E não é que a chamada "Campanha da Legalidade" está completando 50 primaverinhas? Há alguns dias, Zero Hora e Correio do Povo têm feito matérias bonitinhas acerca do ocorrido - que garantiu a posse do nosso gracioso João Goulart, após "forças terríveis" terem feito Jânio Quadros abrir mão da presidência. Fico aqui pensando sobre esses acontecimentos que definiram os rumos da pátria, sabem? Nesse caso, não fixo os neurônios, necessariamente, à Operação Legalidade: Brizola contra-ataca, mas, sim, a todos os meandros que levaram ao fato... ao que poderia ter sido e não foi... ao que nunca se explicou... às aspas abertas pelo tempo, enfim. Não reparem, sou suspeita para falar disso: tenho paixão doentia por história, e não quero me curar. Sem falar que esse período brasileiro me instiga de um modo muito particular.
Já pararam para pensar que o Brasil poderia ser muito diferente do que é atualmente? (Devo ser a única criatura disposta a viajar na maionese sobre isso, que sina!) É bem verdade que a tal campanha permitiu a Jango assumir um lugar que, embora seu por direito, estava sendo relegado, mas não nego meu ceticismo em relação a toda a novelinha de manutenção da democracia e bla bla bla. A questão é que, a julgar por suas posições liberais e seu histórico de apoio à causa trabalhista, poucos o queriam à frente da nação. Taí a adoção do polêmico sistema parlamentarista que não me deixa mentir, né, lindos? Logo, não entendo por que romantizar nos jornais todo esse flashback, honestamente.
Para mim, que carrego um espírito nerd soberano, as perguntas são inevitáveis. Se Jango tivesse assumido no regime presidencialista já em 1961 - não após o emblemático plebiscito - o que teria feito? Os milicos teriam se rebelado e tocado o terror antes de 64? Se tivesse executado suas tão famosas reformas de base, teríamos um país menos miserável e ignorante? Caminhávamos, de fato, para o comunismo? Ou ele só queria atenuar as gritantes disparidades sociais, que - vejam só - persistem ferozes? Teríamos uma ditadura de esquerda? E qual era a do Jânio, afinal? Até hoje me pergunto o que esse curioso bigodudo tramava quando resolveu fazer o revolts e renunciar.
É muito mistério para pouco livro de história contar...
Se é que aguentaram ler até o final... o que vocês, conhecedores de um passado não muito distante do solo tupiniquim, pensam a respeito?
Já pararam para pensar que o Brasil poderia ser muito diferente do que é atualmente? (Devo ser a única criatura disposta a viajar na maionese sobre isso, que sina!) É bem verdade que a tal campanha permitiu a Jango assumir um lugar que, embora seu por direito, estava sendo relegado, mas não nego meu ceticismo em relação a toda a novelinha de manutenção da democracia e bla bla bla. A questão é que, a julgar por suas posições liberais e seu histórico de apoio à causa trabalhista, poucos o queriam à frente da nação. Taí a adoção do polêmico sistema parlamentarista que não me deixa mentir, né, lindos? Logo, não entendo por que romantizar nos jornais todo esse flashback, honestamente.
Para mim, que carrego um espírito nerd soberano, as perguntas são inevitáveis. Se Jango tivesse assumido no regime presidencialista já em 1961 - não após o emblemático plebiscito - o que teria feito? Os milicos teriam se rebelado e tocado o terror antes de 64? Se tivesse executado suas tão famosas reformas de base, teríamos um país menos miserável e ignorante? Caminhávamos, de fato, para o comunismo? Ou ele só queria atenuar as gritantes disparidades sociais, que - vejam só - persistem ferozes? Teríamos uma ditadura de esquerda? E qual era a do Jânio, afinal? Até hoje me pergunto o que esse curioso bigodudo tramava quando resolveu fazer o revolts e renunciar.
É muito mistério para pouco livro de história contar...
Se é que aguentaram ler até o final... o que vocês, conhecedores de um passado não muito distante do solo tupiniquim, pensam a respeito?
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