Era um daqueles trajetos clássicos à universidade para aprender. O ano era 2009, a van, como de costume, estava lotada, e o tédio - comum àqueles dias que parecem sempre iguais - era soberano. Bom, havia alguém que insistia em não calar a boca. Era a Bruna. Seus monólogos variavam bastante -escorregavam entre a suspensão da obrigatoriedade do diploma de jornalista, a implicância patológica de uma teacher com seus sapatos até declarações de tara irracional pelo Bento Ribeiro. Enfim, lá pelas tantas, seus devaneios ganhavam audiência.
- Ai, Bruna, tu é tão fora-da-casa... tão retardada. Tu devia fazer um filme, sei lá, uma comédia romântica, dessas bem bestas! - sentenciou uma colega de coletivo da matraca.
- Ai, juuuuuura? Jura que eu sou retard.. DIGO, que eu seria capaz de um roteiro vagabundo desses? - indagou, surpresa e xingada.
Quem se importa com rótulos, quando se tem uma história para filmar, não é, minha gente?
- Ai, Bruna, tu é tão fora-da-casa... tão retardada. Tu devia fazer um filme, sei lá, uma comédia romântica, dessas bem bestas! - sentenciou uma colega de coletivo da matraca.
- Ai, juuuuuura? Jura que eu sou retard.. DIGO, que eu seria capaz de um roteiro vagabundo desses? - indagou, surpresa e xingada.
Quem se importa com rótulos, quando se tem uma história para filmar, não é, minha gente?
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