Acho curioso quando flagro alguma pessoa dizer em alto e bom som: "Bla bla bla, ai, não levo desaforo para casa". Bom, acredito que "levar desaforo para casa" não seja o projeto de vida de ninguém nesse mundo - nem o meu - mas muito me impressiona o ar convencido que quase sempre sai junto de tais palavrinhas. Percebem? Para mim, é como se fosse uma declaração de amor indireta ao barraco - sonho de consumo dos que não conseguem ser notados por meios mais dignos.
Disse que acho curioso? Menti, gente. Acho é pobre de espírito; Acho decadente; Acho pernóstico. Quando presencio uma afirmação desse tipo, creio que seja possível me ver salivando de ódio, olhando fixamente para o ser humano genérico e carente de argumentos, autor da frase-escândalo. Desconfio que tal desprezo seja pelo fato de eu tentar, sempre que possível, avaliar fatos e circunstâncias de maneira fria e analítica. É aquela velha mania de ser sensata, sabem? Mas sei que a coisa é mais profunda do que parece. Nada é tão simples quando falamos em pessoas.
Sinto-me uma estrangeira em terra de baixo nível, porque entendo que brigar nunca é o melhor remédio - ainda que seja um esporte bastante praticado por aí. Ideias são mais úteis que gritos e afins. Sempre fui do time que procura fundamentar o que diz, em detrimento de sair aterrorizando a geral com frases feitas e pouca educação. E não pensem que eu tenho sangue de barata, por obséquio. O que ocorre é uma insistência em ver as coisas por ângulos diferentes, buscando enxergar o que ficou encoberto por ações impensadas, relativizando o que insiste em tomar dimensões desnecessárias. Não há nada de fraco nisso, anônimos da minha vida. Só os fortes entendem.
É óbvio que já estive em situações desagradáveis em que precisei levantar a voz e "fazer a revoltada". Sim, já briguei um bocado nessa jornada, quando mais nova. Só que hoje percebo o quão medíocre é apelar sempre ao quebra-pau. Mediocridade essa, aliás, que talvez passe despercebida em meio ao glamour que é "discutir e fazer e acontecer uhul", vai saber. Na dúvida, sejam elegantes - que elegância é item em extinção nesse mundinho lixo. Se também forem lacônicos com uma pitadinha de sarcasmo, então, considerem-se mais agridoces do que imaginam.
Beijos
Disse que acho curioso? Menti, gente. Acho é pobre de espírito; Acho decadente; Acho pernóstico. Quando presencio uma afirmação desse tipo, creio que seja possível me ver salivando de ódio, olhando fixamente para o ser humano genérico e carente de argumentos, autor da frase-escândalo. Desconfio que tal desprezo seja pelo fato de eu tentar, sempre que possível, avaliar fatos e circunstâncias de maneira fria e analítica. É aquela velha mania de ser sensata, sabem? Mas sei que a coisa é mais profunda do que parece. Nada é tão simples quando falamos em pessoas.
Sinto-me uma estrangeira em terra de baixo nível, porque entendo que brigar nunca é o melhor remédio - ainda que seja um esporte bastante praticado por aí. Ideias são mais úteis que gritos e afins. Sempre fui do time que procura fundamentar o que diz, em detrimento de sair aterrorizando a geral com frases feitas e pouca educação. E não pensem que eu tenho sangue de barata, por obséquio. O que ocorre é uma insistência em ver as coisas por ângulos diferentes, buscando enxergar o que ficou encoberto por ações impensadas, relativizando o que insiste em tomar dimensões desnecessárias. Não há nada de fraco nisso, anônimos da minha vida. Só os fortes entendem.
É óbvio que já estive em situações desagradáveis em que precisei levantar a voz e "fazer a revoltada". Sim, já briguei um bocado nessa jornada, quando mais nova. Só que hoje percebo o quão medíocre é apelar sempre ao quebra-pau. Mediocridade essa, aliás, que talvez passe despercebida em meio ao glamour que é "discutir e fazer e acontecer uhul", vai saber. Na dúvida, sejam elegantes - que elegância é item em extinção nesse mundinho lixo. Se também forem lacônicos com uma pitadinha de sarcasmo, então, considerem-se mais agridoces do que imaginam.
Beijos
Comentários
teu exemplo do "não levar desaforo pra casa" e fazer barraco é só um e talvez o mais ameno... pior quando partem para as vias de fato por motivos bestas...
maaaaas, quem nunca perdeu a paciência por algum motivo e falou mais do que devia que atire a primeira pedra né... hehehe
no fim das contas, seria a racionalidade relativa? bom... se tudo é relativo...