salientando que só quem não foi muito cool ao olhos alheios pôde, de fato, ter aprendido na vida sobre a tal História. Ainda dou a entender que sou uma leitora incorruptível e que mereço um bônus dos céus por isso, argh, como cês aguentam. Isso eu vi, após ter postado as linhas, e fiquei pensando que, se eu tivesse leitores raivosos, estaria sendo crucificada na blogosfera naquele momento. Sorte que meus leitores são inexistentes tolerantes e entenderam a essência da ideia que eu quis passar, não? Ou não também, não sei. Só sei que nunca tive a intenção de parecer a dona da verdade nesse bloguinho, ainda que toda hora, vez que outra, eu seja traída pela minha empolgação. (Essa história de voltar atrás me dá uma credibilidade ma-ra-vi-lho-sa, hein? hahaha)
Bueno, seguiremos na vibe reflexiva verde-amarela, pois tenho feito alguns trabalhos a respeito-mentira, nem tenho feito nada, é puro instinto de seguir o agendamento jornalístico e nosso atual momento pede. Pede? Não pede? Impede? Sei lá eu.
Nesses últimos dias, um sopro de consciência social me bateu na cara, um vento gelado cortante, e eu fiquei a pensar no que eu tinha feito, efetivamente, para mudar o mundo nesses breves 23 aninhos. (Sim, ainda queremos mudar o mundo, Tio Sam!) Ok, não fiz nada que tenha merecido indicação ao Nobel ou saído em alguma capa de jornal, mas, do alto do meu pedantismo, eu afirmo que, sim, já dei algumas contribuições para uma sociedade melhor. Vejam bem, sair à rua portando cartazes é digno de respeito, de ovação, mas as transgressões podem ganhar corpo até numa conversa, num conselho, numa intervenção por uma criança, por que não? Eu acredito nas palavras, assim como acredito nas caminhadas. Mas, claro, eu quero fazer mais, eu posso fazer mais por quem não tem voz. Dizem que faço parte de uma elite intelectual, apenas por ter tido a oportunidade de frequentar uma universidade e permanecer no meio, mas sinto que meu parco conhecimento - que mesmo assim é um conhecimento - precisa servir a alguém, a alguma causa. Não sei se consigo abraçar todos/todas, mas definitivamente não quero carregar o estigma dos que supostamente sabem, mas se escondem em fins meramente academicistas. Quero mais e sei que não estou sozinha. Dia desses, meu irmão me chamou de chata por compartilhar no Facebook fotos de cãezinhos/gatinhos abandonados à procura de lar. Longe dele ser um nazista que abomina peludinhos, muito pelo contrário; o problema é que, segundo seu relato, eu não sei parar (hahahaha ai, mano!) Me senti feliz. É claro que é pouco, perto do que muitos fazem, mas, poxa, é o meu jeito de demonstrar que me importo - nem que seja com a parcela de felinos sem mãe da cidade. (Ah... se eu pudesse ter um orfanato de gatos, snif)
Dia desses, eu li num perfil radical por aí que lutar por um grupo de oprimidos, e deixar as outras minorias ''fora'' do dito manifesto, é hipócrita. Difícil rebater essa, né, não? Ela pega fundo no nosso calcanhar, mas eu vou tentar. Não acho hipocrisia, penso ser uma espécie de filtro necessário para manter uma unidade - sem esquecer, claro, que, no fundo, a luta é pela dignidade do ser humano. O chato é fingir que as minorias não existem e relegá-las ao ostracismo, simplesmente porque talvez não convivamos com elas diariamente.
Sabemos que há racismo, sabemos que há homofobia, sabemos que há machismo, sabemos que há transfobia, sabemos que há bullying, sabemos que há n pessoas sofrendo com opressão no mundo inteiro.(Se não acham, deem uma olhada.) Sabemos? Eu sei e você certamente sabe, ser pensante. Então, se não quiserem sair bater panela, que tal apenas mudar o discurso? Ensinar seu filho a respeitar seus coleguinhas gordos, negros, introvertidos (a), o que sejam, em sala de aula? Ou, talvez, não olhar com desdém quando um ou uma transexual deseja usar um banheiro masculino ou feminino? Quem sabe comprar uma briga com alguém que tenta disseminar preconceitos? Isso também pode fazer milagres.
Bueno, seguiremos na vibe reflexiva verde-amarela, pois tenho feito alguns trabalhos a respeito
Nesses últimos dias, um sopro de consciência social me bateu na cara, um vento gelado cortante, e eu fiquei a pensar no que eu tinha feito, efetivamente, para mudar o mundo nesses breves 23 aninhos. (Sim, ainda queremos mudar o mundo, Tio Sam!) Ok, não fiz nada que tenha merecido indicação ao Nobel ou saído em alguma capa de jornal, mas, do alto do meu pedantismo, eu afirmo que, sim, já dei algumas contribuições para uma sociedade melhor. Vejam bem, sair à rua portando cartazes é digno de respeito, de ovação, mas as transgressões podem ganhar corpo até numa conversa, num conselho, numa intervenção por uma criança, por que não? Eu acredito nas palavras, assim como acredito nas caminhadas. Mas, claro, eu quero fazer mais, eu posso fazer mais por quem não tem voz. Dizem que faço parte de uma elite intelectual, apenas por ter tido a oportunidade de frequentar uma universidade e permanecer no meio, mas sinto que meu parco conhecimento - que mesmo assim é um conhecimento - precisa servir a alguém, a alguma causa. Não sei se consigo abraçar todos/todas, mas definitivamente não quero carregar o estigma dos que supostamente sabem, mas se escondem em fins meramente academicistas. Quero mais e sei que não estou sozinha. Dia desses, meu irmão me chamou de chata por compartilhar no Facebook fotos de cãezinhos/gatinhos abandonados à procura de lar. Longe dele ser um nazista que abomina peludinhos, muito pelo contrário; o problema é que, segundo seu relato, eu não sei parar (hahahaha ai, mano!) Me senti feliz. É claro que é pouco, perto do que muitos fazem, mas, poxa, é o meu jeito de demonstrar que me importo - nem que seja com a parcela de felinos sem mãe da cidade. (Ah... se eu pudesse ter um orfanato de gatos, snif)
Dia desses, eu li num perfil radical por aí que lutar por um grupo de oprimidos, e deixar as outras minorias ''fora'' do dito manifesto, é hipócrita. Difícil rebater essa, né, não? Ela pega fundo no nosso calcanhar, mas eu vou tentar. Não acho hipocrisia, penso ser uma espécie de filtro necessário para manter uma unidade - sem esquecer, claro, que, no fundo, a luta é pela dignidade do ser humano. O chato é fingir que as minorias não existem e relegá-las ao ostracismo, simplesmente porque talvez não convivamos com elas diariamente.
Sabemos que há racismo, sabemos que há homofobia, sabemos que há machismo, sabemos que há transfobia, sabemos que há bullying, sabemos que há n pessoas sofrendo com opressão no mundo inteiro.(Se não acham, deem uma olhada.) Sabemos? Eu sei e você certamente sabe, ser pensante. Então, se não quiserem sair bater panela, que tal apenas mudar o discurso? Ensinar seu filho a respeitar seus coleguinhas gordos, negros, introvertidos (a), o que sejam, em sala de aula? Ou, talvez, não olhar com desdém quando um ou uma transexual deseja usar um banheiro masculino ou feminino? Quem sabe comprar uma briga com alguém que tenta disseminar preconceitos? Isso também pode fazer milagres.
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