Muitos diretores de comédias românticas não se dão conta de que precisam de pouquíssimo para entreter o público e, de quebra, fazê-lo acreditar em amores fulminantes e verdadeiros. Nadando contra essa maré de desavisados, Nigel Cole conseguiu fazer "De repente é amor", filme que, além de barato - obviamente, em se tratando de orçamentos hollywoodianos - envolve e faz rir, amparado por um roteiro que prima, brilhantemente, pela casualidade - item que mexe com os corações, desde que o mundo é mundo.
O mote da história é o encontro inusitado de Oliver Martin e Emily Friehl - respectivamente interpretados por Ashton Kutcher e Amanda Peet - que, em um voo de Los Angeles a Nova York, acabam tendo um envolvimento totalmente nonsense que irá uni-los sempre dali em diante. Claro, nosso casal de mutantes passa por muitos desencontros até se dar conta de que a ficada em pleno avião foi para valer: é curioso como os obstáculos que se opõem à consolidação da união não são criados por crises existenciais deles e melodrama sem fim, mas, sim, por contingências terríveis da vida de cada um. Os dois são uma espécie de tutores relapsos desse amor - que nasceu, petulante e certeiro quando os olhos se bateram, e, no entanto, não foi considerado como tal, por puro capricho. Por pura distração, quem sabe.
A sinopse acompanha os 7 anos, em que Oliver e Emily enovelam-se a ponto de não poderem voltar atrás: em dado momento, é como se ambos colocassem a mão na cabeça e repetissem à exaustão o quanto estão ligados, o quanto se conhecem, o quanto se divertem na companhia um do outro. Trata-se de uma teia muito suave, que costura detalhes e boa música, em sequências leves e divertidas, fazendo a gente refletir sobre isso que chamam de "acaso". Há boatos de que Brighter than sunshine seja a grande causa de anestesia em seres do sexo feminino, enquanto assistem à trama do Nigel - mas não mais que o Kutcher dedilhando desajeitadamente I'll be there for you na guitarra para a mocinha, é bom deixar claro. Em qualquer dos casos, é convite para sonoros ãããããins, seguidos de paixonite incurável.
A química dos dois é inegável e convida a adoráveis sonhos à noite. Porque o filme, meus caros, nada mais é que isso: uma delícia que faz qualquer um sonhar e se perguntar se é possível tanta coincidência nessa droga de vidinha - apesar de todos os clichês possíveis e já conhecidos. Não são todos os filmes do gênero que me arrebatam, ainda que eu seja uma entusiasta de casais fofinhos do cinema e de suas historinhas água com açúcar. Todavia, há um quê a mais nesse amontoado de cenas bobinhas, recheadas com o melhor do previsível, que faz com que eu volte a ter 13 anos. Não sei, talvez algo sem nome.
#ChicagoFeelings
O mote da história é o encontro inusitado de Oliver Martin e Emily Friehl - respectivamente interpretados por Ashton Kutcher e Amanda Peet - que, em um voo de Los Angeles a Nova York, acabam tendo um envolvimento totalmente nonsense que irá uni-los sempre dali em diante. Claro, nosso casal de mutantes passa por muitos desencontros até se dar conta de que a ficada em pleno avião foi para valer: é curioso como os obstáculos que se opõem à consolidação da união não são criados por crises existenciais deles e melodrama sem fim, mas, sim, por contingências terríveis da vida de cada um. Os dois são uma espécie de tutores relapsos desse amor - que nasceu, petulante e certeiro quando os olhos se bateram, e, no entanto, não foi considerado como tal, por puro capricho. Por pura distração, quem sabe.
A sinopse acompanha os 7 anos, em que Oliver e Emily enovelam-se a ponto de não poderem voltar atrás: em dado momento, é como se ambos colocassem a mão na cabeça e repetissem à exaustão o quanto estão ligados, o quanto se conhecem, o quanto se divertem na companhia um do outro. Trata-se de uma teia muito suave, que costura detalhes e boa música, em sequências leves e divertidas, fazendo a gente refletir sobre isso que chamam de "acaso". Há boatos de que Brighter than sunshine seja a grande causa de anestesia em seres do sexo feminino, enquanto assistem à trama do Nigel - mas não mais que o Kutcher dedilhando desajeitadamente I'll be there for you na guitarra para a mocinha, é bom deixar claro. Em qualquer dos casos, é convite para sonoros ãããããins, seguidos de paixonite incurável.
A química dos dois é inegável e convida a adoráveis sonhos à noite. Porque o filme, meus caros, nada mais é que isso: uma delícia que faz qualquer um sonhar e se perguntar se é possível tanta coincidência nessa droga de vidinha - apesar de todos os clichês possíveis e já conhecidos. Não são todos os filmes do gênero que me arrebatam, ainda que eu seja uma entusiasta de casais fofinhos do cinema e de suas historinhas água com açúcar. Todavia, há um quê a mais nesse amontoado de cenas bobinhas, recheadas com o melhor do previsível, que faz com que eu volte a ter 13 anos. Não sei, talvez algo sem nome.
#ChicagoFeelings
Comentários
Pronto, julguem-me! ¬¬
mas enfim... acho que já vi, mas não lembro... faz muito tempo que não vejo filmes, só seriados.
Aliás, a entrada do Kutcher no "Two and a half man" deu uma piorada boa no seriado... apelaram muito pro aspecto físico do cara, quando o bom do seriado eram as mais diversas tiradas a respeito do "vida loka" Charlie Harper... enfim... fugi do assunto... hahahaha